Alepe lança a 5ª edição da Revista de Estudos Legislativos

LANÇAMENTO – Mesa do Grande Expediente Especial que apresentou a nova edição da Revista de Estudos Legislativos. Foto: Giovanni Costa

A Assembleia Legislativa lançou, durante o Grande Expediente Especial desta quinta (18), a 5ª edição da Revista de Estudos Legislativos, produzida pela Consultoria Legislativa da Casa (Consuleg). A cerimônia foi solicitada pelo presidente da Alepe, deputado Álvaro Porto (PSDB), e marcou a retomada da publicação, após a pandemia de Covid-19. Em tempos normais, o periódico é publicado anualmente.

Já na abertura do encontro, Porto parabenizou a Consuleg pelo esforço e dedicação à instituição. O deputado elogiou a atuação do órgão, pelo “suporte que dá aos trabalhos parlamentares”.

“Hoje sai mais uma revista, o que é motivo de honra para esta Casa. Nós tínhamos que realizar este Grande Expediente pra fazer esse reconhecimento. A competência de vocês é muito grande”, enalteceu o presidente.

O consultor-geral da Alepe, Marcelo Cabral, comemorou a retomada da publicação, a qual disse ser um “importante veículo de disseminação do conhecimento sobre a Casa e de interação com a sociedade pernambucana”.

“A trajetória dessa revista tem sido marcada por um esforço incansável da nossa equipe, dedicada a oferecer conteúdo relevante e acessível a todas as pessoas. Hoje celebramos não apenas a publicação desta edição, mas também o trabalho árduo de todas as pessoas envolvidas neste projeto”, pontuou.

5ª edição

Editora do veículo, a servidora da Alepe Natália Câmara detalhou, na ocasião, os sete capítulos que integram o exemplar. Cada um deles conta com artigo produzido por servidores e consultores legislativos.

Dentre os temas, constaram tópicos como: primeira infância; nova Lei de Licitações; patrimônio cultural de Pernambuco; renegociações das dívidas dos estados; homeschooling (educação de crianças em casa, pelos pais ou responsáveis); fundos garantidores de crédito e requisitos constitucionais da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).

EDIÇÃO – Exemplares da 5ª edição da revista foram distribuídos gratuitamente

Ainda de acordo com ela, pela primeira vez, a convite da Alepe, houve contribuição de uma outra instituição. Nesse caso específico, a consultoria da Assembleia Legislativa do Maranhão, que elaborou artigo sobre CPIs.

“O lançamento da quinta edição encerra uma longa espera, desde 2019 — quando foi lançado o número anterior. Nesta revista trouxemos assuntos que dizem respeito ao nosso dia a dia. E muito nos orgulha fazer desses artigos um material que pode ser compreendido por todos”, reforçou Natália Câmara.

EQUIPE – Integrantes da Consultoria Legislativa, responsáveis pelo conteúdo da revista

Atividades recreativas e ações formativas marcam a abertura do Abril Azul na Alepe

UNIDOS PELA CAUSA – Um série de atividades vão acontecer na Alepe até a próxima sexta (12), em torno do Abril Azul. Fotos: Nando Chiappetta

Teve início, nesta quinta (11), o Abril Azul na Alepe, ação que tem o objetivo de envolver a população nas causas que incluem os distúrbios e condições do Transtorno do Espectro Autista (TEA), além de capacitar os servidores do Legislativo estadual para melhor receber as pessoas autistas e os familiares delas. O evento é uma parceria da Alepe com o Instituto do Autismo e vai até esta sexta (12).

A programação inclui debates e palestras com especialistas e um consultório de acolhimento para pessoas autistas, montado no hall da biblioteca da Alepe. O espaço conta com brinquedos e profissionais especializados para receber crianças e adolescentes que precisam de acolhimento e preparo para participar das atividades recreativas.

Para o primeiro-secretário da Assembleia, deputado Gustavo Gouveia (Solidariedade), o Abril Azul na Alepe é uma forma de demonstrar à população que é dever das instituições combater a discriminação e o preconceito que atingem pessoas com o Transtorno do Espectro Autista.

“Sabemos da luta que é incluir o autista na sociedade. A Alepe se coloca à disposição, promovendo capacitações de nossos servidores para melhor atender suas necessidades com mais respeito e dignidade. Juntos, vamos batalhar para garantir os direitos estabelecidos na lei brasileira de inclusão da pessoa com deficiência”, comprometeu-se.

“A Alepe está sintonizada e comprometida em poder fazer o melhor para atender a esse público e em breve teremos uma comissão permanente na Casa para defender não só os interesses das pessoas autistas, mas das pessoas com deficiência como um todo”, destacou o superintendente-geral da Assembleia, Isaltino Nascimento.

Inclusão

Cerca de 150 portadores de TEA atendidos pelo Instituto do Autismo participaram da ação. Crianças e familiares puderam aproveitar de diversas atividades, como o “Pódio da Inclusão”, com foco no estímulo terapêutico; e o “Palco da Inclusão”, para apresentação de artistas autistas, atividades lúdicas e aulas de psicomotricidade e dança. A programação ainda contou com espaço kids com brinquedos infláveis, brindes e participação de recreadores especializados no público atípico infantil.

LUDICIDADE – As atividades aconteceram em várias instalações do Poder Legislativo

O deputado João de Nadegi (PV), ex-presidente da Comissão Especial de Defesa dos Direitos das Pessoas com Transtorno do Espectro Autista, ressaltou a importância do momento na Alepe: “A Assembleia mostrou mais uma vez que precisamos estar inseridos nesse papel de conscientização. Como deputado atuante na área, parabenizo mais uma vez a ação e é gratificante ver todos aproveitando esse momento especial”, ressaltou.

Mãe de uma criança de quatro anos inserida no TEA, Elisabete Moraes soube da ação por meio de serviços de fonoaudiologia fornecidos pela Alepe. Ela destacou a felicidade em poder ter acesso a esse tipo de evento: “Acho uma medida como essa de extrema importância, sinto que traz uma inclusão e conforto para o meu filho, como portador de TEA, e para mim como mãe”.

Agnnes Silva, integrante do Instituto do Autismo, destacou o papel dos apoiadores na ação, reforçando a relevância do momento: “Trazer visibilidade para o público autista, para crianças atípicas, é muito importante. Disseminar esse acolhimento das crianças e suas famílias, de todos pertencentes à causa, é nosso principal objetivo”, salientou.

Palestra

No hall da biblioteca da Alepe, um momento de palestras foi ministrado por profissionais da área de estudo do TEA, com o intuito de conscientizar parentes e cuidadores de crianças portadoras dos espectros.

FORMAÇÃO – A análise do comportamento aplicada (ABA) foi o tema da palestra realizada no hall da biblioteca da Alepe

Tamire Ratis, psicóloga e analista do comportamento, comandou uma das discussões do dia. Pesquisadora na área de autismo e racismo, trouxe a pauta da importância da análise do comportamento aplicada (ABA) no autismo para o público. “Dentro da ABA, conseguimos desenvolver o processo da inclusão de pessoas que se caracterizam dentro do TEA. Quando adquirimos um conhecimento para além do que é o transtorno, e conhecemos as estratégias do ABA, promovemos esse acolhimento mais assertivo”, informou Tamires.

Capacitação

No auditório Ênio Guerra, o treinamento de capacitação para servidores da Alepe reuniu os colaboradores em um momento de aprendizado, com intuito de instruí-los a oferecer uma melhor recepção para pessoas que se enquadram no TEA, no ambiente da Casa de Joaquim Nabuco. A ação formativa foi ministrada por Carla Patrícia e Priscila Figueiredo, diretoras clínicas do Instituto do Autismo.

MELHORIA NO ATENDIMENTO – Servidores e colaboradores da Alepe receberam capacitação para atender melhor as pessoas que se encaixam dentro do TEA

“Lugar de autista é em todo lugar. Precisamos cada vez mais no papel desta Casa, que através de seus deputados, podem aprofundar as políticas públicas de assistência, para que possamos afirmar na prática esse pertencimento das pessoas dentro do TEA”, comentou a deputada Rosa Amorim (PT), que esteve presente no encontro.

Fortalecendo a fala de Rosa, a deputada Dani Portela (PSOL) agradeceu pelo momento de reunião, celebrando a temática do Abril Azul. Destacando o mês de conscientização, Dani reforçou a necessidade da efetivação do acolhimento, principalmente no âmbito educacional: “Nós como sociedade precisamos nos preparar para incluir de fato essas pessoas, como cidadãos plenos de direitos, desde o começo de suas vidas. Uma educação de fato inclusiva garante o transporte, entrada, acesso e permanência no ambiente de aprendizado”, enfatizou Dani.

Clube de Leitura da Alepe debate “Tudo é Rio”, escrito por Carla Madeira

 

BEST SELLER – Fenômeno nas redes sociais pelas suas frases poéticas, “Tudo é rio” é um dos livros mais célebres da autora Carla Madeira. Fotos: Rebeca Alves

A edição de março do Clube de Leitura da Alepe teve como escolhido o livro Tudo é Rio, da escritora mineira Carla Madeira. O encontro aconteceu na manhã desta quarta (27), na Biblioteca da Assembleia. Servidores e demais colaboradores da Casa Legislativa reuniram-se numa roda de impressões e perspectivas sobre a obra, compartilhando suas experiências de leitura.

A publicação foi lançada em 2017, mas foi com o seu relançamento, em 2021, que alcançou um grande público leitor. Marcando a estreia da autora, a obra entrega uma narrativa madura e precisa, porém desenvolvida de maneira poética e humana. Acompanhamos a trama que envolve o casal Dalva e Venâncio, que tem a vida transformada após uma perda trágica, escancarando as consequências do ciúme dentro de uma relação; e Lucy, a prostituta cobiçada da cidade, mergulha na dinâmica disfuncional do casal, formando um triângulo amoroso complexo e repleto de reviravoltas.

Escolhido diante da temática do Mês da Mulher, o livro levanta diversos questionamentos sobre as dinâmicas sociais presentes na modernidade. Sirlênia Araújo, gerente da Biblioteca da Alepe, destaca essas temáticas abordadas na obra, pontuando sua importância: “Tudo é rio, tudo passa. O livro nos faz refletir sobre quem somos, sobre as influências da nossa infância, e criação, nos nossos comportamentos atuais. Fala sobre a inveja, o ciúme e principalmente, o perdão”, disse a gerente.

Servidora da casa, Monique Melo participou pela primeira vez do encontro, que despertou sua curiosidade: “Sempre que pego um livro na biblioteca, ou quando compro algo novo, leio sozinha em casa. Não conseguia debater com ninguém, e aqui trocamos experiências, aflorando nossos pensamentos com os debates”, compartilhou.

Projeto

O Clube de Leitura da Alepe foi fundado em 2018 e, desde então, abre suas portas, todas as últimas quintas-feiras de cada mês, para os interessados em literatura. Colaboradores do Legislativo Estadual e o público em geral podem participar da atividade, que acontece na Biblioteca da Alepe, localizada na Rua da União, 397, no hall do Anexo I.

Ao final da conversa, o grupo sempre sorteia uma nova obra para ser lida e discutida no mês seguinte. Em comemoração ao Dia Nacional do Livro Infantil (18/4), os participantes escolheram um livro específico para ser debatido em abril: A Teia de Charlotte, publicação do escritor norte-americano E. B. White.

Para participar das próximas edições do Clube de Leitura, basta entrar em contato com a Biblioteca da Alepe pelo telefone: (81) 3183-2252.

Alepe promove oficina sobre captação de recursos em editais

FORMAÇÃO – Gratuita, a atividade foi oferecida pela Escola do Legislativo no Auditório Ênio Guerra. Foto: Nando Chiappeta

A Alepe ofereceu, nesta terça (26), uma oficina gratuita de captação de recursos em editais. Com facilitação do professor Frederico Machado (doutor em Letras e professor da Unifafire), a atividade, capitaneada pela Escola do Legislativo, teve como foco pessoas físicas e entidades interessadas em pleitear financiamento para projetos, por meio de recursos públicos ou privados.

“A ideia aqui é construir um projeto esqueleto e apresentar alguns editais atrativos voltados para a mulher, por conta do mês de março, e para demais interessados. Traremos algumas coisas específicas, mas o conteúdo geral pode ser aproveitado por qualquer pessoa, seja no âmbito público ou privado”, disse Machado.

Segundo o professor, a oficina teve um caráter mais prático. “Nossa ideia é oferecer aos participantes as principais etapas de diversos editais. Evidentemente que cada edital tem suas especificidades, mas nossa ideia é fazer um quadro geral para que a pessoa possa adaptar ao edital de seu interesse”, afirmou.

Pernambuco oferece grandes oportunidades em captação de recursos, principalmente em editais para seleção de projetos pelo Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura (Funcultura) e pela Lei Aldir Blanc. Outras áreas que atraem financiamento via editais são educação (com recortes étnico e de gênero), direitos humanos e, principalmente, inovação em tecnologia.

Alepe celebra culto ecumênico de Páscoa

FÉ E COMUNHÃO – O encontro ecumênico reuniu diversos segmentos religiosos para celebrar a Páscoa. Fotos: Amaro Lima

Diversos colaboradores da Alepe se reuniram em um momento de celebração e fraternidade para acompanhar, nesta terça (26), o culto ecumênico da Páscoa. Realizado no Auditório Sérgio Guerra, o evento trouxe representantes de diferentes segmentos religiosos: frei Damião Silva, padre da Igreja Católica Madre de Deus;  a missionária e pedagoga Juliana Beltrão, representante da Igreja Evangélica Comunidade das Nações; e Washington Pereira, presidente da Federação Espírita Pernambucana (FEP). A cerimônia contou ainda com a apresentação do Coral Vozes de Pernambuco, formado por servidores da Casa de Joaquim Nabuco.

Representante da Igreja Católica, o frei Damião Silva ressaltou o sentimento ligado à iniciativa da Alepe, relembrando as reflexões que acompanham a Páscoa. “Celebramos a redenção, o Cristo que, por amor, vem dar a sua vida. E aqui, na Casa de Joaquim Nabuco, experimentamos essa atmosfera de paixão e, acima de tudo, de ressurreição”, disse o religioso.

“Que nesse período, possamos refletir sobre as possibilidades que Deus nos confere por aqui estarmos, lembrando que a Páscoa acontece todo dia, é um processo de renovação e transformação. Sair de dentro de você mesmo e lembrar que nossa fé nos permite amar quem pensa diferente de cada um aqui, exercendo a bondade, simplicidade, humildade e o amor”, colocou o presidente da FEP e servidor da Alepe, Washington Pereira.

CONFRATERNIZAÇÃO – Servidores e colaboradores da Alepe se uniram para celebrar a Páscoa no Auditório Sérgio Guerra

A missionária Juliana Beltrão agradeceu pela oportunidade de se fazer presente no encontro e trouxe indagações sobre a relação de cada cidadão com a Páscoa, sob a perspectiva da fé cristã. “Temos deixado passar despercebido algumas coisas, devemos observar o quão precioso é o significado da Páscoa. A ressurreição não deve ficar apenas naquele dia, na cruz. Ela é diária nos nossos corações”, reforçou.

Superintendente da Alepe, Isaltino Nascimento celebrou o momento proporcionado pelo encontro, reforçando o significado da união entre as pessoas: “A Páscoa representa a celebração do que acreditamos, e, respeitando todas as formas de pensamento religioso, organizamos esse momento ecumênico para celebrar o sentimento de passagem e transformação”.

MOMENTO DE FÉ – O deputado João de Nadegi representou os membros do parlamento pernambucano no culto

“Agradeço ao superintendente Isaltino e ao presidente da Alepe, deputado Álvaro Porto (PSDB), por proporcionar um momento importante como esse. Também saúdo os representantes de cada religião aqui presentes, todos sempre bem-vindos. É muito bom vivenciar essa celebração da fé, ter essa pausa na rotina acelerada e poder passar a Semana Santa com um conforto espiritual”, destacou o deputado João de Nadegi (PV), que representou os demais parlamentares da Casa no evento.

Confira abaixo o culto na íntegra:

Penúltimo dia do Fórum Alepe Mulher discute o enfrentamento à violência

DIÁLOGO COM AS UNIVERSIDADES – Alunos da Unicap, Faculdade de Ciências Humanas Esuda e Unibra formaram a plateia do penúltimo dia do evento. Fotos: Roberta Guimarães

O penúltimo dia do 1º Fórum Alepe Mulher teve como foco, nesta quinta (14), o debate sobre o ‘Enfrentamento à violência’. Mediadas pelas deputadas Delegada Gleide Ângelo (PSB) e Dani Portela (PSOL), as palestras contaram com a presença de Andréa Rodrigues e Paula Limongi, representando o projeto ‘Banco Vermelho’; além de Cileide Silva, primeira mulher beneficiada com a Lei Maria da Penha, e Lucidalva Nascimento, primeira advogada do Brasil a requerer a lei.

A plateia foi formada por alunos da Unicap, Faculdade de Ciências Humanas Esuda e Unibra, essa última representada na mesa pela professora Taciana Brum. O encontro contou ainda com a apresentação artística da cantora Rafa Magalhães.

FACILITADORAS – As deputadas Gleide Ângelo e Dani Portela comandaram o debate desta quinta

Abrindo o debate, a deputada Gleide Ângelo salientou a importância do evento: “Se não trouxermos pessoas que entendam o problema da violência doméstica, não vamos conseguir resolvê-lo. A nossa luta é por uma sociedade justa e igualitária tanto para mulheres quanto para homens. E precisamos de pessoas que queiram solucionar essas barreiras, e não tenho dúvida de que quem está aqui, quer exatamente isso.”

PALESTRANTES – Andrea Rodrigues e Paula Limongi vieram à Alepe para falar da iniciativa do Banco Vermelho

A primeira palestra do dia foi realizada por Andrea Rodrigues e Paula Limongi, presidente e diretora-executiva do Instituto Banco Vermelho no Brasil, respectivamente. Andrea conheceu a iniciativa na Espanha, logo após o feminicídio da engenheira Patrícia Santos, amiga próxima da ativista. Inspirada pelo movimento, trouxe a ação para o Brasil e segue expandindo suas atividades: “Eles parecem ser um banco como qualquer outro, mas vão muito além. Eles cumprem a função de ser um lugar para sentar, mas mandam você levantar e agir. Temos que fazer barulho, é o nosso levantar que move o poder público.”

DEFENSORA DO DIREITO DAS MULHERES – Lucidalva Nascimento relatou sua experiência pioneira com a Lei Maria da Penha

Ativista do enfrentamento ao racismo e pós-graduada em direitos humanos, Lucidalva Nascimento foi a primeira advogada a requerer a aplicação da Lei Maria da Penha no Brasil, 40 dias após a norma ter sido sancionada, em 2006. “A Lei Maria da Penha salva vidas, previne a violência, protege as mulheres e pune os agressores. Precisamos fortalecer as políticas públicas de prevenção à violência contra as mulheres: nas escolas, na universidade, em todos os lugares”.

DIREITOS GARANTIDOS – Pernambucana, Cileide Silva foi a primeira mulher a ser amparada pela nova legislação da Lei Maria da Penha, em 2006

Primeira vítima a utilizar a Lei Maria da Penha no Brasil, Cileide Silva utilizou a tribuna para fazer um relato pessoal. “Sofri violência doméstica por 20 anos. O agressor tem um perfil: ele o afasta da família e dos amigos, que são as pessoas que podem acolhê-la, controla seu jeito de se vestir, diz que você não precisa arrumar emprego e você termina dependendo dele pra tudo. Ele me batia, e batia nos meus filhos, e eu achava que a culpa era minha. Com a ajuda da minha filha, procurei o Centro das Mulheres do Cabo, que me acolheu e me salvou. Precisamos mostrar aos nossos filhos o que é certo e o que errado para que eles não sejam consumidos por essa doença terrível que é o machismo”.

MOMENTO CULTURAL – A cantora Rafa Magalhães encerrou as atividades do dia com sua apresentação cultural

Realizado no auditório Sérgio Guerra, o fórum continua com extensa programação de palestras e apresentações artísticas até esta sexta (15). Veja aqui as atividades.

Poder Legislativo lança Formação Alepe Antirracista

No contexto de combate ao racismo e promoção da igualdade racial, a Assembleia Legislativa de Pernambuco realiza a Formação Alepe Antirracista, voltada para a Comunidade Alepe. O curso começa em 22 de março e segue até 23 de agosto, com encontros quinzenais, e as inscrições podem ser realizadas com a Elepe, através do ramal 2469, das 8h às 13h, ou pelo link bit.ly/inscricaoantirracista.

A iniciativa visa capacitar e sensibilizar funcionários da instituição sobre questões raciais. Serão abordados desde os fundamentos do antirracismo até a construção de práticas inclusivas no ambiente de trabalho. Confira os módulos:

Módulo 1: Fundamentos do letramento racial e do antirracismo
Módulo 2: Racismo estrutural e suas manifestações
Módulo 3: Desconstruindo o racismo e construindo uma identidade antirracista
Módulo 4: Construindo uma cultura organizacional antirracista e inclusiva
Módulo 5: Monitoramento e Avaliação

Kizomba Antirracista

O lançamento da Formação Alepe Antirracista acontecerá no Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial, 21 de março, quando será realizada uma Kizomba Antirracista. Kizomba significa festa ou encontro em Kimbundu, uma língua falada em Angola, simbolizando a união e a força coletiva na luta contra o racismo.

O evento contará com palestras, debates, apresentações musicais e o lançamento do Caderno da 1ª Jornada Antirracista. A Kizomba Antirracista acontece no Auditório Sérgio Guerra, a partir das 14h, e as inscrições podem ser realizadas neste link: www.even3.com.br/kizomba-antirracista.

Programação da Kizomba Antirracista

– Abertura com Nana Sodré e apresentação cultural da Banda Café Preto, às 14h;
– Palestra: “21 de março: reflexões sobre o caminho para a igualdade racial”, com a professora Valdenice José Raimundo (UNICAP);
– Palestra: “A contribuição da cultura afro-brasileira para a formação da identidade nacional”, com o professor Clébio Correia de Araújo (Universidade Estadual de Alagoas);
– Lançamento do Caderno da 1ª Jornada Antirracista, mesa presidida pelo professor Ari Cruz (UFPE);
– Discussão “Caderno Alepe Antirracista, reflexões e significados”, com o professor Edilson Souza (UFPE);
– Apresentação da Formação Alepe Antirracista por Rodrigo Marinho, coordenador pedagógico;
– Apresentação cultural de encerramento com Lepê Correia.

Alepe Antirracista

Tanto a Formação Alepe Antirracista quanto o evento de lançamento Kizomba Antirracista fazem parte da série de ações Alepe Antirracista, projeto iniciado em novembro de 2023 na Assembleia Legislativa de Pernambuco, que tem como objetivo de sensibilizar e capacitar as pessoas que trabalham na casa legislativa sobre a importância de enfrentar o racismo e valorizar a diversidade étnica.

Serviço

Formação Alepe Antirracista
Inscrições: Elepe (ramal 2469), 8h às 13h, ou pelo link bit.ly/inscricaoantirracista
Quando? 22 de março a 23 agosto de 2024, com encontros quinzenais

Kizomba Antirracista
Quando? 21 de março, às 14h
Onde? Alepe | Auditório Sérgio Guerra
Inscrições: www.even3.com.br/kizomba-antirracista

Saúde mental em debate no Fórum Alepe Mulher

AUDITÓRIO CHEIO – No seu terceiro dia, o evento contou com a participação de alunos e professores da Unifafire e FPS. Fotos: Rebeca Alves

Dando sequência às atividades da semana, o 1º Fórum Alepe Mulher trouxe, nesta quarta (13), palestras que destacaram o tema ‘Saúde mental da mulher’. O debate foi mediado pela deputada Simone Santana (PSB) e teve como palestrantes a médica psiquiatra Kátia Petribu, a professora da Unifafire Ana Cristina Fonseca, e a criadora de conteúdo organizacional Gisely Melo. A plateia foi formada por alunos da Unifafire e da Faculdade Pernambucana de Saúde (FPS), representada na mesa pela coordenadora do curso de Educação Física da instituição, Cristianne Tomasi.

SAÚDE NA PAUTA – A deputada Simone Santana mediou as palestras do evento

A primeira palestra do dia foi da docente Ana Cristina Fonseca, que abordou dois dos principais temas relacionados à saúde mental: a síndrome do Burnout e o gaslighting – tipo de manipulação psicológica na qual o abusador distorce a realidade no intuito de fazer com que a vítima duvide da própria sanidade mental. Segundo a professora, existem três principais pontos causadores e influenciadores desses fenômenos: a sobrecarga, a insegurança financeira e o esgotamento.

TEMAS QUE MERECEM ATENÇÃO – Ana Cristina destacou a síndrome do Burnout e o gaslighting são uns dos principais problemas relacionados à saúde mental da mulher

Ela ainda apontou as consequências da chamada economia do cuidado como um fator estressante das desigualdades vivenciadas pela mulher: “Existe a exigência social de que a mulher, exclusivamente, cuide das crianças e dos idosos da sua família. Cria-se uma sobrecarga, um acúmulo de tarefas, e as mulheres se encontram na posição de vencer mais etapas do que os homens”.

De acordo com a psiquiatra Kátia Petribu, que também é mestre em Neuropsiquiatria e Ciências do Comportamento (UFPE), a cobrança social e as alterações hormonais fazem com que a mulher fique mais suscetível a alterações de humor, ansiedade e à depressão.

“As mulheres podem ter vários tipos de depressão, alguns, inclusive, exclusivos delas, como a depressão pós-parto. Os principais sintomas da doença são o humor deprimido, a perda de interesse ou de prazer pela maioria das coisas, a redução da capacidade de concentração, os sentimentos de culpa ou inutilidade e os pensamentos recorrentes de morte. Quando esses sintomas se apresentam de forma frequente, por no mínimo 15 dias seguidos, identifica-se um quadro de depressão”, disse Petribu.

DE OLHO – Psiquiatra, Kátria Petribu ressaltou que as mulheres devem ficar atentas aos sintomas e aos sinais que os corpos dão

A médica ainda reforçou a importância de hábitos que contribuam para a manutenção da saúde mental, como a realização de exames médicos, o acompanhamento psicológico, a prática de exercícios físicos e o relacionamento com as pessoas.

Criadora de conteúdo voltado à organização, com foco na saúde mental, e autora do livro Procrastina não e do manual Corpo, Mente e Espírito, Gisely Melo relatou experiências de recomeço emocional. “Na pandemia da Covid-19, enfrentei um processo de divórcio e passei a morar só. Entrei na terapia e comecei a organizar uma agenda semanal de atividades, assim como um diário, onde anotava diariamente o que julgava importante ser levado para a terapia. Foi uma evolução lenta, porém consistente”.

DICAS DE ORGANIZAÇÃO – A palestrante Gisely Melo falou da importância de se manter atividades bem definidas para uma rotina mais saudável

Gisely listou algumas das ações que adotou para combater sentimentos de ansiedade. “Passei a reduzir o uso do celular e das redes sociais, a aprender a viver bem sozinha, a praticar exercícios físicos e a me desobrigar de ter que tomar tantas decisões.”

O terceiro dia do Fórum Alepe Mulher ainda contou com a participação da professora Adriana Albuquerque do Ó, que apresentou técnicas de respiração contra a ansiedade, e do grupo de teatro Cenede, da Unifafire, que fez uma esquete sobre o gaslighting.

PERFOMANCE – Apresentação do grupo de teatro da Unifafire no Auditório Sérgio Guerra

Realizado no auditório Sérgio Guerra, o fórum continua com extensa programação de palestras e apresentações artísticas até a próxima sexta (14). Acesse aqui para conferir todas as informações e fazer sua inscrição.

Abertura de fórum destaca importância da mulher na política

PRIMEIRO DIA – A deputada Socorro Pimentel representou a Mesa Diretora da Alepe no evento. Fotos: Nando Chiappetta

A Assembleia Legislativa de Pernambuco deu início, nesta segunda (11), à série de palestras e debates do 1º Fórum Alepe Mulher, mais uma ação inserida na programação de atividades organizadas pela Casa para marcar a passagem do Dia Internacional da Mulher, comemorado mundialmente em 8 de março. As palestras têm como temáticas as vivências, lutas e os direitos das mulheres.

O primeiro dia do fórum, que teve como destaque o tema ‘Mulheres na Política’, foi aberto pela deputada Socorro Pimentel (União), representando a Mesa Diretora da Alepe. A parlamentar falou da importância de debater o tema dentro do âmbito do Legislativo. “É muito importante partilhar informações pertinentes, assuntos que fazem parte do nosso dia a dia, como a desigualdade de gênero, a questão salarial e tudo mais que permeia a realidade da mulher”, afirmou.

HOMENAGEM – As participantes foram agraciadas com uma placa comemorativa do 1º Fórum Mulher Alepe

Prefeita de Canhotinho e esposa do presidente da Alepe, deputado Álvaro Porto (PSDB), Sandra Paes parabenizou a ação do Poder Legislativo. “Ainda somos minoria na política e estamos sempre lutando para que nossos direitos e espaços sejam respeitados. Então, ações como essa são sempre muito bem-vindas. Parabéns à Alepe por essa iniciativa”.

Representando o Poder Executivo do Estado, a secretária executiva da mulher, Juliana Gouveia, relatou algumas das ações programadas pelo Governo para o mês de março. “Estamos com uma vasta programação, como cursos, seminários e ações em parceira com as Polícias Civil e Militar para fortalecer o enfrentamento à violência contra as mulheres”, disse a gestora.

Deputadas na tribuna

ORDEM DO DIA – Dani Portela destacou a necessidade de debater a desigualdade de gênero na política

Também presente ao encontro, a deputada Dani Portela (PSOL) delineou a presença da mulher no campo político: “Temos que abandonar o que se pensa como papéis delimitados para a mulher e o homem. Infelizmente, a política não foi pensada para ser ocupada por nós, as mulheres incomodam. A luta é árdua, mas iniciativas como este fórum de debate são muito importantes no processo de combate à desigualdade de gênero na política”, ressaltou a parlamentar.

TODAS JUNTAS – Simone Santana destacou a união das deputadas para avançar e vencer as adversidades

A deputada Simone Santana (PSB) realçou a relevância da união das parlamentares diante das adversidades encontradas no meio político: “Somos de diferentes partidos e segmentos, mas nos unimos como mulheres, acima de tudo. Queremos direitos iguais, e não é fácil. O combate à cultura desses preconceitos é constante e diário”.

LUTA – Débora Almeida lembrou que a violência política ainda afasta muitas mulheres dos espaços de poder

A parlamentar Débora Almeida (PSDB) descreveu suas experiências como deputada e mulher, denunciando a realidade não só dela, mas de muitas outras dentro deste cenário: “A gente precisa falar sobre o que é a violência política. Envolve a pressão psicológica, a descrença de suas capacidades, a ridicularização de suas palavras. Devemos dar nome à essa violência, é importante nos posicionarmos”, destacou.

Debate

A primeira palestra do dia foi conduzida pela assistente social, psicanalista e integrante da Rede de Mulheres Negras, Itanacy Oliveira. Ela ressaltou que a mulher tem o direito de estar no lugar que ela quiser, inclusive nos espaços de poder.

REPRESENTATIVIDADE – A primeira palestrante do dia destacou a atuação de entidades da sociedade civil para ampliar a presença de mulheres negras na política

Itanacy relatou o trabalho de organizações da sociedade civil em defesa de uma maior participação das mulheres negras no cenário político. “A pauta da mulher negra é a que mais garante o avanço de direitos sociais: direito à vida, direitos das crianças, dos idosos e também projetos voltados à segurança. Precisamos dar visibilidade às mulheres negras periféricas e esse é o trabalho que é feito pela Rede de Mulheres Negras e pelo projeto ‘Eu Voto em Negra’. Fazemos um trabalho de preparação desse público para o ingresso no processo eleitoral, também oferecendo conhecimento sobre a identidade racial e sobre técnicas de fala. A visibilidade delas dentro dos partidos eleitorais, porém, ainda é um grande desafio”, disse a palestrante.

Segunda conferencista do dia, a cientista política Priscila Lapa apresentou exemplos de países onde há uma maior participação feminina na política e os resultados positivos dessa realidade. “A Islândia é o país com o menor índice de desigualdade na política de acordo com a questão de gênero. Lá, eles investiram em quatro pilares: grande representação política, uma vez que as islandesas ocupam 47,6% dos assentos políticos; lei de igualdade salarial; licença maternidade e paternidade igualitária; e forte subsídio a creches. O país destina 1,7% do seu PIB à educação infantil. Isso significa que as famílias islandesas destinam apenas 5% de sua renda para essa fase da vida dos filhos, enquanto que países como os EUA, por exemplo, investem 19%.”

ENTREGA DE RESULTADOS – Priscila Lapa falou dos ganhos que a política ganha com a atuação das mulheres

A cientista política ainda destacou dados do Instituto Alziras – ONG criada para apoiar as executivas municipais -, informando que as cidades comandadas por mulheres desenvolvem melhores políticas sociais como a construção de mais creches, escolas e postos de saúde. “Os processos de organização, como o da Rede de Mulheres Negras, são muito importantes para o avanço dessas pautas em defesa da mulher”, concluiu Priscila Lapa.

Cultura e arte

APRESENTAÇÃO CULTURAL – O Afoxé Oyá Alaxé fez uma participação especial no primeiro dia do Fórum Alepe Mulher

O dia de abertura do 1º Fórum Alepe Mulher ainda contou com a apresentação do Coral Vozes de Pernambuco, formado por colaboradores do Legislativo estadual, e do Afoxé Oyá Alaxé, grupo de representação da cultura afro-brasileira, fundamentado nos princípios do candomblé nagô, fundado há 20 anos e integrado por mulheres.

Serviço

Ao longo da semana, o fórum terá continuidade com novas palestras e apresentações artísticas. Confira a programação completa e inscreva-se gratuitamente aqui.

Oficina de Fotografia é oferecida aos servidores da Alepe

AÇÃO FORMATIVA – A oficina é gratuita e, além dos servidores da Alepe, aberta ao público externo. Foto: Bruno Souza

A Assembleia Legislativa deu início, nesta quarta (21), à primeira edição da Oficina de Fotografia com Smartphone. Facilitada por Roberto Soares, fotógrafo que integra a equipe da Superintendência de Comunicação da Alepe (SCOM), a atividade tem como objetivo capacitar os participantes a utilizarem a câmera do celular para produção fotográfica. A ação é uma iniciativa capitaneada pela Escola do Legislativo de Pernambuco (Elepe) e conta com 80 inscritos.

Com 12 horas-aula, o curso prevê abordagem dos princípios básicos do manuseio da câmera e os conceitos fundamentais para produção de imagens no celular, como captura, composição, enquadramento, luz, sombra, edição e compartilhamento. A intenção é sensibilizar e desenvolver o olhar fotográfico.

“O propósito da oficina é oferecer às pessoas uma ideia mais globalizada do que é fotografia. A partir do uso de um smartphone, utilizar a câmera do celular como instrumento de produção de informação e conhecimento”, disse Roberto Soares, responsável pela ação formativa.

Superintendente-geral da Alepe, Isaltino Nascimento destacou a importância da atividade para toda a Comunidade Alepe. “À medida que dominamos essas ferramentas tecnológicas, podemos nos comunicar mais e melhor. Parabéns à Elepe por essa iniciativa e, de antemão, convidamos todos vocês para as demais atividades que serão desenvolvidas em 2024”, afirmou o gestor.

“Como trabalho com rede social e gerenciamento de imagem, é sempre bom manter-me atualizado com tudo o que está em voga na comunicação atualmente. O intuito é sempre melhorar e aperfeiçoar o nosso trabalho no dia a dia”, declarou o jornalista Paulo Victor Moura, assessor de imprensa do deputado federal André Ferreira (PL-PE).

Realizadas no Auditório Ênio Guerra (4º andar, Anexo I), as aulas seguem até o dia 28 de fevereiro, sempre das 14h às 17h. Para mais informações, acesse o perfil da Elepe no Instagram: @escoladolegislativope.