Obra “Por favor, cuide da Mamãe” é tema do Clube de Leitura

ENCONTROS – O grupo reúne-se mensalmente na Biblioteca da Alepe para debater e trocar impressões sobre obras literárias. Fotos: Nando Chiappeta

A edição de maio do Clube de Leitura da Alepe discutiu sobre a obra Por favor, cuide da Mamãe, escrita pela autora sul-coreana Shin Kyung-Sook. O encontro aconteceu nesta quarta (29), na Biblioteca da Assembleia Legislativa. Servidores e demais colaboradores da Casa reuniram-se numa roda de debates e apresentaram diferentes perspectivas sobre a obra, compartilhando suas vivências de leitura.

Enredo

Park So-nyo, 69 anos, mãe de cinco filhos, desapareceu, deixada para trás em meio à multidão. Numa plataforma da estação de metrô, o marido simplesmente supôs que a esposa o seguia, como fizera a vida toda, e essa é a última vez em que Park é vista. Começa então uma narrativa repleta de descobertas e definida por uma exploração emocional das relações que teciam essa família, escancarando a descoberta de uma mulher que ninguém nunca conheceu. Narrado pelas vozes de uma filha, de um filho, do marido e da própria mulher desaparecida, Por favor, cuide da Mamãe é uma história universal sobre família e amor, mas também um retrato de arrependimentos e remorsos.

Shin Kyung-Soo vendeu mais de 1,5 milhões de cópias de sua obra, sendo uma das escritoras mais lidas e aclamadas da Coréia do Sul. Com sensibilidade, Shin delineou uma narrativa cativante e de fato tocante. “É um livro nostálgico, triste. Brilhantemente narrado, traz uma reflexão sobre o amor e zelo que devemos ter pelas pessoas ao nosso redor. Uma lição sobre como tratamos outras vidas”, opinou Miriam Vidal, funcionária da Biblioteca.

Projeto

O Clube de Leitura da Alepe foi fundado em 2018 e, desde então, abre suas portas, todas as últimas quintas-feiras de cada mês, para os interessados em literatura. Colaboradores do Legislativo Estadual e o público em geral podem participar da atividade, que acontece na Biblioteca da Alepe, localizada na Rua da União, 397, no hall do Anexo I.

Ao final da conversa, o grupo anuncia uma nova obra para ser lida e discutida no mês seguinte. O próximo livro a ser debatido é A cabeça do santo, da autora cearense Socorro Acioli.

Saúde mental em debate no Fórum Alepe Mulher

AUDITÓRIO CHEIO – No seu terceiro dia, o evento contou com a participação de alunos e professores da Unifafire e FPS. Fotos: Rebeca Alves

Dando sequência às atividades da semana, o 1º Fórum Alepe Mulher trouxe, nesta quarta (13), palestras que destacaram o tema ‘Saúde mental da mulher’. O debate foi mediado pela deputada Simone Santana (PSB) e teve como palestrantes a médica psiquiatra Kátia Petribu, a professora da Unifafire Ana Cristina Fonseca, e a criadora de conteúdo organizacional Gisely Melo. A plateia foi formada por alunos da Unifafire e da Faculdade Pernambucana de Saúde (FPS), representada na mesa pela coordenadora do curso de Educação Física da instituição, Cristianne Tomasi.

SAÚDE NA PAUTA – A deputada Simone Santana mediou as palestras do evento

A primeira palestra do dia foi da docente Ana Cristina Fonseca, que abordou dois dos principais temas relacionados à saúde mental: a síndrome do Burnout e o gaslighting – tipo de manipulação psicológica na qual o abusador distorce a realidade no intuito de fazer com que a vítima duvide da própria sanidade mental. Segundo a professora, existem três principais pontos causadores e influenciadores desses fenômenos: a sobrecarga, a insegurança financeira e o esgotamento.

TEMAS QUE MERECEM ATENÇÃO – Ana Cristina destacou a síndrome do Burnout e o gaslighting são uns dos principais problemas relacionados à saúde mental da mulher

Ela ainda apontou as consequências da chamada economia do cuidado como um fator estressante das desigualdades vivenciadas pela mulher: “Existe a exigência social de que a mulher, exclusivamente, cuide das crianças e dos idosos da sua família. Cria-se uma sobrecarga, um acúmulo de tarefas, e as mulheres se encontram na posição de vencer mais etapas do que os homens”.

De acordo com a psiquiatra Kátia Petribu, que também é mestre em Neuropsiquiatria e Ciências do Comportamento (UFPE), a cobrança social e as alterações hormonais fazem com que a mulher fique mais suscetível a alterações de humor, ansiedade e à depressão.

“As mulheres podem ter vários tipos de depressão, alguns, inclusive, exclusivos delas, como a depressão pós-parto. Os principais sintomas da doença são o humor deprimido, a perda de interesse ou de prazer pela maioria das coisas, a redução da capacidade de concentração, os sentimentos de culpa ou inutilidade e os pensamentos recorrentes de morte. Quando esses sintomas se apresentam de forma frequente, por no mínimo 15 dias seguidos, identifica-se um quadro de depressão”, disse Petribu.

DE OLHO – Psiquiatra, Kátria Petribu ressaltou que as mulheres devem ficar atentas aos sintomas e aos sinais que os corpos dão

A médica ainda reforçou a importância de hábitos que contribuam para a manutenção da saúde mental, como a realização de exames médicos, o acompanhamento psicológico, a prática de exercícios físicos e o relacionamento com as pessoas.

Criadora de conteúdo voltado à organização, com foco na saúde mental, e autora do livro Procrastina não e do manual Corpo, Mente e Espírito, Gisely Melo relatou experiências de recomeço emocional. “Na pandemia da Covid-19, enfrentei um processo de divórcio e passei a morar só. Entrei na terapia e comecei a organizar uma agenda semanal de atividades, assim como um diário, onde anotava diariamente o que julgava importante ser levado para a terapia. Foi uma evolução lenta, porém consistente”.

DICAS DE ORGANIZAÇÃO – A palestrante Gisely Melo falou da importância de se manter atividades bem definidas para uma rotina mais saudável

Gisely listou algumas das ações que adotou para combater sentimentos de ansiedade. “Passei a reduzir o uso do celular e das redes sociais, a aprender a viver bem sozinha, a praticar exercícios físicos e a me desobrigar de ter que tomar tantas decisões.”

O terceiro dia do Fórum Alepe Mulher ainda contou com a participação da professora Adriana Albuquerque do Ó, que apresentou técnicas de respiração contra a ansiedade, e do grupo de teatro Cenede, da Unifafire, que fez uma esquete sobre o gaslighting.

PERFOMANCE – Apresentação do grupo de teatro da Unifafire no Auditório Sérgio Guerra

Realizado no auditório Sérgio Guerra, o fórum continua com extensa programação de palestras e apresentações artísticas até a próxima sexta (14). Acesse aqui para conferir todas as informações e fazer sua inscrição.

Clube de Leitura da Alepe debate obra de Ryan Holiday

MANHÃS LITERÁRIAS – Os encontros do Clube de Leitura da Alepe acontecem mensalmente. Foto: Evane Manço

A edição de setembro do Clube de Leitura da Alepe teve como destaque a obra “A Quietude é a Chave”, do escritor norte-americano Ryan Holiday. O encontro aconteceu na manhã desta quinta-feira (28) e reuniu servidores, colaboradores e estagiários da Casa Legislativa para compartilharem impressões e curiosidades sobre a publicação, na Biblioteca da Assembleia.

O livro de autoajuda, lançado em 2019, apresenta aos leitores ferramentas para aproveitar os benefícios da quietude no controle das ações e promoção da mente, corpo e espírito. Holiday é especialista em manipulação midiática e dono da agência de publicidade. Além disso, o escritor tem artigos publicados na Forbes, Fast Company, The Huffington Post, The Columbia Journalism Review, Thought Catalog e Medium – e, atualmente, é colunista de mídia da New York Observer.

CLUBE DO LIVRO – Os encontros do Clube de Leitura acontecem na Biblioteca da Alepe, localizada no hall do Anexo I, em todas as últimas quintas-feiras de cada mês. Ao final da conversa, o grupo sorteia uma nova obra para ser lida e discutida no mês seguinte. O próximo livro a ser debatido é “Textos cruéis demais para serem lidos rapidamente”, do autor brasileiro Igor Pires da Silva.