Inclusão no mercado de trabalho para PCDs é tema de workshop

TRABALHO – Evento buscou fomentar a inclusão de PCDs no mercado. Foto: Manu Vitória

A Alepe promoveu o “Workshop Empregabilidade e Empreendedorismo: transformando desafios em oportunidades”, nesta terça (8), no auditório Sérgio Guerra. A ação foi direcionada para alunos com deficiência do Centro de Educação de Jovens e Adultos (CEJA) Valdemar de Oliveira, localizado no centro do Recife. 

Segundo pesquisa de janeiro deste ano do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o Brasil tem 545 mil pessoas com deficiência em postos de trabalho. A reserva de vagas em grandes empresas é garantida há 33 anos, quando entrou em vigor da Lei Federal nº 8.213/1991, conhecida como Lei de Cotas para Pessoas com Deficiência (PCDs) 

Para conseguir se integrarem nesse mercado, os alunos CEJA Valdemar de Oliveira tiveram a oportunidade de participar de palestras com profissionais do Porto Digital, do Instituto Euvaldo Lodi (IEL) e da Escola do Legislativo Pernambucano (Elepe). 

A psicóloga do Porto Digital, Luana Alves, apresentou o trabalho realizado por um dos maiores parques tecnológicos do Brasil e suas interfaces direcionadas para pessoas com deficiência. O evento também teve a palestra “Estágio e Inclusão: garantias legais e oportunidade para pessoas com deficiência” com a especialista em psicologia organizacional e do trabalho, Ketilly Gomes, do IEL. 

Por fim, o painel “Autonomia para sonhar e realizar: empoderamento no trabalho e na vida”, foi proferido pela especialista em gestão de pessoas e psicologia organizacional, Joselma Gomes,  que é consultora da Elepe. 

Depoimentos

A estudante do terceiro ano do Ensino Médio, Maria Eduarda Araújo, ressaltou a importância de ações como esta e da constante motivação para conquistar mais acessibilidade para pessoas surdas. 

“Eu sou surda e acredito na questão da luta da educação bilíngue para surdos e de todas as pessoas com deficiência. A questão da inclusão de surdos e ouvintes é muito complicada, por conta da ausência da acessibilidade”, relatou a estudante. “Quero participar, quero discutir, quero falar sobre política também”, salientou, falando em Libras.

Já a aluna Júlia Santos, do segundo ano do ensino médio, sonha em cursar futuramente pedagogia ou Letras-Libras, e elogiou a importância da ação inclusiva da Alepe. “Eu acho a inclusão, o fato de estarmos todos aqui todos juntos, muito importante, principalmente para a comunidade surda”, comentou.

O superintendente geral da Alepe, Isaltino Nascimento, ressaltou o compromisso da Casa de Joaquim Nabuco em realizar o exercício de cidadania junto à sociedade. 

“Diante de um mercado de trabalho desafiador, esse workshop procura orientar como construir o currículo, como estabelecer uma intervenção de emprego, como se comportar com as demandas que estão postas. Os jovens e adolescentes estão no dia-a-dia estudando, mas certamente estarão também na busca do mercado de trabalho”, disse Isaltino Nascimento. 

Também estiveram presentes: a professora Valéria Barbosa, que representou o professor Roberto Carlos Silva dos Santos, diretor do CEJA; a chefe do Departamento de Projetos Sociais Institucionais da Alepe, Cristiane Alves; e Norma Sueli Pereira, da gerência de Projetos Sociais Institucionais. 

PÚBLICO – Evento foi realizado para alunos do CEJA Valdemar de Oliveira. Foto: Manu Vitória

 

Superintendência de Saúde realiza atividade dedicada ao Mês de Conscientização do Autismo

INCLUSÃO – Crianças participaram de atividades lúdico-terapêuticas. Foto: SSMO

A Superintendência de Saúde e Medicina Ocupacional (SSMO) da Assembleia Legislativa de Pernambuco promoveu, nesta quarta (12), a Páscoa Azul, atividade que marcou a passagem do Dia Mundial da Conscientização do Autismo (2 de abril). O serviço de fonoaudiologia da Alepe ofereceu atendimento coletivo a crianças que estão dentro e fora do espectro autista com atividades lúdico-terapêuticas inclusivas.  

O atendimento ocorreu no serviço ambulatorial da Alepe, no bairro da Boa Vista, e foi coordenado pela fonoaudióloga Eneida Virgínia e pela psicóloga Rita Brito. Participaram mais de dez crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), hiperatividade e transtorno do déficit de atenção. 

Foram oferecidas práticas para o desenvolvimento da psicomotricidade e habilidades relacionais, exercícios de audiologia para trabalhar a sensibilidade sonora por meio da utilização de mini-kit de instrumentos musicais e estímulo à expressão artística com pintura e colagem. O material produzido pela garotada ficou exposto em um mural suspenso. Houve ainda distribuição de brindes e um lanche coletivo.

De acordo com Eneida Virgínia, a experiência foi rica e inovadora. “Vivenciar a inclusão é transpor as barreiras da acessibilidade. Atividades inclusivas como esta favorecem a convivência com a diversidade”, afirmou a fonoaudióloga.