A Alepe estreou na programação da 14ª Bienal Internacional do Livro de Pernambuco, nesta terça-feira (10), com o lançamento do livro “Quem mora no Palácio Azul?”, no Centro de Convenções, em Olinda. A publicação, que conta com texto da jornalista Carly Falcão e ilustrações de Laura Morgado, integra o selo “Alepinha Literária”, coleção de livros infantis que vai traduzir temas do Poder Legislativo para as crianças. O projeto é uma iniciativa da Mesa-Diretora, da Frente Parlamentar da Primeira Infância e da Comissão de Educação e Cultura da Assembleia Legislativa.
O evento teve apresentação da contadora de história Ilana Ventura e reuniu estudantes da rede pública, crianças residentes em abrigos do Estado, filhos de funcionários da Alepe e visitantes da feira, além da presença dos deputados Waldemar Borges (PSB), presidente da Comissão de Educação e Cultura da Alepe, e Simone Santana (PSB), coordenadora da Frente Parlamentar da Primeira Infância.
“É o primeiro livro do selo Alepinha Literária, uma iniciativa inovadora e de extrema importância que a Alepe tem para se aproximar da sociedade e dos pequenos cidadãos. Nessas publicações, as crianças vão ter noções de cidadania, representatividade e mobilização social. E é, a partir desses conceitos, que construímos a democracia. A Frente Parlamentar da Primeira Infância é uma fomentadora desse movimento de trazer principalmente a criança de 0 a 6 anos, que é a primeira infância, para o centro das decisões e atenções dos gestores”, falou a deputada Simone Santana.
Além do incentivo à leitura, o parlamentar Waldemar Borges destacou que a coleção reforça o aspecto da cidadania entre a criançada. “O gosto pela leitura desenvolve nossa capacidade de imaginar e sonhar. No caso específico dessa iniciativa da Alepe, está vinculada a um outro aspecto de grande importância que é a consolidação do sentido da cidadania entre as crianças e, mais do que isso, o papel que uma casa legislativa desempenha na sociedade e na formulação de políticas públicas que afetam diretamente suas vidas”, ressaltou.
Sobre o objetivo da coleção ‘Alepinha Literária’, a autora da publicação disse que o projeto tenta traduzir para o universo das crianças temas que tangenciam o Poder Legislativo. “A ideia é abrir esse diálogo com as crianças e apresentar assuntos mais sérios numa linguagem mais acessível para elas, por meio de histórias engraçadas e lúdicas. Não são histórias didáticas. Elas são literárias para que elas aprendam noções de cidadania e representatividade”, frisou Carly Falcão.
Já o superintende-geral da Alepe, Isaltino Nascimento, reforçou que o intuito do ‘Alepina Literária’ é “mostrar para os eleitores do futuro a importância do Poder Legislativo”.
Lançamento na Alepe – Na parte da tarde, o livro “Quem Mora no Palácio Azul?” foi lançado na Alepe, no hall da Biblioteca da Casa Legislativa. Com leitura da publicação pela autora do livro e uma série de atividades lúdicas para crianças de comunidades do entorno da Alepe, da Escola Municipal General Emídio Dantas Barreto, em Santo Amaro, e de filhos de funcionários do Legislativo, o lançamento foi marcado por muita diversão e brincadeiras.
“Dou as boas-vindas a vocês. Espero que vocês se sintam bem à vontade neste espaço que é o local onde os deputados e as deputadas trabalham, mas também é conhecida como a casa do povo pernambucano. Então, brinquem bastante e escutem com a atenção essa história para descobrir quem é que mora no Palácio Azul”, disse a deputada Dani Portela (PSOL).
“O Palácio Azul é a casa da princesa Aurora e do príncipe Joaquim. Quero ir lá conhecê-los”, disse João Vitor, aluno da Escola Municipal General Emídio Dantas Barreto.
Enredo – O livro “Quem mora no Palácio Azul?” conta a história de uma garotinha e de seu irmão que, ao passear com o pai, deparam-se com o Palácio Joaquim Nabuco, antiga sede da Alepe. Ambos tentam descobrir o morador da ilustre construção, onde imagina tratar-se de uma princesa. Aos poucos, as crianças vão conhecendo de maneira lúdica o funcionamento da Casa Joaquim Nabuco, sede histórica da Alepe.
A jornalista Carly Falcão revela que a ideia surgiu a partir de um passeio com a filha Sofia pelas dependências da Assembleia Legislativa. “Comecei a construir a história com minha filha e ela embarcou nessa viagem lúdica. O livro aborda diversos temas, mas é a criança o sujeito da história, com voz, direitos e deveres”.
De acordo com Carly, o livro segue uma linha regional, valorizando a oralidade e o falar do povo pernambucano. “Os personagens são pessoas simples para gerar identificação. O vestido da princesa, por exemplo, remete ao Palácio Joaquim Nabuco e a saia lembra a renda pernambucana. A roupa do garoto é do vaqueiro nordestino. O livro procura valorizar o gosto regional, preservando a cultura, ao mesmo tempo que busca a inclusão social para o empoderamento das crianças”, explica a escritora, que é servidora da Alepe.
A obra está disponível para download abaixo. A publicação será distribuída gratuitamente para escolas, bibliotecas e instituições parceiras.
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