Solene celebra 30 anos da União dos Evangélicos Militares

Em sessão solene realizada nesta última quarta-feira (22), a Alepe celebrou os 30 anos da União dos Evangélicos Militares e das Forças de Segurança de Pernambuco (UNEV-PE). Requerida pelo deputado Pastor Júnior Tércio (PP), a cerimônia destacou o trabalho de evangelização que o grupo tem realizado nos quartéis da Polícia Militar do Estado.

MISSÃO – Criada oficialmente em 2016, entidade leva assistência espiritual aos integrantes das corporações militares do Estado. Foto: Giovanni Costa

“O trabalho que a UNEV-PE realiza é enorme e torna-se fundamental não só para os militares pernambucanos, mas também para seus familiares e a sociedade como um todo”, ressaltou o deputado Pastor Júnior Tércio.

A UNEV-PE iniciou suas atividades na década de 80 com o trabalho missionário do capitão Inaldo Cizino e dos sargentos João Batista e Feitosa, que, ainda de maneira não oficial, atuavam no quartel da Rádio Patrulha. A entidade obteve reconhecimento em 2016 e, desde então, tem levado assistência espiritual aos integrantes das corporações militares do Estado.

Estiveram presentes à solenidade a deputada federal Clarissa Tércio (PP); a promotora Selma Magda Pereira; o presidente da UNEV-PE, sargento Holmes; o vice-presidente da UNEV-PE, subtenente Diógenes Barbosa; e o fundador da UNEV-PE, coronel Francisco Tércio.

“Esse é um momento de celebrar todos os esforços, dedicação e comprometimento dos que tornaram possível alcançar tantas conquistas ao longo dessa jornada. A cada um de vocês, nossos sinceros agradecimentos por terem contribuído de forma significativa para moldar o que somos hoje”, disse o sargento Holmes.

“É muito bom estar de volta à Casa Legislativa de Pernambuco num momento tão importante como esse em que celebramos os 30 anos da UNEV-PE, essa entidade que leva a palavra de Deus adiante e traz alento aos corações de tantos militares pernambucanos”, afirmou a deputada Clarissa Tércio.

Ouricuri recebe a 5ª edição do Programa de Fortalecimento das Câmaras Municipais

PARCERIA – Ação da Elepe e do Senado Federal vem capacitando gestores e assessores de câmaras municipais e prefeituras no Interior do Estado. Fotos: Divulgação

A Escola do Legislativo de Pernambuco (Elepe) promoveu, nos últimos dias 22 e 23 de novembro, na cidade de Ouricuri, no Sertão do Araripe, a 5ª edição do Programa de Fortalecimento das Câmaras Municipais. A ação, que é realizada em parceria com o programa Interlegis, do Senado Federal, tem o objetivo de capacitar vereadores, gestores, assessores e demais servidores das casas legislativas e poderes executivos municipais do Estado.

Participaram do encontro representantes da cidade sede e dos municípios vizinhos de Bodocó, Araripina, Moreilândia, Exu, Trindade, Santa Filomena, Parnamirim e Petrolina, assim como membros do Consórcio de Prefeitos do Araripe e do Movimento dos Pequenos Agricultores da Região do Araripe.

As atividades formativas desta edição trouxeram as seguintes temáticas: Comunicação Integrada e Criação e/ou Desenvolvimento de Ouvidorias nas Câmaras e Prefeituras Municipais. Ao longo dos dois dias do evento, os participantes discutiram assuntos como uso das redes sociais por parte dos órgãos públicos, psicologia social, princípios da comunicação e função das ouvidorias. As palestras foram ministradas por Tadeu Sposito do Amaral (assistente legislativo do Senado Federal) e Douglas Moreno (ouvidor executivo da Alepe).

MÍDIA E OUVIDORIA – Servidor do Senado, Tadeu Sposito falou sobre Comunicação Integrada. Evento também contou com palestra do ouvidor-executivo da Alepe, Douglas Moreno

Para o representante do Senado, “é fundamental que as casas legislativas trabalhem unidas para capacitar os seus colaboradores porque, dessa forma, elas podem servir adequadamente à sociedade”. “A cidade de Ouricuri nos recebeu com muito amor e muito interesse. Foram dois dias de plateia cheia, de gente querendo aprender e participando, de fato, das atividades práticas”, completou Tadeu Sposito.

“A implantação de ouvidorias na administração pública municipal é algo relativamente novo. Há uma carência em desenvolver esse setor nas câmaras e também muito interesse dos gestores em criar ouvidorias nas prefeituras e casas legislativas. Fico muito feliz em poder contribuir com esta importante e inédita ação da Alepe, em parceria com o Senado”, ressaltou Douglas Moreno.

Presidente da Câmara Municipal de Ouricuri, o vereador Iran Severo (PRTB) agradeceu à Alepe e ao Senado pela iniciativa, destacando que “ela vai fortalecer o trabalho das gestões municipais, trazendo mais eficiência e transparência na administração”.

A assessora executiva da Elepe, Tatiana Seabra, comemorou a conclusão de mais uma edição do programa. “Esta é uma iniciativa que fortalece, ainda mais, a missão da Escola do Legislativo, que é a de apoiar tecnicamente o poder legislativo municipal. A Elepe, por orientação do seu superintendente, José Humberto Cavalcanti, e do presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco, Álvaro Porto (PSDB), tem interiorizado cada vez mais as suas ações”, pontuou.

Histórico

As edições anteriores do Programa de Fortalecimento das Câmaras Municipais, que tiveram como destaque palestras sobre gestão pública sustentável, aconteceram nos municípios pernambucanos de Garanhuns, Petrolina, Carpina e Arcoverde. Até junho de 2024, todas as demais regiões administrativas do Estado deverão contempladas com a capacitação oferecida pela Elepe e o Senado Federal.

Alepe celebra o Dia Nacional da Consciência Negra

TRAJETÓRIA RECONHECIDA – Inaldete Pinheiro foi a grande homenageada da noite. Fotos: Giovanni Costa

Uma sessão solene nesta terça-feira (21) marcou as comemorações na Alepe, em torno do Dia Nacional da Consciência Negra. Proposição da deputada Dani Portela (PSOL), a solenidade prestou homenagem a mais de 50 instituições, movimentos, coletivos, organizações culturais e representantes da sociedade civil que se empenham na luta do combate ao racismo em Pernambuco.

De acordo com a parlamentar Dani Portela, que preside a Comissão de Cidadania, Direitos Humanos e Participação Popular da Alepe, a cerimônoa serviu para reverenciar a ancestralidade do povo negro pernambucano, além de visibilizar e celebrar a trajetória de instituições e pessoas que centram força contra o racismo e buscam equidade racial, por meio da construção de pautas e políticas afirmativas no Estado.

“O racismo estrutural é uma chaga aberta na nossa sociedade. Ele corrói os direitos das pessoas negras, impede que se avance em princípios básicos para a garantia de uma vida digna para as pessoas. Ao longo das últimas décadas, nós experienciamos a implementação de algumas políticas afirmativas, porém o processo foi interrompido durante o último ciclo presidencial neste país. Agora, nós exigimos que essas políticas avancem, por nenhum direito a menos para a população negra”, disse a deputada.

Compareceram à solenidade: a desembargadora federal Cibele Benevides; a procuradora de justiça Maria Ivana Botelho, coordenadora do GT Racismo do Ministério Público de Pernambuco (MPPE); Paulo Sérgio, representante do Afoxé Ará de Odé; Dona Glorinha do Coco; Rosa Marques, representante da Rede Mulheres Negras de Pernambuco; mestre Júnior Pintado, representante do Fórum Permanente de Políticas Públicas para Capoeira; e a escritora, contadora de histórias e pesquisadora de maracatu Inaldete Pinheiro, grande homenageada da solenidade.

“Agradeço a todos/as queridos/as companheiros/as do Movimento Negro que nos ajudaram a sustentar 44 anos de militância no Estado. Em 1979, realizamos a primeira Semana da Consciência Negra em Pernambuco, no Sesc de Santa Rita. Tenho orgulho do que alcançamos de lá para cá, em especial, por termos pautado dentro das esferas dos governos municipais, estaduais e federais um olhar mais atento e sensível à população negra”, afirmou Inaldete Pinheiro.

Alepe Antirracista – A solene do Dia da Consciência Negra encerra as atividades da 1ª Jornada Alepe Antirracista. O evento, que aconteceu em novembro, teve como objetivo promover uma discussão aprofundada sobre o racismo, visando a construção de pautas afirmativas dentro e fora do espaço institucional.

Além de uma série de palestras, conferências e performances artísticas, a Casa Legislativa também inaugurou a exposição “Cirandar é Resistir”, em homenagem a Lia de Itamaracá, que é Patrimônio Vivo do Estado desde 2005.

Origem – O Dia da Consciência Negra é comemorado anualmente em todo território nacional, no dia 20 de novembro. A data faz referência ao dia da morte de Zumbi dos Palmares, em 1695. Grande líder quilombola, ele comandou a resistência de milhares de negros contra a escravidão no Quilombo dos Palmares, localizado na Serra da Barriga, em Alagoas.

Em 2003, com a publicação da Lei Federal 10.639, que obriga o ensino de história e cultura afro-brasileira nas escolas, o Dia da Consciência Negra entrou no calendário escolar. Em 2011, a então presidente Dilma Rousseff oficializou a data como Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, mas não instituiu a data como feriado nacional.

Hoje, somente seis estados em todo o país consideram o dia 20 de novembro como feriado: Alagoas, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Rio de Janeiro e São Paulo.

Alepe doa exemplares do livro “Quem mora no Palácio Azul?” para bibliotecas públicas de PE

Na manhã da última sexta-feira (17), a Alepe realizou a entrega de 500 exemplares do livro “Quem mora no Palácio Azul?” ao Sistema de Bibliotecas Públicas de Pernambuco, pertencente à Biblioteca Pública do Estado. Na ocasião, também foram entregues exemplares à Biblioteca Municipal de Igarassu.

Marta Diniz, chefe da unidade de Bibliotecas Públicas Municipais de Pernambuco, comentou que a doação de livros é de extrema importância para a manutenção desses espaços. “As próprias bibliotecas públicas não têm verbas para a compra de livros. Nós vivemos de doações e recebemos várias doações importantes para formar o acervo das bibliotecas”.

Ela ainda ressaltou a relevância da obra em questão para o acervo. “Esse tipo de livro é muito importante e beneficiará a todos que poderão entender, de forma lúdica, o papel da Assembleia Legislativa”, disse.

ADAPTAÇÃO – Primeira publicação do selo Alepinha Literária, a obra apresenta o Poder Legislativo do Estado para o público infantil. Fotos: Giovanni Costa

A gestora da Biblioteca Municipal de Igarassu, Lucicleide Pereira, destacou que os livros trarão mais cultura aos frequentadores da biblioteca. “É um livro que vai trazer um pouco de conhecimento sobre a Assembleia e é muito importante que a comunidade tenha informações sobre esse material”.

O superintendente-geral da Alepe, Isaltino Nascimento, declarou que a Casa está cumprindo com o compromisso de fazer com que as ações realizadas pela instituição estejam de acordo com o interesse da sociedade. “A educação é fundamental, e ter um livro como este nas bibliotecas públicas permite a expansão dessas informações para todo o estado de Pernambuco”,

A superintendente de Comunicação Social da Alepe, Helena Alencar, acrescentou que a ação é “mais um passo da Assembleia em levar um projeto tão bonito, voltado à primeira infância, para todo o estado, de modo que todas as crianças pernambucanas possam ter acesso à publicação”.

DOAÇÃO – Exemplares do livro “Quem mora no Palácio Azul?” também foram entregues à Biblioteca Pública de Igarassu

Serviço

No geral, as bibliotecas públicas em Pernambuco funcionam nos três turnos e para realizar o empréstimo de um título é necessário a inscrição no sistema da biblioteca de sua cidade. Para crianças de até dez anos, o cadastro deve ser feito por meio de um responsável.

Alepinha Literária

lançamento oficial do selo Alepinha Literária aconteceu na programação da 14ª Bienal Internacional do Livro de Pernambuco, no Centro de Convenções, em Olinda, e teve como primeiro título a obra “Quem mora no Palácio Azul?”. A publicação, que conta com texto da jornalista Carly Falcão e ilustrações de Laura Morgado, integra uma coleção de livros infantis que vai traduzir temas do Poder Legislativo para as crianças. O projeto é uma iniciativa da Mesa Diretora, da Frente Parlamentar da Primeira Infância e da Comissão de Educação e Cultura da Assembleia Legislativa da Alepe.

Marta Almeida é homenageada durante encerramento da 1ª Jornada Antirracista da Alepe

COMENDA – Em homenagem à militante, falecida em setembro deste ano, a Alepe criou a Medalha Antirracista Marta Almeida. Fotos de Paulo Pedrosa

Encerraram-se na manhã desta sexta-feira (10), as atividades da 1ª Jornada Alepe Antirracista 2023. A ação, que marcou as comemorações em torno do Mês da Consciência Negra, teve o objetivo de ampliar o debate sobre o racismo e estimular a construção de pautas afirmativas. Durante a solenidade, além das palestras e apresentações artíticas, aconteceu uma homenagem especial à militante do Movimento Negro Unificado (MNU) Marta Almeida, que faleceu neste ano.

Educadora e coordenadora do MNU em Pernambuco, Marta Carmelita Bezerra de Almeida morreu no último dia 13 de setembro, aos 44 anos, após sofrer um AVC (Acidente Vascular Cerebral). No Estado, também integrava o Comitê Institucional Metropolitano de Mulheres Negras da Secretaria Estadual da Mulher e o Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial (Coepir/PE). Há uma década, dedicava sua vida às lutas sociais, direito à saúde, à denúncia e combate ao racismo e pela visibilidade das mulheres lésbicas e demais pessoas LGBTQI+.

A deputada Dani Portela (PSOL), lembrou que, nesta semana, a Alepe aprovou a criação da Medalha Antirracista Marta Almeida – comenda especial que será entregue para pessoas ou organizações que se destaquem na luta antirracista. Sete pessoas físicas ou jurídicas com reconhecida atuação no combate ao racismo em Pernambuco poderão receber o prêmio a cada Sessão Legislativa.

“A criação desta premiação foi uma iniciativa coletiva do nosso gabinete, dos deputados Doriel Barros (PT), Rosa Amorim (PT), João Paulo (PT), Socorro Pimentel (União) e da Superintendência Geral da Alepe. Marta Almeida foi uma referência no combate a todas as formas de opressão, contra o racismo e contra a lgbtfobia”, destacou Dani Portela, que pediu uma salva de palmas especial aos familiares da militante.

A deputada Rosa Amorim também prestou uma homenagem à família de Marta Almeida com a entrega de uma placa e de um quadro pintado pelo artista Luiz Amorim. “Martinha carregava no seu coração um ato de amor ao povo. Ela trazia uma revolta no peito e, ao mesmo tempo, entendia a necessidade de que, através da educação popular, a gente pode construir uma nova sociedade”.

CULTURA – Último dia da Jornada Antirracista também foi marcado por apresentações artísticas

Arte e debate

Em seu último dia, a Jornada Alepe Antirracista também contou com as conferências “A importância do combate ao racismo nas instituições políticas e públicas”, ministrada pela professora da UFPE, Ciani das Neves; “Negritude sem identidade”, com o psicanalista Érico Andrade; e “O nosso legado para gerações futuras”, apresentada pelo mestre em Cultura e Sociedade da Universidade Federal da Bahia, Zulu Araújo; além das apresentações artísticas do cantor e compositor Afonjah, da multiartista Iyadirê Zidanes e do grupo Bacnaré – Balé de Cultura Negra do Recife.

A mediação do debate ficou sob responsabilidade da deputada Dani Portela. Segundo a parlamentar, o evento foi um marco, mas é preciso que ações sejam recorrentes e não somente neste mês. “Estamos no mês do novembro negro, mas deveríamos combater o racismo e promover a igualdade racial em todos os meses, em todas as épocas”, afirmou. “Já que somos maioria da população, precisamos ser maioria também nos espaços de decisão e poder. Não dá mais para ser invisibilizados e silenciados séculos depois da história”, completou.

Para a conferencista Ciani das Neves, a ação iniciada pela Alepe é de suma importância devido ao seu poder na sociedade. “Trazer esse debate sobre a importância do combate ao racismo no âmbito das instituições e políticas públicas é importante no sentido de que nós estamos massificando a compreensão de que o racismo é um comportamento que precisa ser extirpado da sociedade brasileira”, disse.

O professor Zulu Araújo ressaltou que o legado para as gerações futuras é extremamente positivo. “É o legado que permite que hoje o movimento negro brasileiro, a sociedade brasileira, possa respirar ares mais saudáveis”. Em adição, o conferencista disse que é fundamental a presença e a participação das Casas Legislativas. “Precisamos de uma legislação antirracista, precisamos de atitudes antirracistas e precisamos de políticas públicas antirracistas”, concluiu.

Responsável pela abertura, o cantor e compositor Afonjah comentou como esses eventos auxiliam o futuro. “É uma luta de toda a sociedade pernambucana e do Brasil. Iniciativas como essas são muito importantes para que a gente consiga prosseguir no futuro”, disse.

A multiartista Iyadirê Zidanes disse que tem vontade de que o discurso antirracista deixe de existir. “Meu grande desejo é que o discurso se dissipe não pelo fato de termos tapado os olhos, mas por não precisarmos mais falar desse discurso antirracista porque não existirá mais o processo racista”, finalizou.

Fortalecimento da identidade e relação entre antirracismo e saúde mental em pauta

DEBATES E APRESENTAÇÕES CULTURAIS – As atividades da Jornada Alepe Antirracista seguem até a sexta-feira (10), no Auditório Sérgio Guerra. Fotos: Paulo Pedrosa

O Poder Legislativo Estadual deu continuidade, nesta quinta-feira (9), às atividades da 1ª Jornada Alepe Antirracista 2023. A ação, que marca as comemorações em torno do Mês da Consciência Negra, tem como objetivo ampliar o debate sobre o racismo e estimular a construção de pautas afirmativas. As atividades são gratuitas e encerram-se nesta sexta-feira (10). Confira aqui a programação completa do evento.

No seu quarto dia, a Jornada Alepe Antirracista contou com as conferências “Fortalecimento da Identidade: Construindo a Cultura do Antirracismo”, ministrada pela militante dos movimentos de comunidade tradicionais, Bernadete Lopes; e “Antirracismo e saúde mental: importância das questões étnicos raciais na construção de políticas públicas de atenção à saúde mental em Pernambuco”, com o psicólogo Guilbert Araújo; além das apresentações artísticas do Afoxé Alafin Oyó e da cantora Gabi da Pele Preta.

PROGRAMAÇÃO – A deputada Socorro Pimentel mediou os debates desta quinta-feira (9)

A medição do debate ficou a cargo da deputada Socorro Pimentel (União). Segundo a parlamentar, a ação está na ordem do dia. “Precisamos falar, debater e fazer com que práticas antirracistas estejam cada vez mais presentes em nosso cotidiano”, afirmou.

Pimentel também comentou sobre a relevância dos temas discutidos pelo evento. “Numa epidemia de doenças que afetam a saúde mental, esses debates são cada vez mais necessários, pois qualquer tipo de discriminação, opressão e pressão pode desencadear um fator para uma doença mental”, disse a deputada.

PALESTRA – Bernadete Lopes foi uma das conferencistas do quarto dia da Jornada Alepe Antirracista

Em sua conferência, Bernadete Lopes falou da importância de fortalecer a identidade das pessoas negras. “É fundamental entendermos que o racismo se construiu em cima da teoria da negação do outro. E a alteridade se constrói em cima da afirmação do direito do outro, mesmo ele sendo diferente de nós. Com uma identidade fortalecida, as pessoas não conseguem nos anular”, ressaltou a palestrante.

PROMOÇÃO DE SAÚDE Guilbert Araújo destacou como as ações antirracistas são fundamentais para construção de políticas públicas de saúde mental para população negra

O psicólogo Guilbert Araújo abordou a relação entre o antirracismo e a saúde mental. “É bom pensarmos nas implicações para a população negra, e também para a população branca, do racismo enquanto condição estruturante da realidade. Os debates em torno de ações antirracistas são fundamentais para a promoção de políticas públicas de saúde mental”, disse.

VERMELHO E BRANCO – Patrimônio Vivo do Estado, o Afoxé Alafin Oyó trouxe todo seu encanto para o Auditório Sérgio Guerra

Presidente do Afoxé Alafin Oyó, Fabiano Santos disse que é preciso desconstruir os paradigmas. “Quebrar isso não só tendo a apresentação do Afoxé ou das manifestações de cultura popular, mas também fazendo o reconhecimento devido, constituindo o valor de cachê dos grupos, facilitando a forma de contratação e a visibilidade dada, inclusive por leis constituídas nesta Casa”, falou o músico.

APRESENTAÇÃO CULTURAL – De Caruaru, a cantora Gabi da Pele Preta foi uma das atrações do evento

A cantora Gabi da Pele Preta, que encerrou a programação, disse que, com esse evento, a Assembleia Legislativa faz mais uma ação para reparar a dívida com as pessoas pretas. “Trazer esse debate, que é urgente, para uma instituição centenária como a Alepe, mostra que a Casa tem o compromisso de representar também as pessoas pretas”, disse a artista.

ANTIRRACISMO NA ESCOLA – De autoria do parlamentar Gilmar Júnior, há um projeto de lei em tramitação na Alepe para implementar o ensino antirracistas nas unidades de ensino pernambucanas

Novo PL – Presente na ação, o deputado Gilmar Júnior (PV) fez uma fala rápida sobre o projeto de lei nº 1360/2023, de sua autoria, que busca incluir o ensino antirracista em Pernambuco, desde a educação básica, como forma de combater o racismo no Estado. “Precisamos entender que a cultura do racismo é estrutural, ela vem desde cedo. Trazer um ensinamento antirracista para crianças e adolescentes é enfrentar, no grande círculo vicioso do problema que é a primeira infância, esse tipo de conduta. Com isso, há uma possibilidade de mudança no viver e no tratar o outro, não importando sua cor, sua etnia”, destacou o parlamentar.

Alepe debate Antirracismo na Educação e Mulherismo Africana

JORNADA – A deputada Rosa Amorim mediou o debate deste terceiro dia do evento, que contou com as conferências de Zezito Araújo e Lilian Katchaki. Fotos: Paulo Pedrosa

Mais conferências e performances artísticas marcaram o terceiro dia da 1ª Jornada Alepe Antirracista 2023, que aconteceu nesta quarta-feira (8). A ação, realizada pelo Poder Legislativo Estadual em comemoração ao Mês da Consciência Negra, trará uma série de atividades gratuitas até o próximo dia 10 (sexta-feira), e tem como objetivo ampliar o debate sobre o racismo e estimular a construção de pautas afirmativas.

Na parte da manhã, o evento contou com as conferências “Mulherismo Africana como um dos Caminhos para Centramento e Restauração do povo Africano (Continente e Diáspora), ministrada pela doutoranda em Desenvolvimento Rural pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Lilian Katchaki; e “Antirracismo na Educação: uma experiência Quilombola”, ministrada pelo professor e vice-presidente da Academia Alagoana de Educação, Zezito Araújo.

A programação contou ainda com um debate mediado pela deputada Rosa Amorim (PT) e performances da atriz Odailta Alves e da cantora Isaar, com o projeto “Coisa de Preta”, que conta com a participação das musicistas Aishá Lourenço e Gabi Carvalho.

Para Rosa Amorim, os temas deste terceiro dia são estruturais para discussão do antirracismo. “Se queremos debater sobre o que é uma cultura antirracista, precisamos passar pela educação. Precisamos primeiro ressignificar muita coisa da nossa história e isso passa da forma como a nossa história chega até as crianças”, disse a parlamentar.

DEBATE – O conferencista Zezito Araújo falou como o antirracismo deve ser tratado dentro das escolas e na sociedade

O professor Zezito Araújo comentou que a pauta antirracista não é questão da educação pela educação, mas, sim, sobre a organização da sociedade brasileira. “Acima de tudo, queremos que, através da educação, os cidadãos possam conhecer a história da África, da população negra no Brasil que gerou riquezas e conhecimentos para muitos grupos de poder hoje em dia”.

DIFUSÃO DE CONHECIMENTO – Lilian Katchachi aproveitou a conferência para explicar sobre o conceito de mulherismo africano que tem como base o afrocentrismo

Segunda conferencista, Lilian Katchaki disse que ainda se fala pouco sobre mulherismo africana e explicou esse conceito: “Ele se baseia na ação da mulher africana, ela é o esteio da afrocentricidade que é centrada para mulheres africanas nas suas experiências de luta, de ativismo e recentramento na sua história. Se localizar enquanto uma mulher africana recuperando tanto a parte espiritual quanto a parte cultural e histórica do seu povo, antes de ser sequestrado”, comentou a doutoranda.

HOMENAGEM – Os integrantes da programação da 1ª Jornada Antirracista da Alepe recebem uma placa comemorativa pela participação no evento

Odailta Alves, atriz responsável pela abertura do terceiro dia da jornada, achou muito significativo a Alepe ter aberto as portas para a discussão do racismo. “É fortalecedor para nós, pessoas pretas que vivemos na sociedade o tempo inteiro resistindo ao racismo e precisamos ter o respaldo de espaços de poder”.

A cantora Isaar celebrou o convite para apresentar-se na Alepe e o gesto de aproximação da Casa, que, segundo ela, está cada vez mais próxima da sociedade. “É a possibilidade de um diálogo maior com a classe artística, com as classes trabalhadoras, que falam sobre o racismo”.

A 1ª Jornada Alepe Antirracista segue com novas atividades até a próxima sexta (10), com transmissão pelo canal da Alepe no Youtube. Para acessar a programação completa, clique neste link.

As inscrições para o evento são gratuitas e poderão ser feitas pelo Sympla:
www.sympla.com.br/evento/1-jornada-alepe-antirracista/2220048).

Jornada Alepe Antirracista tem continuidade com palestras e apresentações artísticas

TEMÁTICA – Conferencistas abordaram temática do racismo estrutural nos ambientes institucionais. Fotos: Giovanni Costa

Conferências e apresentações musicais marcaram, nesta terça (7), o segundo dia da 1ª Jornada Alepe Antirracista 2023 – ação realizada pelo Legislativo Estadual em comemoração ao Mês da Consciência Negra que trará atividades até o próximo dia 10 com o objetivo de ampliar o debate sobre o racismo e estimular a construção de pautas afirmativas.

Lançada na última segunda (6), a ação teve continuidade na manhã de hoje com as conferências “Do sofrimento psíquico à política antirracista nas instituições”, ministrada pela psicóloga Maria de Jesus Moura; e “Aspectos da Sociogênese do Racismo Estrutural no Brasil: processo das desigualdades e expropriação das identidades”, com o professor Edilson Fernandes de Souza. A programação contou ainda com um debate mediado pelo deputado Doriel Barros (PT) e com as performances artísticas de Orun Santana e do grupo Coco dos Pretos.

DANÇA – Bailarino premiado, Orun Santana apresentou-se na abertura do segundo dia do evento

“Existem políticas públicas que surgiram para fortalecer a presença negra e a justiça em diversos espaços, mas ainda temos muito a caminhar e, nessa questão, as instituições precisam se comprometer e fazer um trabalho interno para além daquilo que se apresenta externamente”, pontuou Maria de Jesus Moura durante o evento. Para ela, “os debates são importantes por aproximarem as pessoas do tema, mas é necessário que as instituições também tentem observar o que não está funcionando na prática e identificar onde o racismo ainda está presente.”

De acordo com o professor Edilson Fernandes é de fundamental importância que o assunto racismo estrutural seja discutido em um espaço de poder que cria leis. “A Alepe dá um salto qualitativo no Brasil ao atrair para si a responsabilidade de trazer esse debate sobre racismo. Espero que os nossos parlamentares realizem outras edições do evento nesta Casa, que é considerada a Casa do Povo Pernambucano”, destacou. Ele acrescentou que o racismo estrutural acontece todos os dias em várias instâncias e, principalmente, nas instâncias de poder. “É muito importante nos educarmos sobre atitudes antirracistas, sobretudo numa casa como esta, que recebe sempre muitas pessoas”.

ANCESTRALIDADE – Grupo Coco dos Pretos valoriza ritmos do candomblé

A 1ª Jornada Alepe Antirracista segue com novas atividades até a próxima sexta (10), com transmissão pelo canal da Alepe no Youtube. Para acessar a programação completa, clique neste link. As inscrições para o evento são gratuitas e poderão ser feitas pelo Sympla ( www.sympla.com.br/evento/1-jornada-alepe-antirracista/2220048).

Comenda

Também nesta terça, a Comissão de Justiça aprovou a criação de uma premiação especial na Alepe para pessoas ou organizações que se destaquem na luta antirracista. O  Projeto de Resolução nº 1388/2023, apresentado pela Mesa Diretora, cria a Medalha Antirracista  Marta Almeida. Sete pessoas físicas ou jurídicas com reconhecida atuação no combate ao racismo em Pernambuco poderão receber o prêmio a cada sessão legislativa.

O nome da homenagem faz referência a Marta Carmelita Bezerra de Almeida, pedagoga e educadora que foi coordenadora do Movimento Negro Unificado (MNU) em Pernambuco. Ela faleceu no dia 13 de setembro, aos 44 anos, após ter um AVC no percurso entre Pernambuco e Brasília, onde ela participaria da reunião do Conselho Nacional de Saúde (CNS). Marta Almeida era ativista dos direitos humanos e LGBTIA+, e também era integrante do Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial (Coepir).

Roda de ciranda, exposição e palestras marcam a abertura da 1ª Jornada Alepe Antirracista

EVENTO – A 1ª Jornada Alepe Antirracista ocupará o Auditório Sérgio Guerra até a próxima sexta-feira (10). Fotos: Paulo Pedrosa

Para marcar as comemorações em torno do Mês da Consciência Negra, a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) deu início, nesta segunda-feira (6), às atividades da 1ª Jornada Alepe Antirracista. O evento, que é gratuito e segue até a próxima sexta-feira (10), tem como objetivo promover uma discussão aprofundada sobre o racismo, visando a construção de pautas afirmativas dentro e fora do espaço institucional.

Além de uma série de palestras, conferências e performances artísticas (veja a programação completa aqui), a Casa Legislativa também inaugurou a exposição “Cirandar é Resistir”, em homenagem a Lia de Itamaracá. Patrimônio Vivo do Estado desde 2005, a cirandeira comandou uma grande de roda de ciranda em frente ao edifício Governador Miguel Arraes, localizado na Rua da União.

SHOW – Lia de Itamaracá encerrou a abertura do evento com uma grande roda de ciranda em frente à sede da Alepe

“É muito bom receber essa homenagem em vida, pois nem sempre é fácil levar essa bandeira da cultura popular adiante. Ralei bastante até chegar aqui, mas foi uma luta que valeu a pena. Recebo com muita gratidão todo o carinho e a generosidade de vocês”, disse Lia de Itamaracá.

CONFERENCISTA – O professor Lepê Correia foi um dos palestrantes do primeiro dia da Jornada Alepe Antirracista

Programação – O primeiro dia foi marcado pelas conferências “Reescrever a estrutura, desconstruindo o que nos faz subservir”, mediada pelo professor Lepê Correia; e “Desconstruindo o Racismo Institucional para a efetiva implementação da Igualdade Racial”, com a procuradora Bernadete Figueiroa. Houve ainda apresentações do Maracatu Baque Virado Nação Tupinambá e do Coral Vozes de Pernambuco, formado por servidores e funcionários da Alepe.

COMBATE AO RACISMO – Vários representantes do movimento negro pernambucano marcaram presença no primeiro dia do evento

“Essa programação foi construída por várias mãos: a Mesa-Diretora, as superintendências da Casa Legislativa e os representantes dos gabinetes dos deputados. A intenção é estabelecer uma agenda antirracista na Alepe. Então, além das ações previstas para o mês de novembro, haverá em 2024 um curso sobre letramento racial que, com 120 vagas gratuitas, envolverá os setores do Poder Legislativo e a sociedade civil”, ressaltou o superintendente-geral da Alepe, Isaltino Nascimento.

Na primeira palestra, Lepê Correia destacou o pioneirismo pernambucano nas lutas libertárias em todo o país e, a partir da trajetória do povo negro, apresentou análises que ajudam a descontruir a superficialidade dos debates travados em torno do racismo. “A ousadia e a coragem de construir a proposta da Jornada Alepe Antirracista mostra que essa Casa Legislativa revalida o elo do pioneirismo de Pernambuco em diversas lutas por liberdade. É muito salutar abrir esse espaço para o combate ao racismo e propor ações afirmativas”, afirmou o professor.

Responsável por coordenar durante anos o Grupo de Trabalho de Racismo no Ministério Público de Pernambuco (MPPE), a procuradora Bernadete Figueiroa discutiu conceitos-chave para o enfrentamento ao racismo e a legislação antirracista. “Devemos questionar os obstáculos históricos que dificultam ou impedem as transformações sociais propostas. O nosso objetivo é fortalecer as políticas afirmativas, a partir de uma perspectiva de igualdade racial. Para isso, é preciso dialogar sobre os mecanismos de participação social e fazer um monitoramento constante das práticas racistas reproduzidas na institucionalização dessas políticas”, colocou Figueiroa.

HOMENAGEM – Todos os participantes que integram a programação da Jornada Alepe Antirracista vão receber uma placa comemorativa

O deputado João Paulo (PT) mediou o primeiro dia da Jornada Alepe Antirracista e falou da importância de debater o tema nos espaços de poder. “A Casa Legislativa ganha muito promovendo essa primeira edição da Jornada Antirracista, pois ajuda a desconstruir nesse espaço uma série de inverdades que são ditas a respeito do racismo não só em Pernambuco, como em todo país”, frisou o parlamentar.

Na mesa de abertura, estavam presentes também as deputadas Dani Portela (PSOL), Gleide Ângelo (PSB), Rosa Amorim (PT); o parlamentar Doriel Barros (PT); a defensora pública Juliana Paranhos; o professor Carlos Tomaz, coordenador da Rede Afro LGBT e vice-coordenador do GT LGBTI+ do Movimento Negro Unificado de Pernambuco; e o cantor pernambucano Valdir Anfonjá.

LUTA COLETIVA – A deputada Rosa Amorim destacou que a Alepe e seus parlamentares têm abraçado a luta antirracista

“É com muita alegria que estamos construindo a primeira Jornada antirracista da Alepe. A simbologia disso é muito marcante, pois, ao chegarmos aqui, já nos deparamos com rostos de pessoas negras que foram importantes para a construção do Brasil, desde Zumbi dos Palmares à deputada federal Benedita da Silva (PT). Ainda somos minorias nos espaços, mas é importante ver que há um conjunto de parlamentares que, mesmo não sendo negros e negras, abraçam a luta antirracista”, destacou a deputada Rosa Amorim.

NO FRONTE – Parafraseando a pensadora Ângela Davis, a parlamentar Dani Portela ressaltou que “é preciso ser antirracista”

Já a parlamentar Dani Portela lembrou que o racismo e a luta para combatê-lo não deve ser restrito ao movimento negro. “Temos muitos desafios para enfrentar. Não basta não ser racista, é preciso ser antirracista, como nos lembra a pensadora norte-americana Ângela Davis. Essa luta não é uma luta apenas das pessoas negras. Tem que ser uma luta do conjunto da sociedade”, disse.

O professor Carlos Tomaz ressaltou a importância do diálogo entre poder público e sociedade civil para construção de políticas públicas efetivas. “Não dá para criar leis de maneira verticalizada. Por isso, é fundamental esse espaço que Alepe abre para ouvir os anseios da população. É só com processos de escutas que é possível estabelecer legislações efetivas de combate ao racismo”, afirmou.

INICIATIVA LOUVÁVEL – O deputado Doriel Barros parabenizou a Alepe pela iniciativa

“É preciso ocupar os espaços e, ao mesmo tempo, fazer com que a sociedade compreenda que essa é uma luta de todos nós. Somamo-nos nessa mesma direção antirracista e parabenizamos a Alepe por essa louvável iniciativa”, finalizou o deputado Doriel Barros.

1ª Jornada Alepe Antirracista celebra mês da consciência negra no Legislativo estadual

Mês da Consciência Negra, novembro será marcado na Assembleia Legislativa de Pernambuco por um grande ciclo de palestras sobre o racismo na 1ª Jornada Alepe Antirracista 2023, que acontecerá de 6 a 10 do próximo mês.

Além de conferências em torno do tema, haverá a exposição “Cirandar é resistir”, em homenagem à maior voz da ciranda e Patrimônio Vivo de Pernambuco, Lia de Itamaracá, performances de artistas, escritores, cantores, grupos de maracatu e afoxés, com participação de várias personalidades representativas dos movimentos negros. Para encerrar as atividades, haverá Conferência Magna com ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco.

Buscando promover debates que contribuam para avançar na valorização da luta do povo negro, a Alepe lançará durante a jornada, o “Selo Alepe Antirracista”, rótulo de identidade para várias ações contra o racismo que a Casa pretende promover, permanentemente, dentro e fora da instituição.

Para o presidente da Alepe, deputado Álvaro Porto, é importante garantir políticas capazes de promover transformações em comportamentos e crenças que alimentam ódio e preconceito. O parlamentar defende que a Jornada Antirracista se incorpore ao calendário de ações do Legislativo.

“A pauta da luta antirracista precisa estar no cotidiano da Assembleia e a realização da primeira Jornada Alepe Antirracista é uma iniciativa muito bem-vinda e necessária para a promoção do debate e a difusão da cultura de combate às práticas racistas tão presentes na estrutura da sociedade”, observou o presidente da Alepe.

Inscrições gratuitas

As inscrições para a 1ª Jornada Alepe Antirracista são gratuitas e poderão ser feitas a partir desta quinta-feira (26) pelo Sympla ( www.sympla.com.br/evento/1-jornada-alepe-antirracista/2220048). A programação completa do evento está disponível abaixo.

Para o primeiro-secretário da Alepe, deputado Gustavo Gouveia, a jornada é mais uma oportunidade de reflexão sobre esse crime intolerável. “Historicamente, o racismo tem matado e vulnerabilizado mais da metade da nossa população. Precisamos ter respeito a todas as formas de diversidade, sobretudo porque vivemos em um país tão plural. As diferenças são nossa maior riqueza, e o compromisso da Alepe é garantir que todas sejam respeitadas”, ressalta.

Novembro é considerado o “Mês da Consciência Negra” como forma de provocar reflexões sobre o racismo e suas consequências. A lei federal 12.519 de 10 de novembro de 2011, sancionada pela então presidente Dilma Rousseff, instituiu o 20 de novembro como o Dia Nacional Consciência Negra em homenagem ao líder do maior quilombo do período colonial, Zumbi dos Palmares, que faleceu nesta data.

Alepe pioneira

Parceiro da Alepe na coordenação da Jornada Antirracista, o professor e pesquisador da cultura afro, Lepê Correia, entende que a iniciativa é “uma convocação aos amantes das lutas libertárias pernambucanas e valorização dos que morreram por serem contrários à opressão”.

“Ao se apresentar como uma Casa de propostas e discussões antirracistas, a Alepe empreende um sair do campo das conversas para o campo das ações e parte na frente das várias casas legislativas, unindo forças na construção de políticas de combate ao racismo Brasil afora”.

Confira abaixo a programação completa:

 

I JORNADA ALEPE ANTIRRACISTA
6 a 10 de novembro de 2023
Auditório Sérgio Guerra (Alepe)

6 DE NOVEMBRO (SEGUNDA-FEIRA)

14h – Apresentação do Maracatu Baque Virado Nação Tupinambá

14h15 – Abertura da 1ª Jornada Alepe Antirracista

15h – Conferência: Reescrever a estrutura, desconstruindo o que nos faz subservir – palestra Lepê Correia

16h – Conferência: Desconstruindo o Racismo Institucional para a efetiva implementação da Igualdade Racial – palestra Bernadete Figueiroa

16h45 – Debate com mediação do deputado João Paulo (PT)

17h30 – Lançamento da exposição ‘Lia de Itamaracá: Cirandar é resistir!’ e apresentação de Lia de Itamaracá

18h – Encerramento

7 DE NOVEMBRO (TERÇA-FEIRA)

9h – Apresentação de Orun Santana

9h15 – Conferência: Do sofrimento psíquico à política antirracista nas instituições – palestra Maria de Jesus Moura

10h – Conferência: Aspectos da Sociogênese do Racismo Estrutural no Brasil: processo das desigualdades e expropriação das identidades – palestra Edilson Fernandes de Souza

11h – Debate com mediação do deputado Doriel Barros (PT)

11h45 – Apresentação do Coco dos Pretos

12h – Encerramento

8 DE NOVEMBRO (QUARTA-FEIRA)

9h – Apresentação de Odailta Alves

9h15 – Conferência: Mulherismo Africana como um dos Caminhos para Centramento e Restauração do povo Africano (Continente e Diáspora) – palestra Lilian Katchaki

10h – Conferência: Antirracismo na Educação: uma experiência Quilombola – palestra Zezito Araújo

11h – Debate com mediação da deputada Rosa Amorim (PT)

11h45 – Apresentação de Isaar, com o show “Coisa de Preta”

12h – Encerramento

9 DE NOVEMBRO (QUINTA-FEIRA)

9h – Afoxé Alafin Oyó

9h15 – Conferência: Fortalecimento da Identidade: Construindo a Cultura do Antirracismo – palestra Bernadete Lopes

10h – Conferência: Antirracismo e saúde mental: importância das questões étnico raciais na construção de políticas públicas de atenção à saúde mental em Pernambuco – palestra Guilbert Araújo

11h15 – Debate com mediação da deputada Socorro Pimentel (União)

11h45 – Apresentação de Gabi da Pele Preta

12h – Encerramento

10 DE NOVEMBRO (SEXTA-FEIRA)

9h – Apresentação de Valdi Afonjah

9h15  – Homenagem a Marta Almeida (in memoriam)

9h30 – Conferência: A importância do combate ao racismo nas instituições políticas e públicas – palestra Ciani Sueli

10h – Conferência: Negritude sem identidade – palestra Érico Andrade

10h30 – Performance artística com Iyadirê Zidanes

11h – Conferência: O nosso legado para gerações futuras – palestra Zulu Araújo

11h30 – Debate com mediação da deputada Dani Portela (PSOL)

12h – Encerramento com apresentação do Grupo Bacnaré – Balé de Cultura Negra do Recife