Elepe conclui terceira edição do curso “Cuidador de Idosos”

PANORAMA – Qualificação profissional teve apoio do IAUPE. Foto: Anju Monteiro

A Alepe, por meio da Escola do Legislativo (Elepe), celebrou nesta quinta (24) a conclusão da terceira edição do curso “Cuidador de Idosos”. Iniciada em julho, a capacitação buscou qualificar profissionais dessa área, muitas vezes invisibilizada.

O superintendente da Elepe, José Humberto Cavalcanti, explicou que a ideia do curso surgiu em 2022, após ele observar uma iniciativa semelhante durante uma viagem a São Paulo. “Ao retornar, percebi que não havia cursos voltados para cuidadores de idosos nas instituições públicas de Pernambuco. A Assembleia então assumiu essa missão, e hoje colhemos os frutos, como vimos nos depoimentos dos participantes”, destacou.

Cavalcanti também ressaltou a importância da parceria com o Instituto de Apoio à Universidade de Pernambuco (IAUPE). “Estamos na terceira edição do curso e, ao longo do tempo, ele foi aperfeiçoado. Com o apoio do IAUPE, conseguimos desenvolver uma formação técnica de qualidade. Muitos dos formandos já garantiram emprego, o que é motivo de grande satisfação para a Escola e para a Alepe”, frisou.

Relevância

A qualificação dos profissionais foi celebrada pelo professor e enfermeiro Kennedy Teixeira, que destacou a relevância do curso para o envelhecimento da população. “A nossa sociedade está envelhecendo, e a profissionalização dos cuidadores traz segurança tanto para os idosos quanto para suas famílias. Agora, eles estão preparados para oferecer cuidados completos, após passarem por aulas com enfermeiros, fisioterapeutas, farmacêuticos e assistentes sociais”, explicou.

A solenidade de encerramento foi marcada pela entrega dos certificados, emocionando muitos dos participantes. Um dos alunos, Luan Oliveira Alves, discursou em nome da turma e agradeceu aos professores e coordenadores, além de ter organizado, junto com seus colegas, uma homenagem com cestas de guloseimas. “Consegui meu primeiro emprego na área graças ao curso e à professora Débora. Hoje todos nós somos gratos. O curso nos ajudou a crescer e a nos profissionalizar para cuidar dos nossos idosos, o que realmente importa”, afirmou.

Inclusão no mercado de trabalho para PCDs é tema de workshop

TRABALHO – Evento buscou fomentar a inclusão de PCDs no mercado. Foto: Manu Vitória

A Alepe promoveu o “Workshop Empregabilidade e Empreendedorismo: transformando desafios em oportunidades”, nesta terça (8), no auditório Sérgio Guerra. A ação foi direcionada para alunos com deficiência do Centro de Educação de Jovens e Adultos (CEJA) Valdemar de Oliveira, localizado no centro do Recife. 

Segundo pesquisa de janeiro deste ano do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o Brasil tem 545 mil pessoas com deficiência em postos de trabalho. A reserva de vagas em grandes empresas é garantida há 33 anos, quando entrou em vigor da Lei Federal nº 8.213/1991, conhecida como Lei de Cotas para Pessoas com Deficiência (PCDs) 

Para conseguir se integrarem nesse mercado, os alunos CEJA Valdemar de Oliveira tiveram a oportunidade de participar de palestras com profissionais do Porto Digital, do Instituto Euvaldo Lodi (IEL) e da Escola do Legislativo Pernambucano (Elepe). 

A psicóloga do Porto Digital, Luana Alves, apresentou o trabalho realizado por um dos maiores parques tecnológicos do Brasil e suas interfaces direcionadas para pessoas com deficiência. O evento também teve a palestra “Estágio e Inclusão: garantias legais e oportunidade para pessoas com deficiência” com a especialista em psicologia organizacional e do trabalho, Ketilly Gomes, do IEL. 

Por fim, o painel “Autonomia para sonhar e realizar: empoderamento no trabalho e na vida”, foi proferido pela especialista em gestão de pessoas e psicologia organizacional, Joselma Gomes,  que é consultora da Elepe. 

Depoimentos

A estudante do terceiro ano do Ensino Médio, Maria Eduarda Araújo, ressaltou a importância de ações como esta e da constante motivação para conquistar mais acessibilidade para pessoas surdas. 

“Eu sou surda e acredito na questão da luta da educação bilíngue para surdos e de todas as pessoas com deficiência. A questão da inclusão de surdos e ouvintes é muito complicada, por conta da ausência da acessibilidade”, relatou a estudante. “Quero participar, quero discutir, quero falar sobre política também”, salientou, falando em Libras.

Já a aluna Júlia Santos, do segundo ano do ensino médio, sonha em cursar futuramente pedagogia ou Letras-Libras, e elogiou a importância da ação inclusiva da Alepe. “Eu acho a inclusão, o fato de estarmos todos aqui todos juntos, muito importante, principalmente para a comunidade surda”, comentou.

O superintendente geral da Alepe, Isaltino Nascimento, ressaltou o compromisso da Casa de Joaquim Nabuco em realizar o exercício de cidadania junto à sociedade. 

“Diante de um mercado de trabalho desafiador, esse workshop procura orientar como construir o currículo, como estabelecer uma intervenção de emprego, como se comportar com as demandas que estão postas. Os jovens e adolescentes estão no dia-a-dia estudando, mas certamente estarão também na busca do mercado de trabalho”, disse Isaltino Nascimento. 

Também estiveram presentes: a professora Valéria Barbosa, que representou o professor Roberto Carlos Silva dos Santos, diretor do CEJA; a chefe do Departamento de Projetos Sociais Institucionais da Alepe, Cristiane Alves; e Norma Sueli Pereira, da gerência de Projetos Sociais Institucionais. 

PÚBLICO – Evento foi realizado para alunos do CEJA Valdemar de Oliveira. Foto: Manu Vitória