Alepe Acolhe recebe prêmio do Conselho Nacional de Justiça
O Programa Alepe Acolhe venceu o 4º Prêmio Prioridade Absoluta, promovido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), na última quarta (18). A Alepe foi vencedora na categoria “Legislativo” e foi contemplada no eixo temático Medidas Protetivas.
O Programa Alepe Acolhe oferece estágio remunerado a jovens que estão em processo de adoção, com histórico de abandono ou perda do poder familiar por decisão judicial, segundo cadastro do TJPE. O estágio tem remuneração de R$600, e seus beneficiários precisam ter entre 16 e 17 anos e seis meses.
A deputada Débora Almeida (PSDB) esteve presente em Brasília para representar a Assembleia Legislativa de Pernambuco e receber o prêmio. Comentando a premiação, o presidente Álvaro Porto (PSDB) ressaltou que promover justiça social e transformar vidas deve ser um papel primordial para o Poder Legislativo.
“Esse prêmio do CNJ é motivo de alegria e aplauso para toda a equipe do projeto, liderado pelas servidoras Cristiane Alves e Norma Sueli. O ‘Alepe Acolhe’ é uma iniciativa que conecta a Assembleia diretamente com a sociedade, proporcionando aos jovens cidadania por meio do conhecimento, orientação profissional e preparação para a vida”, disse.
O projeto
O Alepe Acolhe é coordenado pelo Departamento de Projetos Sociais da Assembleia, em parceria com o Tribunal de Justiça de Pernambuco. Já foram contemplados 39 adolescentes, com a abertura em 2025 de sua quarta turma, com disponibilidade de 16 vagas.
Além do estágio, o programa também oferece workshop de empregabilidade e empreendedorismo, para orientar jovens na elaboração de currículos e como se portar em entrevistas de emprego.
A gestora do projeto, Cristiane Alves, avalia o programa como uma ação transformadora que leva esperança e resgata a cidadania e a autoestima desses adolescentes. “Um dos objetivos é auxiliar os jovens para a vida adulta, pois ao completarem 18 anos eles precisam deixar os abrigos e muitos não têm para onde ir”, salientou.
Um dos 39 adolescentes que passaram pelo programa, Elane Barbosa tem 17 anos e reside na instituição de acolhimento Casa Madalena, no Recife. Segundo ela, participar do projeto é uma experiência ímpar e rica de oportunidades.
“Entrei na Assembleia sem saber de quase nada. Aprendi a socializar, ser gentil com as pessoas, falar em público, lidar com documentos e usar computador. Durante o estágio passamos por alguns setores da Casa e isso foi muito importante. Estou usando no meu novo emprego o que aprendi na da Alepe. Isso é transformador”, contou.