Biblioteca da Alepe celebra Dia Internacional do Livro Infantil e promove conscientização sobre Autismo

ALEPINHA LITERÁRIA – Crianças receberam exemplares dos livros Quem Mora no Palácio Azul?, lançado em 2023 pelo selo Alepinha Literária. Foto: Jarbas Araújo

A Assembleia Legislativa realizou uma atividade especial, nesta quinta (4), pela passagem do Dia Internacional do Livro Infantil e do Dia Mundial de Conscientização do Autismo, ambos comemorados em 2 de abril. Organizada pela Biblioteca da Alepe, a ação aconteceu na Creche Escola Municipal Ana Rosa Falcão de Carvalho, no bairro de Santo Amaro. A unidade educacional recebeu exemplares do livro Quem Mora no Palácio Azul?, primeira obra do selo Alepinha Literária, e da cartilha Transtorno do Espectro do Autismo, lançada pela Alepe em 2015.

Sirlênia Araújo, gerente da Biblioteca da Alepe, destacou o diferencial desta edição do encontro, alcançando também um público externo: “Pensamos em trazer essa iniciativa para a creche devido a importância da conscientização sobre assuntos, como o espectro autista, desde muito cedo na rotina das crianças. E mesclar essa atividade com a leitura é um prazer, estamos muito felizes com o resultado”, afirmou.

INCLUSÃO – Gerente da Biblioteca, Sirlênia Araújo também fez a entrega da cartilha Transtorno do Espectro do Autismo, também publicada pela Alepe. Foto: Jarbas Araújo

Recheado de atividades lúdicas, o evento acolheu alunos de 4 a 5 anos, abordando com sensibilidade o tema escolhido. A obra Meu dia de sorte, de Keiko Kasza, foi interpretada por um teatro de fantoches. Também houve a exibição do curta Olá, eu sou João – Um Mundo só Meu – Autismo. A atividade ainda contou com a presença da personagem Narizinho, boneca de pano conhecida pela obra de Monteiro Lobato, Sítio do Pica-pau Amarelo, entretendo os alunos no momento de entrega de pirulitos e pulseiras alusivas ao símbolo do autismo, estampadas com o quebra-cabeça colorido.

Coordenadora da Escola Ana Rosa Falcão de Carvalho, Flávia Coutinho ressaltou a importância de ações como essa nas instituições de ensino. “Tudo que vier para somar, que chegue como conhecimento para as crianças, recebemos de braços abertos. Trabalhamos esses temas durante todo o ano, eles participam de tudo que está ao seu alcance”, concluiu.

Clube de Leitura da Alepe debate “Tudo é Rio”, escrito por Carla Madeira

 

BEST SELLER – Fenômeno nas redes sociais pelas suas frases poéticas, “Tudo é rio” é um dos livros mais célebres da autora Carla Madeira. Fotos: Rebeca Alves

A edição de março do Clube de Leitura da Alepe teve como escolhido o livro Tudo é Rio, da escritora mineira Carla Madeira. O encontro aconteceu na manhã desta quarta (27), na Biblioteca da Assembleia. Servidores e demais colaboradores da Casa Legislativa reuniram-se numa roda de impressões e perspectivas sobre a obra, compartilhando suas experiências de leitura.

A publicação foi lançada em 2017, mas foi com o seu relançamento, em 2021, que alcançou um grande público leitor. Marcando a estreia da autora, a obra entrega uma narrativa madura e precisa, porém desenvolvida de maneira poética e humana. Acompanhamos a trama que envolve o casal Dalva e Venâncio, que tem a vida transformada após uma perda trágica, escancarando as consequências do ciúme dentro de uma relação; e Lucy, a prostituta cobiçada da cidade, mergulha na dinâmica disfuncional do casal, formando um triângulo amoroso complexo e repleto de reviravoltas.

Escolhido diante da temática do Mês da Mulher, o livro levanta diversos questionamentos sobre as dinâmicas sociais presentes na modernidade. Sirlênia Araújo, gerente da Biblioteca da Alepe, destaca essas temáticas abordadas na obra, pontuando sua importância: “Tudo é rio, tudo passa. O livro nos faz refletir sobre quem somos, sobre as influências da nossa infância, e criação, nos nossos comportamentos atuais. Fala sobre a inveja, o ciúme e principalmente, o perdão”, disse a gerente.

Servidora da casa, Monique Melo participou pela primeira vez do encontro, que despertou sua curiosidade: “Sempre que pego um livro na biblioteca, ou quando compro algo novo, leio sozinha em casa. Não conseguia debater com ninguém, e aqui trocamos experiências, aflorando nossos pensamentos com os debates”, compartilhou.

Projeto

O Clube de Leitura da Alepe foi fundado em 2018 e, desde então, abre suas portas, todas as últimas quintas-feiras de cada mês, para os interessados em literatura. Colaboradores do Legislativo Estadual e o público em geral podem participar da atividade, que acontece na Biblioteca da Alepe, localizada na Rua da União, 397, no hall do Anexo I.

Ao final da conversa, o grupo sempre sorteia uma nova obra para ser lida e discutida no mês seguinte. Em comemoração ao Dia Nacional do Livro Infantil (18/4), os participantes escolheram um livro específico para ser debatido em abril: A Teia de Charlotte, publicação do escritor norte-americano E. B. White.

Para participar das próximas edições do Clube de Leitura, basta entrar em contato com a Biblioteca da Alepe pelo telefone: (81) 3183-2252.

Alepe leva música e arte à Colônia Penal Feminina do Recife

ITINERANTE – A ação aconteceu dentro das dependências da Colônia Penal Feminina do Recife, localizada no bairro do Engenho do Meio. Fotos: Roberta Guimarães

A edição itinerante do ‘Café com Poesia’, projeto promovido pela Biblioteca da Alepe, trouxe um combinado de alegria, poesia, música, literatura e esperança para as mulheres da Colônia Penal Feminina do Recife, no Engenho do Meio. Enquadradas pelo sistema prisional como pessoas privadas de liberdade (PPL), algumas delas participaram, nesta quarta (20), não apenas como ouvintes do projeto. Atuaram também como protagonistas de suas histórias.

Com o tema “A Alma Feminina Inspira Poesia”, o evento faz parte da programação da Alepe em homenagem ao Dia Internacional das Mulheres, comemorado em 8 de março. A versão itinerante do ‘Café com Poesia’ teve apresentação musical, recital de poesia e literatura de cordel.

As apresentações ficaram a cargo do músico e sanfoneiro Júnior Vieira, da escritora e poetisa Lúcia Costa, do cordelista Cícero Lins e do poeta Jorge Bernardo. O coral Vozes de Pernambuco, formado por funcionários da Alepe, alegrou o ambiente com músicas regionais.

Para a gestora da Colônia Feminina do Recife, Maria Andrea Ferraz, ações como a do ‘Café com Poesia’ são importantes para o processo de ressocialização. “É interessante trazer essa promoção da cultura e do lazer para dentro da unidade prisional. Esse tipo de ação auxilia no processo de ressocialização e faz com que elas se aproximem da nossa realidade e do que acontece fora da unidade prisional”, afirmou.

De acordo com a gerente da Biblioteca da Alepe, Sirlênia Araújo, a ideia de tornar o projeto itinerante visa ampliar o acesso à cultura e à arte de forma gratuita, além de incentivar a população a conhecer o trabalho da Alepe.

“É um momento de alegria, lazer, cultura e troca de conhecimento A arte, a cultura e a poesia transformam a vida das pessoas para melhor”, enfatizou Sirlênia.

MÚSICA – Apresentação do Coral Vozes de Pernambuco durante o Café com Poesia

Depoimentos

Mãe de sete filhos e aguardando julgamento por tráfico de drogas, Andrelane Faustina Ferreira, 39 anos, fez um paralelo entre o momento atual, vivenciado por ela e suas companheiras da unidade prisional, com a história de Dandara, guerreira negra do período colonial do Brasil que viveu no Quilombo dos Palmares lutando por seus ideias e liberdade do seu povo.

“Dandara foi uma figura que lutou por seus ideais, assim como nós que estamos aqui e lutamos pela tão sonhada liberdade”, enfatizou. Para Andrelane, o universo da arte e o da música trazem esperança de um recomeço, principalmente para os encarcerados.

“Estamos presas, mas nossos sonhos não pararam. Estudar e fazer poesia é uma nova forma de ressocializar. Mesmo que aqui seja um lugar difícil, esse projeto abre novos horizontes e nos dá visibilidade. A maioria das pessoas na colônia não é alfabetizada e a escola aqui dentro está dando essa oportunidade”, destacou.

Franciele Raiane dos Santos, 22 anos, encontrou no universo da poesia e dos livros uma forma de tornar seus dias mais leves enquanto aguarda o julgamento por homicídio. “Aprendi com a literatura que a mente da gente fica solta. Só o corpo está preso por atos que acontecem e que estamos respondendo por eles. Toda ação tem uma reação. A literatura influencia em outras coisas, numa conversa melhor, num novo conhecimento. São coisas que não tiram da gente”, enfatizou.

SARAU – As mulheres que se encontram na Colônia Penal Feminina também se apresentaram no Café com Poesia

Café com Poesia

O projeto existe há 18 anos. Foi lançado em 2006 com a proposta de abrir espaço, mensalmente, para recitais, lançamentos de livros, exposições e bate-papo sobre arte e cultura. Ao longo desse período, o projeto já reuniu jovens talentos e veteranos da arte e da literatura.

Biblioteca da Alepe retoma projeto ‘Livro Andarilho’

EM INCENTIVO À LEITURA – Os livros são espalhados em diversos espaços públicos. Foto: Nando Chiappetta

Em comemoração ao Dia Nacional do Livro, celebrado no dia 29 de outubro, a Biblioteca da Alepe retomou, nesta segunda-feira (30), o projeto ‘Livro Andarilho’. Pausado desde a pandemia de Covid-19, a iniciativa busca disseminar a leitura entre servidores e a população através da distribuição de livros em pontos da cidade.

Para a gerente da Biblioteca, Sirlênia Araújo, a iniciativa tem como intuito incentivar o hábito da leitura. “A intenção é dar dinamismo e movimento aos livros entre os servidores e a população, fazendo com que as obras caminhem pela cidade como um andarilho”, comentou.

Na prática, a Biblioteca da Alepe espalhou mais de 40 títulos no interior e perímetro da Assembleia Legislativa com o objetivo de que os livros fossem lidos e repassados adiante para que outros possam ter a experiência da leitura.

Biblioteca da Alepe comemora o Mês da Pessoa Idosa

ATIVIDADE CULTURAL – O evento aconteceu no hall da Biblioteca da Alepe. Foto: Caio Machado

A Biblioteca da Alepe promoveu, na manhã desta quarta-feira (25), uma ação em homenagem ao Mês da Pessoa Idosa. Com o tema “Alegria de viver”, o evento proporcionou ao público presente momentos com música, poesia e dinâmicas em grupo.

Para Tiago Vasconcelos, estagiário da Biblioteca, a ação relembra a importância de festejar a memória e a trajetória da pessoa idosa. “Montamos um espaço de acolhimento para mostrar à sociedade que essas pessoas merecem respeito, atenção, diversão e muitas atividades culturais e de lazer”, disse.

Durante a ação, foram realizadas apresentações musicais com os corais Novo Milênio, da Biblioteca Pública do Estado de Pernambuco, e Vozes de Pernambuco, formada por funcionário da Alepe, além de declamação de poemas com o poeta Cícero Lins e J. Bernardo, contação de histórias com a escritora Lúcia Costa. Na ocasião, a deputada Dani Portela (PSOL) esteve presente para relembrar os 20 anos do Estatuto da Pessoa Idosa e a importância de políticas públicas para este grupo.

“São 20 de um instrumento muito importante que, se não tem efetividade, é uma letra morta. Infelizmente, nesses primeiros seis meses aqui em Pernambuco aumentaram em 90% as denúncias de violência contra as pessoas idosas. Dias como esses são importantes para comemorar, mas também para marcar a luta que ainda precisa ser travada para tornar Pernambuco mais forte e igualitário para todas as idades”, declarou a parlamentar.

A maestrina do coral Novo Milênio e fundadora da Academia Pernambucana de Música, Leny Amorim, elogiou a ação da Biblioteca. “Essa experiência foi realmente notável. O coral está muito feliz e nós estamos muito agradecidos a Deus e a Biblioteca por esse convite”, disse a musicista.

Biblioteca da Alepe oferece oficina de poesia e bordado

AGULHAS E VERSOS – A oficina vai acontecer quinzenalmente na Biblioteca da Alepe. Foto: Paulo Pedrosa

Moradores do bairro de Santo Amaro participaram de uma oficina de poesia e bordado, que foi oferecida pela Biblioteca da Alepe, na manhã desta sexta-feira (20). A atividade é gratuita e está prevista para acontecer quinzenalmente no espaço.

A ação formativa será ministrada por Sirlênia Araújo. O objetivo é inserir os participantes no universo poético. “A partir de pontos básicos do bordado, a proposta é desenvolver desenhos em grupo e associá-los a trechos de poemas que vamos trabalhar ao longo da oficina”, disse a facilitadora, que gerencia também a Biblioteca da Alepe.

“Aprender a bordar em grupo vai ser uma experiência maravilhosa”, afirmou a participante Kamille Batista.

Para marcar o início da oficina, o funcionário da Biblioteca Jorge Bernardo escreveu um poema e apresentou ao grupo. Abaixo, confira o texto na íntegra:

Bordado e poesia

O bordado é assim, mãos que se unem em harmonia
Iniciando sua obra com ponto de cruz, parece uma poesia
Rimando entre linhas, com energia trazendo alegria,
A bordadeira, que na agulha introduz a linha e segue sua sina.

A quem aprenda, e a que também ensina
Vai seguindo essa rotina, até findar um dia
Nessa sintonia que contagia sem limite, Mudando para um novo, chamado vagonite,
Que segue a partir de retas linhas
Bem simétricas e assim certinhas, Vai chegar ao desejado e juntinhas
Até ficar bem prontinha.

A técnica do ponto atrás
No tempo bem feito faz
Tem também do pirulito
Assim segue no risco

Usa-se também a haste, Caseado e corrente, e quem tente
A pesada, a mosca e nó francês
Depende da vontade do freguês.

Clube de Leitura da Alepe debate obra de Ryan Holiday

MANHÃS LITERÁRIAS – Os encontros do Clube de Leitura da Alepe acontecem mensalmente. Foto: Evane Manço

A edição de setembro do Clube de Leitura da Alepe teve como destaque a obra “A Quietude é a Chave”, do escritor norte-americano Ryan Holiday. O encontro aconteceu na manhã desta quinta-feira (28) e reuniu servidores, colaboradores e estagiários da Casa Legislativa para compartilharem impressões e curiosidades sobre a publicação, na Biblioteca da Assembleia.

O livro de autoajuda, lançado em 2019, apresenta aos leitores ferramentas para aproveitar os benefícios da quietude no controle das ações e promoção da mente, corpo e espírito. Holiday é especialista em manipulação midiática e dono da agência de publicidade. Além disso, o escritor tem artigos publicados na Forbes, Fast Company, The Huffington Post, The Columbia Journalism Review, Thought Catalog e Medium – e, atualmente, é colunista de mídia da New York Observer.

CLUBE DO LIVRO – Os encontros do Clube de Leitura acontecem na Biblioteca da Alepe, localizada no hall do Anexo I, em todas as últimas quintas-feiras de cada mês. Ao final da conversa, o grupo sorteia uma nova obra para ser lida e discutida no mês seguinte. O próximo livro a ser debatido é “Textos cruéis demais para serem lidos rapidamente”, do autor brasileiro Igor Pires da Silva.

Biblioteca da Alepe recebe títulos da Cepe

FOMENTO – Por meio da iniciativa, a Cepe faz a doação de livros para bibliotecas públicas, ONGs e instituições públicas. Alepe recebeu 44 títulos. Foto: Cepe/Divulgação

A Biblioteca da Alepe foi contemplada, na manhã da última quinta-feira (21), com o projeto Caixa de Leitura. Lançada pela Companhia Editora de Pernambuco (Cepe) em abril de 2021, a iniciativa visa a doação de livros para instituições públicas, bibliotecas comunitárias e ONGs que atuam na formação de leitores e no fomento da leitura. Desde seu lançamento, o projeto doou mais de nove mil livros dos mais variados gêneros, contemplando mais de 200 instituições.

“Ficamos felizes com o recebimento desses novos títulos vindos da Cepe por sabermos de sua alta conceituação. Os livros enriquecerão nosso acervo, que contribui não somente para a Assembleia, mas para toda a sociedade”, disse Sirlênia Araújo, gerente da Biblioteca. Em adição, alguns títulos serão doados para bibliotecas públicas de outras cidades, a fim de contribuir com seus acervos.

A  caixa destinada à Biblioteca da Alepe foi composta por 44 livros e reúne títulos como “A canção soberana”, que seleciona os melhores textos do poeta pernambucano Audálio Alves; “Caderno de pintura”, coletânea de poemas do escritor Walmir Ayala; “Poemas 2”, de Daniel Lima; entre outros.

Um dos livros entregues foi “Nós, os bichos”, segunda publicação do médico neurologista e servidor da Alepe, Luiz Coutinho Dias Filho. Partindo do pressuposto de que os humanos têm características dos bichos — e não os bichos que têm características humanas —, Coutinho propõe, em 12 contos, fazer o inverso do que é apresentado pelas fábulas.

“As melhores histórias que escutei na minha infância eram protagonizadas por bichos, por animais que falavam. Com o tempo eu pude pensar o contrário. Não devemos procurar nossas características nos bichos. Nós não estamos nos bichos, eles estão em nós. Temos um pouquinho de cada um”, disse o escritor.

Neurocirurgião e professor universitário, Coutinho foi vencedor regional da terceira edição do Prêmio Pernambuco de Literatura, representando a Zona da Mata, com a obra em questão.

Clube de Leitura da Alepe debate obra de William Golding

SENHOR DAS MOSCAS – A premiada obra de William Golding foi escolhida para a edição de agosto. Fotos: Evane Manço

A edição de agosto do Clube de Leitura da Alepe teve como destaque a obra premiada “Senhor das Moscas”, do escritor britânico William Golding. Na manhã desta quinta-feira (31), funcionários da Biblioteca da Assembleia, que organiza o evento, e demais servidores da Casa compartilharam impressões e curiosidades sobre a publicação, além de participar de uma brincadeira de perguntas e respostas.

CLUBE DO LIVRO – O grupo é formado por servidores, funcionários e colaboradores da Alepe

O romance, lançado em 1954, narra a história de meninos perdidos numa ilha paradisíaca e como a busca pela sobrevivência pode levá-los à barbárie. Escritor, ator, músico, professor primário e sagrado cavaleiro britânico, Golding é autor de dez romances, além de uma peça teatral e livros de ensaios. Em 1980 ganhou o Booker Prize pelo título “Ritos de Passagem” e, em 1983, o prêmio Nobel de literatura por “Senhor das Moscas”.

Os encontros do Clube de Leitura acontecem na Biblioteca da Alepe, localizada no hall do Anexo I, em todas as últimas quintas-feiras de cada mês. Ao final da conversa, o grupo sorteia uma nova obra para ser lida e discutida no mês seguinte. O próximo livro a ser debatido é “A Quietude é a Chave”, do autor americano Ryan Holiday.

‘Café com Poesia’ ocupa as instalações da Biblioteca

DIA DO FOLCLORE – As lendas do Recife foram encenadas no hall da Biblioteca da Alepe. Fotos: Evane Manço

Mais uma edição do ‘Café com Poesia’ ocupou as instalações da Biblioteca da Alepe, nesta última terça-feira (23). Dessa vez, o projeto comemorou o Dia do Folclore, que é celebrado nacionalmente em 22 de agosto.

“Aproveitamos o Dia do Folclore para darmos mais ênfase às lendas do Recife. O Café com Poesia já acontece há dez anos na Alepe e sempre reúne um público bem interessante”, disse a gerente da Biblioteca, Sirlênia Araújo.

MÚSICA – Formado por funcionários da Alepe, o Coral Vozes de Pernambuco participou do encontro

O evento, que aconteceu em duas partes, iniciou-se no hall do Anexo I da Alepe com apresentação do Coral Vozes de Pernambuco, formado por funcionários da Casa, e com a escritora Roberta Cirne apresentando sua versão em quadrinhos da obra “O Esqueleto”, de Carneiro Vilela, mesmo escritor de “A Emparedada da Rua Nova”. Cirne também apresentou seu projeto “Sombras do Recife”, dedicado às assombrações, mitos, lendas e histórias da capital pernambucana.

O segundo momento aconteceu dentro no interior da Biblioteca, coberta por panos pretos e efeitos especiais. Uma apresentação musical do tenor Ericson Cavalcanti, interpretando ‘Lundú da Marquesa de Santos’, de Heitor Villa-Lobos, tomou conta do espaço. A deputada Dani Portela (PSOL) esteve presente e parabenizou a iniciativa. “Um salve às lendas e a todos os elementos culturais que emergem do processo da nossa história”, disse a parlamentar.

CONVIDADOS ESPECIAIS – Alunos da rede pública estadual também marcaram presença nessa edição do ‘Café com Poesia’

As encenações aconteceram com ajuda dos funcionários da Alepe e os jovens do projeto ‘Alepe Acolhe’. Ao todo, foram trabalhadas oito lendas que assombram o Recife. Dentre elas, estiveram a Emparedada da Rua Nova, o Papa Figo, a Perna Cabeluda e a Cruz do Patrão.

Durante o encontro, os presentes puderam compartilhar as lendas que vinham à sua memória. O servidor Aurélio Silva comentou que a Perna Cabeluda era uma lenda que sua mãe contava muito quando era criança. “Vinha aquele medo e não saía de casa não”, pontuou. “Uma lenda que eu me lembro quando criança e assistia ao Sítio do Pica-Pau Amarelo é a da Cuca”, relembrou o funcionário Albino Sérgio.