Alepe promove oficina de inteligência emocional

A Alepe iniciou, nesta sexta (27), no auditório Ênio Guerra, o primeiro dia da oficina de inteligência emocional. 

A capacitação, voltada para colaboradores da Casa, tem como objetivo o aperfeiçoamento de habilidades emocionais e de comunicação para a construção de um ambiente de trabalho mais harmonioso e eficiente.  Os encontros também  acontecerão nos dias 1º, 2 e 3 de outubro. 

HABILIDADES – A capacitação é voltada para colaboradores da casa. Foto: Rebeca Carneiro

“Hoje a inteligência emocional é a habilidade mais requisitada no meio corporativo. Através dela, somos capacitados a gerenciar e identificar nossos sentimentos, para não agirmos por impulso. Então, essa oficina é importante para que os funcionários da Alepe possam proceder com assertividade, tanto na comunicação, como nas ações do dia a dia”, salientou a palestrante Joselma Gomes, responsável pela capacitação. 

Durante a primeira aula, foram abordados temas a respeito da capacidade de reconhecer e lidar com as próprias emoções e com as dos outros. Tratou-se também da percepção, do processamento e da compreensão das emoções, bem como da habilidade de saber como administrá-las. 

A estagiária Dennisy Vitória destacou a importância dos encontros, para sua formação profissional. “Eu acho essencial esse curso, principalmente por trabalharmos com atendimento ao público. Precisamos aprender, cada vez mais, a gerenciar nossas emoções, para não acabar descontando na pessoa e para manter o melhor padrão de atendimento possível”, reforçou.

Alepe promove Café com Poesia sobre autoestima

SAÚDE MENTAL – O evento trouxe o tema da prevenção ao suicídio. Foto: Nando Chiappetta

Nesta quinta (26), a Alepe promoveu mais uma edição do Café com Poesia, no auditório Ênio Guerra. Com o tema voltado para a campanha Setembro Amarelo, destinada à prevenção do suicídio, cordelistas e poetas compartilharam seus textos e prosas acerca da autoestima. Além disso, o encontro contou com a palestra da psicóloga Ana Cristina Fonseca, assim como a apresentação do Coral Vozes de Pernambuco.

Coordenadora-geral de graduação do Centro Universitário Frassinetti do Recife (Fafire), Ana Cristina Fonseca destacou a necessidade de conscientização acerca da saúde mental. Aproveitando a presença dos alunos da Escola de Referência em Ensino Médio Ginásio Pernambucano na plateia, ela destacou que o Brasil é o país mais ansioso do mundo. “São 38 casos de suicídio registrados por dia. Então é muito importante encontrar tantos adolescentes aqui, porque é especialmente para essa geração que devemos falar”, reforçou a psicóloga.

Em seguida, os participantes declamaram poemas sobre a temática de autoestima. De acordo com Jorge Bernardo, servidor da Casa e escritor, as palavras têm um papel importante dentro da vida das pessoas, sendo importante divulgar trabalhos como os apresentados no evento. “A poesia é uma emoção transmitida pelo poeta, através de seus sentimentos. Todos tem um pouco desse lado poético dentro de si”, afirmou.

CORAL – O evento teve a participação do Vozes de Pernambuco. Foto: Nando Chiappetta

Por sua vez, a estudante Maria Júlia reforçou a importância da ação, especialmente para alunos da sua idade. “É muito interessante estar aqui e conhecer a cultura de Pernambuco e de outros lugares pelos poemas e cordeis”, destacou.

Evento

Desde 2009 a biblioteca da Alepe promove o Café com Poesia. As edições têm temas variados, como o Dia da Mulher ou o Dia Mundial da Conscientização do Autismo, com objetivo de aproximar a comunidade Alepe das pautas.

Em caso de necessidade, procure o Centro de Valorização da Vida (CVV) pelo telefone 188 ou pelo site www.cvv.org.br.

Clube de Leitura da Alepe debate o romance “Eu vou te encontrar”, de Harlan Coben

BIBLIOTECA – Em setembro, o Clube de Leitura vai debater o livro “Talvez você deva conservar com alguém”, de Lori Gottlieb

A edição de agosto do Clube de Leitura da Alepe debateu sobre o livro Eu vou te encontrar, escrito pelo autor norte-americano Harlan Coben. A reunião aconteceu nesta quinta (29), na Biblioteca da Alepe. Servidores e demais colaboradores da Casa encontraram-se numa roda de debates e apresentaram diferentes perspectivas sobre a obra, compartilhando suas percepções e análises da leitura.

O romance, lançado no Brasil em 2024 pela Editora Arqueiro, é um suspense sobre a busca do protagonista David Burroughs para provar a inocência e reencontrar o filho de três anos dado como morto.

O Clube de Leitura da Alepe foi fundado em 2018 e, desde então, abre suas portas, todas as últimas quintas de cada mês, para os interessados em literatura. Colaboradores do Legislativo Estadual e o público em geral podem participar da atividade, que acontece na Biblioteca da Alepe, localizada na Rua da União, 397, no hall do Anexo I. Ao final da conversa, o grupo anuncia um novo livro para ser lido e discutido no mês seguinte. A próxima obra a ser debatida é Talvez você deva conversar com alguém, da escritora Lori Gottlieb.

Viva Coração: Alepe promove treinamento para uso do desfibrilador

SAÚDE – O deputado Mário Ricardo (de gravata, ao centro) prestigiou o evento. Foto: Amaro Lima

A Alepe promove nesta quarta (28) e nesta quinta (29) um treinamento voltado para o uso de desfibrilador e atendimento de primeiros socorros. Intitulada Viva Coração, a iniciativa tem como objetivo capacitar os colaboradores do Legislativo em técnicas essenciais para salvar vidas, reforçando a segurança e a capacidade de resposta a emergências da Casa. O deputado Mário Ricardo (Republicanos) prestigiou a abertura do curso.

O Viva Coração é um projeto que se destaca pelo foco na capacitação dos colaboradores em técnicas de ressuscitação cardiopulmonar (RCP) e no uso do desfibrilador externo automático (DEA). A ação é adotada pela administração de Fernando de Noronha desde 2007. O curso foi organizado pela Superintendência de Saúde e Medicina Ocupacional (SSMO), que selecionou os setores e funcionários para participar do treinamento. São quatro turmas com 30 pessoas cada, sendo duas no turno da manhã e duas à tarde.

O superintendente-geral da Alepe, Isaltino Nascimento, destacou que a capacitação é essencial para qualificação do serviço oferecido pela Casa aos servidores e ao público externo. “Precisamos preparar as pessoas e todos os setores para usar o desfibrilador, para que a gente possa ter uma Alepe de qualidade”, afirmou.

QUALIDADE – Isaltino Nascimento destacou que a formação vai melhorar o serviço. Foto: Amaro Lima

Emergências

O projeto é comandado pelo Laboratório de Treinamento em Emergências Cardiovasculares (LTECV) do Hospital Agamenon Magalhães, localizado no Recife, com coordenação do médico João Morais, que parabenizou a Alepe pela iniciativa. “O infarto agudo do miocárdio é a doença que mais mata e metade das vítimas morrem de parada cardíaca antes de chegar ao hospital por uma arritmia. A Alepe vai servir de espelho para a população ao treinar e colocar os desfibriladores como medida essencial para salvar mais vidas”, declarou.  

Servidora da Superintendência de Saúde, a enfermeira Luiza Albuquerque pontuou que os conhecimentos adquiridos vão além da esfera da Alepe, podendo ser usada em qualquer local e situação. “A gente pode salvar várias vidas através desse treinamento, não só aqui dentro da Alepe, mas na vida, em outros setores, outros lugares. Mesmo se não tiver o DEA, a pessoa vai saber fazer uma massagem cardíaca com precisão e salvar uma vida”, explicou.

Alepe conclui curso de formação antirracista

FORMAÇÃO – O curso enfatizou a importância de combater as várias formas de discriminação. Foto: Manu Vitória

A Alepe concluiu nesta quinta (22) o curso Formação Alepe Antirracista. A proposta, destinada aos colaboradores da Casa, teve como objetivo estimular a reflexão crítica sobre as questões raciais, contribuindo com a construção de uma cultura organizacional antirracista e inclusiva, e valorizar a diversidade étnica. 

“A ideia do curso surgiu para que a gente comece a ter um olhar de acolhimento das pessoas que vêm buscar o Poder Legislativo. Nós somos a casa do povo e precisamos compreender que as pessoas não podem ser discriminadas por orientação sexual, raça ou religião. Então, essa capacitação veio para que os servidores da Alepe participem, construam e entendam o significado do racismo e suas várias faces”, destacou o superintendente-geral da Alepe Isaltino Nascimento.

LETRAMENTO – Lepê Correia enalteceu a iniciativa da Alepe. Foto: Manu Vitória

Realizada quinzenalmente, com cinco módulos, e dividida em dois grupos, a iniciativa fez parte da série de ações Alepe Antirracista, iniciada em 2023 pelo Legislativo Estadual. A aula de encerramento, ministrada pelo professor e pesquisador Lepê Correia, que também fez parte da coordenação pedagógica da Jornada Alepe Antirracista, tratou do tema “monitoramento e avaliação”.

Para Correia, o evento mostrou aos alunos a importância do tratamento igualitário para todas as pessoas. “Numa casa legislativa, é preciso que se compreenda o básico das regras de convivência, principalmente num país com tantas culturas como o Brasil, e fundado em cima do modo de produção escravista. O que a gente quer é que as pessoas compreendam como são as relações desse país e para que tratem a todos como humanos e uns ajudem os outros a crescer”, elencou. Lepê Correia enalteceu ainda a Alepe por ter sido a o primeiro parlamento do Brasil em fazer um curso de letramento racial e antirracismo.

Jefferson Silva, servidor da Alepe, ressaltou a importância do curso para sua formação profissional. “Foram dias de muito conhecimento e hoje eu levo daqui, principalmente, o respeito em relação a orientação sexual, classe social e cor da pele. Para mim todos são iguais. Através da capacitação, pude aprender a distinguir preconceito, discriminação e intolerância religiosa e me assumir como pessoa negra”, pontuou.

Alepe Cuida atende população de Timbaúba

SERVIÇOS – Os atendimentos do Alepe Cuida ocorrem no pátio da estação ferroviária. Foto: Jarbas Araújo

O município de Timbaúba, na Mata Norte, foi o destino de mais uma edição do Alepe Cuida, programa de assistência à população da Alepe. Foram disponibilizados cerca de 2.700 atendimentos, entre consultas médicas, exames e procedimentos odontológicos. O mutirão itinerante também conta com serviços como emissão de documentos e orientação jurídica. Defensoria Pública de Pernambuco, Banco do Nordeste, Sebrae, Instituto Tavares Buril, Fundação Altino Ventura, Secretaria de Defesa Social, Detran e Neoenergia são parceiros na iniciativa. 

IMAGEM – Lindinalva de Melo conseguiu fazer uma ultrassonografia. Foto: Jarbas Araújo

A costureira Irene de Freitas, de 65 anos, soube da ação pela agente de saúde do bairro e aproveitou para realizar o exame de mamografia “que estava em atraso há bastante tempo, por conta da dificuldade de conseguir marcar”. A dona de casa Lindinalva de Melo, de 53 anos, teve que se deslocar para o Recife na semana passada, a fim de realizar sua mamografia, no Imip. Quando soube do mutirão, viu a oportunidade de fazer, pela primeira vez, ultrassonografia de mamas. “Minha irmã precisou retirar parte da mama aos 38 anos, então, tenho que me cuidar, e sempre tento manter meus exames em dia. A gente não consegue ver dentro da gente para saber se está tudo bem”, alertou. Lindinalva soube do Alepe Cuida pelo professor da academia do município e avisou às vizinhas. Uma delas, Raniele Costa, aproveitou para agendar uma consulta odontológica. 

O médico oftalmologista Matheus Madeiro, que também participou do Alepe Cuida realizado em Gravatá, no Agreste Central, no mês de julho, relata que muitos pacientes ainda ficam cegos em quadros que poderiam ser evitados pelo acesso a atendimento correto. “Mutirões assim são importantes não apenas na prevenção, mas também para identificar quadros de cegueira reversível e providenciar os encaminhamentos necessários”. As consultas oftalmológicas podem resultar em prescrição de óculos, medicamentos e orientações, mas também no encaminhamento para exames complementares ou mesmo para cirurgias na Fundação Altino Ventura, no Recife.

PREVENÇÃO – Matheus Madeiro (direita) ressaltou a importância dos mutirões de saúde. Foto: Jarbas Araújo

De acordo com o superintendente de Saúde da Alepe, Wildy Ferreira, são os próprios municípios que apontam as especialidades médicas com maior carência, seja pela grande demanda ou pela falta de profissionais disponíveis no interior do Estado. No caso de Timbaúba, além da oftalmologia, foram disponibilizadas consultas em otorrinolaringologia, dermatologia, urologia e clínica geral. Os atendimentos acontecem no pátio da estação ferroviária. Algumas ações são por livre demanda, sem necessidade de agendamento prévio, a exemplo de vacinação, testagem e aconselhamento, e termografia para tratamento do pé diabético.

Doar para Salvar: campanha arrecada 124 bolsas de sangue para o Hemope

CAMPANHA – A mobilização arrecadou 124 bolsas de sangue. Foto: Nando Chiappetta

A Alepe realizou nesta quarta (14) a edição 2024 da campanha Doar para Salvar. O foco da iniciativa foi aumentar o estoque de sangue da Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Pernambuco (Hemope), mobilizando os servidores da Casa Legislativa e o público externo. O público contribuiu com 124 bolsas de sangue para o hemocentro.

Foram disponibilizadas 12 macas para captação do sangue. Os doadores passaram por uma triagem, mediante apresentação de um documento de identificação, para verificação dos critérios estabelecidos pelo Hemope para doação. A importância da participação popular foi destacada por Raquel Santana, presidente do Hemope.

SANGUE – Raquel Santana destacou a importância da doação. Foto: Nando Chiappetta

“Através do seu sangue a gente vai encher as bolsas do Hemope para que possamos atender a população. Os hospitais têm pacientes graves, vítimas de traumas, doenças e tratamentos oncológicos que precisam de sangue para ter esperança. A gente não compra sangue em farmácia, então só conseguimos atender a população com a ajuda das pessoas”, explicou.

No início deste mês, a Alepe realizou uma capacitação de seus colaboradores para expansão da rede de doação e coleta do sangue. Wildy Ferreira, superintendente de Saúde e Medicina Ocupacional da Alepe, comemorou a parceria do Doar para Salvar com o Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE-PE) e outras instituições.

INSTITUIÇÕES – Wildy Ferreira celebrou a parceria com o TCE e outras instituições. Foto: Nando Chiappetta

“A Alepe vem por mais um ano mostrando o sucesso da doação de sangue com nossos colaboradores e o público externo. Essa campanha mostra o gesto de amor da população para salvar vidas. Então, é muito importante a participação de todos para o sucesso dessa campanha”, afirmou.

Colaborador do TCE, Matheus Taffarel descobriu a campanha pela divulgação da Alepe e fez questão de participar. “Fiquei sabendo da campanha pela divulgação no TCE. Foi tranquilo, prático e rápido, com um bom atendimento do pessoal que tirou o sangue, sendo muito gentil. É importante porque sabemos quantas pessoas precisam de sangue e uma bolsa atende três pessoas. Então, estou feliz e contente”, disse.

Alepe apresenta coletânea de artigos do Fórum Alepe Mulher

EVENTO – A publicação apresentada hoje será lançada após o período eleitoral. Foto: Roberta Guimarães

A apresentação da coletânea de artigos do 1º Fórum Alepe Mulher, nesta quinta (8), no auditório Ênio Guerra, aconteceu permeada de um grande simbolismo: a maioridade da sanção da Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006), que completou 18 anos no último dia 7 de agosto. A publicação, resultado da conclusão dos trabalhos realizados pelo extenso evento promovido pela Casa, vai ser lançada após o término do período eleitoral. 

PIONEIRA – Cileide da Silva relatou o impacto da Lei Maria da Penha em sua vida. Foto: Roberta Guimarães

Na coletânea, o leitor encontrará debates sintetizados, palestras e vivências que marcaram as comemorações em torno do Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março. Além disso, será possível ler artigos assinados pelas deputadas. 

Nada mais simbólico e representativo do que a presença e o depoimento da primeira beneficiada com a Lei Maria da Penha no Brasil, Cileide da Silva, que procurou o Centro das Mulheres do Cabo de Santo Agostinho, em 2006. Cileide sofreu violência doméstica cometida pelo ex-marido durante 20 anos. “A Lei Maria da Penha foi uma caixa cheia de surpresas para mim. Uma caixa com várias caixinhas dentro: a liberdade, felicidade, paz, alegria, direito de decisão, direito de caminhar com minhas próprias pernas, direito de pensar com minha cabeça”, relatou Cileide Silva.

A advogada Lucidalva Nascimento, do Centro das Mulheres do Cabo, que encorajou e defendeu Cileide Silva, agradeceu a iniciativa da Alepe na construção de políticas que previnem a violência contra mulheres e punem os agressores. “Há 18 anos a Lei Maria da Penha muda e salva a vida de muitas mulheres”, disse.

EXEMPLO – Simone Santana ressaltou a importância da presença de mulheres em posições de comando. Foto: Roberta Guimarães

Exemplo

A solenidade foi presidida pela deputada Simone Santana (PSB). Ela representou a deputada Delegada Gleide Ângelo (PSB), que, por sua vez, é a presidente da Comissão da Defesa dos Direitos da Mulher. Ela destacou a importância da participação das mulheres em funções de comando. “As mulheres e meninas, ao verem uma mulher numa posição de destaque, percebem que ali também pode ser o seu lugar”, argumentou. 

Simone Santana também destacou o importante papel das outras deputadas da atual legislatura da Alepe: Débora Almeida (PSDB), Dani Portela (PSOL), Roberta Arraes (PP), Rosa Amorim (PT) e Socorro Pimentel (União).  

O superintendente-geral da Alepe, Isaltino Nascimento, destacou a representatividade que 39 mulheres desempenharam ao longo dos 189 anos na Casa de Joaquim Nabuco. “A Assembleia dialoga com as pautas do mundo como um todo, como essa demanda de fortalecer o empoderamento feminino”, explicou.

São Joaquim do Monte recebe serviços do Alepe Cuida

ATENDIMENTOS – Joãozinho Tenório (direita) destacou a expectativa dos moradores do município. Foto: Nando Chiappetta

A Alepe realizou nesta quarta (7) mais uma edição do programa Alepe Cuida, desta vez na cidade de São Joaquim do Monte (Agreste Central). A ação ocorre até quinta (8).   

O programa itinerante, realizado por meio da Superintendência de Saúde e Medicina Ocupacional (SSMO), leva assistência gratuita à população pernambucana com serviços como consultas médicas especializadas e exames complementares, além de atividades de cidadania e empreendedorismo.

São parceiros da Alepe na iniciativa: Secretaria de Defesa Social de Pernambuco, Banco do Nordeste, Sebrae, Instituto Tavares Buril, Defensoria Pública de Pernambuco, Fundação Altino Ventura e Detran.

Representando a Alepe, o deputado Joãozinho Tenório (PRD) enfatizou a expectativa dos moradores com a chegada dos serviços. “As pessoas esperavam ansiosamente por esses atendimentos, principalmente mamografia e oftalmologia. Sem dúvida, ajudam muito a diminuir as filas de espera na saúde. Além disso, não posso deixar de destacar a importância da cidadania, na parte de emissão de documentos, que tem sempre muita demanda”, ressaltou o parlamentar. 

“O Alepe Cuida vem mostrando ser um equipamento de bastante importância para a população. Em cada município que passamos, vemos a adesão dos moradores, devido a escassez de atendimento tanto na área da saúde como na de cidadania”, destacou Wildy Ferreira superintendente de Saúde e Medicina Ocupacional da Alepe.

SERVIÇOS – Wildy Ferreira (direita) ressaltou a adesão da população ao programa. Foto: Nando Chiapetta

No evento, sediado na Praça da Matriz, foram ofertados quase 3 mil atendimentos entre consultas, exames, vacinação, testagem rápida, retirada de documentos e outros serviços de orientação e inclusão social.

Além das consultas médicas, foram realizados exames de mamografia, ultrassonografia e citologia, com agendamento por telefone. Houve ainda atendimentos por livre demanda de ambulatório do pé diabético, ventosaterapia, auriculoterapia, massoterapia, escalda-pés, vigilância em saúde, confecção da carteira do idoso, corte de cabelo, manicure e pedicure.

A dona de casa Ana Paula da Silva comemorou ter conseguido atendimento com endocrinologista para ela e para o filho, que sofre com problemas na tireoide. “Essa é uma ação que nossa região estava precisando. Eu sou moradora do sítio e há dois anos estava esperando atendimento dessa especialidade. Agora chegou a nossa oportunidade de cuidar da saúde”, celebrou.

A manicure Claudiane Bezerra, que prestava serviço no local e que também é moradora de São Joaquim do Monte, mostrou alegria pelo programa ter contemplado a cidade. “O que a gente ouve de quem está sendo assistido são palavras de gratidão e de alívio. Eu também, como residente do município, fico honrada em prestar meu serviço e melhorar ainda mais o dia de quem mora aqui”, ressaltou.

O programa ofereceu ainda emissão de carteira de identidade, exames de DNA, correção de registro de nascimento, orientação sobre emissão de Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e de recursos de multas, orientação de cirurgias eletivas municipais, orientações sobre abertura do Microempreendedor Individual (MEI), consultas e parcelamentos de dívidas, obtenção de créditos e informações sobre as emissões do Cadastro Nacional de Agricultura Familiar (CAF).

CIDADE – O evento ocorreu na Praça da Matriz de São Joaquim do Monte. Foto: Nando Chiappetta

Alepe celebra com seminário os 200 anos da primeira constituição brasileira

PALESTRAS – O evento reuniu pesquisadores e estudantes no auditório Sérgio Guerra. Foto: Roberta Guimarães

O seminário 200 anos da Constituição do Império: dimensões políticas, jurídicas e históricas ocorreu nesta terça (6) no auditório Sérgio Guerra, na Alepe. O evento foi promovido pela Superintendência de Preservação do Patrimônio Histórico Legislativo e contou com debates e  palestras sobre a primeira constituição do Brasil.

Na palestra de abertura, a presidente do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano (IAHGP), Margarida de Oliveira Cantarelli, relacionou os bicentenários da constituição do Império e da Confederação do Equador, ambos comemorados em 2024. A professora de direito e desembargadora aposentada explicou que a carta magna apresentada pelo Império não foi elaborada com a colaboração dos representantes eleitos para esse fim pelas províncias, já que a assembleia constituinte convocada à época foi dissolvida por Dom Pedro. 

De acordo com Cantarelli, o texto constitucional outorgado em 1824 pendia mais ao absolutismo com a instituição do Poder Moderador, espécie de quarto poder que se sobrepunha ao Legislativo, ao Judiciário e ao Executivo e cuja titularidade era exercida pelo próprio imperador. A estrutura de Estado delineada pela carta imperial era de um governo unitário e centralizado no Rio de Janeiro, na contramão das ideias federalistas, liberais e anticoloniais que se propagam em diversos países. 

Dessa forma, a primeira carta magna do Brasil gerou frustração e pôs mais combustível na já inflamada insatisfação de parte da população pernambucana. Margarida Cantarelli indagou por que comemorar a Confederação do Equador, um movimento que foi derrotado. “A Confederação do Equador foi derrotada, mas as ideias que embasaram a tentativa de autonomia da província e de instauração de uma constituição mais liberal não foram derrotadas. Elas permanecem vivas até hoje, razão porque nós, ao celebrarmos o movimento derrotado, homenageamos aqueles que deram a vida pelo ideal, como Frei Caneca. Como ele próprio disse: ‘morre um liberal, mas não morre a liberdade’. Por outro lado, comemoramos para nos mantermos vigilantes, guardiões e guardiãs dessas ideias. Que elas nunca desapareçam” disse a professora.

BICENTENÁRIO – Margarida Cantarelli lembrou que a constituição do Império pendia para o absolutismo com a criação do Poder Moderador. Foto: Roberta Guimarães

Também participaram do evento os professores George Cabral de Souza (UFPE), que moderou as mesas redondas, Mariana Albuquerque Dantas (UFRPE), Jeffrey Aislan de Souza Silva (UPE), Flávio José Gomes Cabral (Unicap), Marcelo Casseb Continentino (UPE), André Vicente Pires Rosa (UFPE), André Melo Gomes Pereira (UFRN), Orione Dantas de Medeiros (UFRN) e Marcus Carvalho (UFPE), que fez a palestra de encerramento. 

Temas

A primeira mesa teve como tema A Constituição Imperial em Pernambuco: impactos sociais, políticos e administrativos e contou com a participação dos professores Flávio Cabral, Jeffrey Aislan de Souza Silva e Mariana Albuquerque Dantas. O primeiro falou sobre a conjuntura política da província de Pernambuco à época da Confederação do Equador e a insatisfação gerada pela constituição outorgada em algumas camadas da população pernambucana. Já o professor da Universidade de Pernambuco discorreu sobre a participação dos juízes e membros do que viria a ser o Poder Judiciário da província ao lado das forças imperiais para sufocar o movimento. A professora Mariana Dantas, estudiosa dos povos indígenas na história, ressaltou que a primeira constituição do País nem sequer fazia menção a essa parcela da população e destacou as formas, institucionais ou não, de que as pessoas indígenas lançavam mão para exercer a cidadania ao longo dos anos até a Constituição de 1988.   

Para o moderador do debate, George Cabral, a iniciativa da Alepe é interessante por reunir especialistas com pesquisas recém produzidas e que fazem ponte com a atualidade. “Essa é uma ação muito interessante por trazer especialistas de primeira qualidade sobre o tema que apresentam coisas novas, matérias recentemente pesquisadas e que fazem uma ponte com o presente. Essa iniciativa é fundamental também como divulgação, já que tivemos a presença dos estudantes de história, futuros professores que se beneficiam do debate promovido pela Alepe”, afirmou.  

Também participaram do seminário o superintendente da Escola do Legislativo, José Humberto Cavalcanti, e o deputado João de Nadegi (PV). De acordo com o parlamentar, o debate foi importante para entender melhor a primeira constituição do Brasil. “A Alepe promoveu um debate com professores, doutrinadores e alunos em que cada um pôde participar das palestras, ouvir e entender a constituição concebida há 200 anos e os reflexos dela na atualidade”, registrou.

RECONHECIMENTO – João de Nadegi ressaltou a importância de aprofundar o debate sobre a constituição imperial. Foto: Roberta Guimarães

O superintendente de Preservação do Patrimônio Histórico e Legislativo, José Airton Paes, destacou o papel fundamental que a Alepe tem na recuperação da memória deste período histórico. “Trouxemos esse evento para a Alepe para que fosse feita uma reflexão da constituição de 1824, que trouxe muitas revoltas, muitas lutas, e, hoje, temos que comemorar sua importância”, afirmou.

O superintendente geral da Alepe, Isaltino Nascimento, elogiou a superintendência responsável pela organização do evento e o papel de aproximação da Casa junto à comunidade acadêmica e população. “A constituição do Império é um momento significativo que dialoga muito com a importância de Pernambuco, que teve um protagonismo relevante na luta pela democracia e pela República”, destacou. 

Em abril, o programa Em Discussão, da TV Alepe, conversou sobre os 200 anos da constituição do Império com o professor Marcelo Kasseb. Confira aqui.

PATRIMÔNIO – José Airton Paes destacou o papel da Alepe na recordação sobre a primeira carta magna do País. Foto: Roberta Guimarães