Alepe sedia bazar em apoio às pessoas autistas

PROJETO BAZAR AZUL – A ação ocupou as instalações do hall da Biblioteca da Alepe. Foto: Roberta Guimarães

A Alepe sediou, nesta segunda (29), uma feirinha de produtos do projeto Bazar Azul, que é coordenado pelo Comitê de Políticas Públicas do Grupo Mulheres do Brasil e tem o objetivo de gerar renda para instituições que atuam no atendimento das pessoas autistas. A ação, que aconteceu no hall da Biblioteca da Alepe, ainda foi marcada pela assinatura de uma carta de intenções, na qual parlamentares que fizeram parte da Comissão Especial em Defesa das Pessoas com Autismo se comprometeram a defender políticas de assistência a esse público.

Com a iniciativa, o comitê também pretende dar visibilidade à pauta, trazendo debates sobre preconceito e capacitismo e discutindo ações efetivas em prol das pessoas autistas. “Nosso grupo também auxilia diversas outras instituições que acolhem famílias com outras síndromes raras”, reforçou Marília Batista, líder do Comitê de Políticas Públicas do Grupo Mulheres do Brasil – Núcleo Recife.

As instituições beneficiadas pelo projeto Bazar Azul realizado na Alepe serão as seguintes: Associação Amparo (Glória do Goitá), Instituto Coração Azul (Feira Nova), AAPPAFE (Amaraji) e Mães de Pais Atípicos (Olinda).

Atividades recreativas e ações formativas marcam a abertura do Abril Azul na Alepe

UNIDOS PELA CAUSA – Um série de atividades vão acontecer na Alepe até a próxima sexta (12), em torno do Abril Azul. Fotos: Nando Chiappetta

Teve início, nesta quinta (11), o Abril Azul na Alepe, ação que tem o objetivo de envolver a população nas causas que incluem os distúrbios e condições do Transtorno do Espectro Autista (TEA), além de capacitar os servidores do Legislativo estadual para melhor receber as pessoas autistas e os familiares delas. O evento é uma parceria da Alepe com o Instituto do Autismo e vai até esta sexta (12).

A programação inclui debates e palestras com especialistas e um consultório de acolhimento para pessoas autistas, montado no hall da biblioteca da Alepe. O espaço conta com brinquedos e profissionais especializados para receber crianças e adolescentes que precisam de acolhimento e preparo para participar das atividades recreativas.

Para o primeiro-secretário da Assembleia, deputado Gustavo Gouveia (Solidariedade), o Abril Azul na Alepe é uma forma de demonstrar à população que é dever das instituições combater a discriminação e o preconceito que atingem pessoas com o Transtorno do Espectro Autista.

“Sabemos da luta que é incluir o autista na sociedade. A Alepe se coloca à disposição, promovendo capacitações de nossos servidores para melhor atender suas necessidades com mais respeito e dignidade. Juntos, vamos batalhar para garantir os direitos estabelecidos na lei brasileira de inclusão da pessoa com deficiência”, comprometeu-se.

“A Alepe está sintonizada e comprometida em poder fazer o melhor para atender a esse público e em breve teremos uma comissão permanente na Casa para defender não só os interesses das pessoas autistas, mas das pessoas com deficiência como um todo”, destacou o superintendente-geral da Assembleia, Isaltino Nascimento.

Inclusão

Cerca de 150 portadores de TEA atendidos pelo Instituto do Autismo participaram da ação. Crianças e familiares puderam aproveitar de diversas atividades, como o “Pódio da Inclusão”, com foco no estímulo terapêutico; e o “Palco da Inclusão”, para apresentação de artistas autistas, atividades lúdicas e aulas de psicomotricidade e dança. A programação ainda contou com espaço kids com brinquedos infláveis, brindes e participação de recreadores especializados no público atípico infantil.

LUDICIDADE – As atividades aconteceram em várias instalações do Poder Legislativo

O deputado João de Nadegi (PV), ex-presidente da Comissão Especial de Defesa dos Direitos das Pessoas com Transtorno do Espectro Autista, ressaltou a importância do momento na Alepe: “A Assembleia mostrou mais uma vez que precisamos estar inseridos nesse papel de conscientização. Como deputado atuante na área, parabenizo mais uma vez a ação e é gratificante ver todos aproveitando esse momento especial”, ressaltou.

Mãe de uma criança de quatro anos inserida no TEA, Elisabete Moraes soube da ação por meio de serviços de fonoaudiologia fornecidos pela Alepe. Ela destacou a felicidade em poder ter acesso a esse tipo de evento: “Acho uma medida como essa de extrema importância, sinto que traz uma inclusão e conforto para o meu filho, como portador de TEA, e para mim como mãe”.

Agnnes Silva, integrante do Instituto do Autismo, destacou o papel dos apoiadores na ação, reforçando a relevância do momento: “Trazer visibilidade para o público autista, para crianças atípicas, é muito importante. Disseminar esse acolhimento das crianças e suas famílias, de todos pertencentes à causa, é nosso principal objetivo”, salientou.

Palestra

No hall da biblioteca da Alepe, um momento de palestras foi ministrado por profissionais da área de estudo do TEA, com o intuito de conscientizar parentes e cuidadores de crianças portadoras dos espectros.

FORMAÇÃO – A análise do comportamento aplicada (ABA) foi o tema da palestra realizada no hall da biblioteca da Alepe

Tamire Ratis, psicóloga e analista do comportamento, comandou uma das discussões do dia. Pesquisadora na área de autismo e racismo, trouxe a pauta da importância da análise do comportamento aplicada (ABA) no autismo para o público. “Dentro da ABA, conseguimos desenvolver o processo da inclusão de pessoas que se caracterizam dentro do TEA. Quando adquirimos um conhecimento para além do que é o transtorno, e conhecemos as estratégias do ABA, promovemos esse acolhimento mais assertivo”, informou Tamires.

Capacitação

No auditório Ênio Guerra, o treinamento de capacitação para servidores da Alepe reuniu os colaboradores em um momento de aprendizado, com intuito de instruí-los a oferecer uma melhor recepção para pessoas que se enquadram no TEA, no ambiente da Casa de Joaquim Nabuco. A ação formativa foi ministrada por Carla Patrícia e Priscila Figueiredo, diretoras clínicas do Instituto do Autismo.

MELHORIA NO ATENDIMENTO – Servidores e colaboradores da Alepe receberam capacitação para atender melhor as pessoas que se encaixam dentro do TEA

“Lugar de autista é em todo lugar. Precisamos cada vez mais no papel desta Casa, que através de seus deputados, podem aprofundar as políticas públicas de assistência, para que possamos afirmar na prática esse pertencimento das pessoas dentro do TEA”, comentou a deputada Rosa Amorim (PT), que esteve presente no encontro.

Fortalecendo a fala de Rosa, a deputada Dani Portela (PSOL) agradeceu pelo momento de reunião, celebrando a temática do Abril Azul. Destacando o mês de conscientização, Dani reforçou a necessidade da efetivação do acolhimento, principalmente no âmbito educacional: “Nós como sociedade precisamos nos preparar para incluir de fato essas pessoas, como cidadãos plenos de direitos, desde o começo de suas vidas. Uma educação de fato inclusiva garante o transporte, entrada, acesso e permanência no ambiente de aprendizado”, enfatizou Dani.

Biblioteca da Alepe celebra Dia Internacional do Livro Infantil e promove conscientização sobre Autismo

ALEPINHA LITERÁRIA – Crianças receberam exemplares dos livros Quem Mora no Palácio Azul?, lançado em 2023 pelo selo Alepinha Literária. Foto: Jarbas Araújo

A Assembleia Legislativa realizou uma atividade especial, nesta quinta (4), pela passagem do Dia Internacional do Livro Infantil e do Dia Mundial de Conscientização do Autismo, ambos comemorados em 2 de abril. Organizada pela Biblioteca da Alepe, a ação aconteceu na Creche Escola Municipal Ana Rosa Falcão de Carvalho, no bairro de Santo Amaro. A unidade educacional recebeu exemplares do livro Quem Mora no Palácio Azul?, primeira obra do selo Alepinha Literária, e da cartilha Transtorno do Espectro do Autismo, lançada pela Alepe em 2015.

Sirlênia Araújo, gerente da Biblioteca da Alepe, destacou o diferencial desta edição do encontro, alcançando também um público externo: “Pensamos em trazer essa iniciativa para a creche devido a importância da conscientização sobre assuntos, como o espectro autista, desde muito cedo na rotina das crianças. E mesclar essa atividade com a leitura é um prazer, estamos muito felizes com o resultado”, afirmou.

INCLUSÃO – Gerente da Biblioteca, Sirlênia Araújo também fez a entrega da cartilha Transtorno do Espectro do Autismo, também publicada pela Alepe. Foto: Jarbas Araújo

Recheado de atividades lúdicas, o evento acolheu alunos de 4 a 5 anos, abordando com sensibilidade o tema escolhido. A obra Meu dia de sorte, de Keiko Kasza, foi interpretada por um teatro de fantoches. Também houve a exibição do curta Olá, eu sou João – Um Mundo só Meu – Autismo. A atividade ainda contou com a presença da personagem Narizinho, boneca de pano conhecida pela obra de Monteiro Lobato, Sítio do Pica-pau Amarelo, entretendo os alunos no momento de entrega de pirulitos e pulseiras alusivas ao símbolo do autismo, estampadas com o quebra-cabeça colorido.

Coordenadora da Escola Ana Rosa Falcão de Carvalho, Flávia Coutinho ressaltou a importância de ações como essa nas instituições de ensino. “Tudo que vier para somar, que chegue como conhecimento para as crianças, recebemos de braços abertos. Trabalhamos esses temas durante todo o ano, eles participam de tudo que está ao seu alcance”, concluiu.

Superintendência de Saúde realiza atividade dedicada ao Mês de Conscientização do Autismo

INCLUSÃO – Crianças participaram de atividades lúdico-terapêuticas. Foto: SSMO

A Superintendência de Saúde e Medicina Ocupacional (SSMO) da Assembleia Legislativa de Pernambuco promoveu, nesta quarta (12), a Páscoa Azul, atividade que marcou a passagem do Dia Mundial da Conscientização do Autismo (2 de abril). O serviço de fonoaudiologia da Alepe ofereceu atendimento coletivo a crianças que estão dentro e fora do espectro autista com atividades lúdico-terapêuticas inclusivas.  

O atendimento ocorreu no serviço ambulatorial da Alepe, no bairro da Boa Vista, e foi coordenado pela fonoaudióloga Eneida Virgínia e pela psicóloga Rita Brito. Participaram mais de dez crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), hiperatividade e transtorno do déficit de atenção. 

Foram oferecidas práticas para o desenvolvimento da psicomotricidade e habilidades relacionais, exercícios de audiologia para trabalhar a sensibilidade sonora por meio da utilização de mini-kit de instrumentos musicais e estímulo à expressão artística com pintura e colagem. O material produzido pela garotada ficou exposto em um mural suspenso. Houve ainda distribuição de brindes e um lanche coletivo.

De acordo com Eneida Virgínia, a experiência foi rica e inovadora. “Vivenciar a inclusão é transpor as barreiras da acessibilidade. Atividades inclusivas como esta favorecem a convivência com a diversidade”, afirmou a fonoaudióloga.