Celebração ecumênica marca abertura do Natal no Palácio Azul

DIÁLOGO – Representantes de diferentes credos refletiram sobre o significado do Natal. Foto: Roberta Guimarães

Com o tema Natal de Paz, a  Alepe realizou nesta segunda (9), no auditório Sérgio Guerra, um culto ecumênico em Ação de Graças para os servidores da Casa. O evento marcou o início da programação especial de final de ano do Legislativo Estadual, que leva o nome “Natal no Palácio Azul”. A cerimônia contou com representantes dos segmentos evangélico, espírita, católico e de religiões de matriz africana. A celebração foi embalada ainda pelo Coral Vozes de Pernambuco, composto por funcionários e colaboradores da Alepe.

“Esta é uma ocasião de  alegria,  gratidão, união, fé e esperança. Ao olharmos para o ano que se finda, exaltamos as conquistas alcançadas com dedicação e, principalmente, o espírito de colaboração. Agradecemos a cada servidor e parlamentar que, com empenho e talento, contribuíram para o fortalecimento de nossa missão e o bem comum”, reforçou Pedro Paiva, chefe de gabinete do presidente da Alepe, deputado Álvaro Porto (PSDB).

Amor ao próximo

Durante a celebração, o padre Dom Marcelo, da Igreja do Rosário dos Homens Pretos,  falou da necessidade de fortalecer o amor ao próximo. “Todos nós temos uma missão a cumprir, e Deus nos convida a amar.  Nos dias atuais, viver o amor é algo bem complicado que nos pede sacrifícios – e Jesus está na cruz para nos dizer isto. Que tenhamos o hábito de todos os dias transbordar o amor. Essa é a nossa missão, pois do mundo não levaremos nada. A única bagagem é a nossa própria história. Quanto mais somos amor, mais transbordamos. Que a gente não se canse nunca dessa prática amorosa”, disse Dom Marcelo.

No mesmo sentido, a pastora Thaysa Rollemberg, da igreja Bola de Neve,  lembrou a importância de se ter uma comunhão com Jesus e de convidá-lo a fazer parte da vida o ano inteiro. “ Esse é um momento de festa, de confraternização, mas não podemos esquecer que o maior objetivo do Natal é o nascimento de Jesus. Através dele temos salvação, vida, saúde e alegria” exaltou.

Reflexão

Já para o Pai Roberto de Angola, trazer representantes das religiões de matriz africana numa Casa Legislativa ajuda combater o preconceito e a intolerância religiosa. “Todos nós somos filhos de Deus. Temos que ensinar e falar da nossa religião e respeitar todas, pois cada crença tem seu nome e sua fé. Estamos aqui para reforçar a importância de usar a fé de forma livre e sem preconceitos”, disse.

– Para Isaltino Nascimento (ao microfone) culto reforçou união e respeito inter-religiosos. Foto: Roberta Guimarães

Ednar Santos, representante da Federação Espírita Pernambucana, lembrou que, celebrar o natal de Jesus supera símbolos, roupa nova, comidas, bebidas, árvore de natal e casa pintada. Para ela, a vinda de Jesus simboliza a maior prova de amor do mundo. “Nós estamos vivendo um momento do ano de fazermos uma prestação de contas pra Deus. Esse é um momento de reflexão. Será que estamos cumprindo nossa missão de trilhar o caminho da Luz? Às vezes as pessoas se esquecem de até de agradecer. Não viemos passar férias, precisamos trilhar o caminho do bem”, alertou.

Superintendente-geral da Alepe, Isaltino Nascimento lembrou que o culto é uma ocasião para reforçar a união e o respeito entre as religiões. “Esse é um momento que representa o verdadeiro significado de democracia. Aqui damos espaço para diversas visões e aqui elas podem ser expressas de forma tranquila e respeitosa. Esse foi um ano onde a Casa, em nome da Primeira Secretaria e da Presidência, realizou muitas ações de respeito e união”, lembrou Nascimento.

Café com Poesia: Evento da Biblioteca une cordel e reflexão sobre racismo

PÚBLICO – Auditório Sérgio Guerra recebeu poetas e estudantes da rede estadual. Foto: Nando Chiappetta

A Biblioteca da Alepe realizou, nesta quinta (21), mais uma edição do projeto Café com Poesia. Dessa vez, foram comemorados no Auditório Sérgio Guerra os dias do Cordelista e da Consciência Negra, respectivamente 19 e 20 de novembro.

O evento contou com a presença de alunos das escolas de referência em ensino médio (EREM) da rede estadual: Ginásio Pernambucano e Governador Barbosa Lima, ambas no Recife, e Eraldo Campos, localizada em Escada, na Mata Sul. A superintendente da Biblioteca Sirlênia Araújo abriu as festividades.

“Hoje temos a honra de celebrar duas datas muito importantes: o dia dos cordelistas e o mês da consciência negra. Um momento de celebrar a ancestralidade, a resistência e importância do povo negro para nossa história”, afirmou.

BIBLIOTECA – Sirlênia Araújo destaca celebração da ancestralidade e da cultura nordestina. Foto: Nando Chiappetta

Poesia

A celebração foi divida em duas partes: a primeira foi composta pelas apresentações dos cordelistas Madalena Castro, Giselda Pereira e Cícero Lins. Eles recitaram algumas obras e discursaram sobre a importância do gênero para cultura nordestina. “Hoje nós estamos celebrando o dia do cordelista. Tenho orgulho de me declarar cordelista porque estamos fazendo do cordel algo importante da cultura nordestina, indo além do entretenimento”, pontuou Cícero.

Logo após, foram realizadas duas performances. A do coral Vozes de Pernambuco e a de Fábio Luiz, servidor da Secretaria Geral da Mesa Diretora da Alepe. Ele criou e adaptou a peça “Amarras” ao lado de seus colegas Jorge Bernardo e Eli Brainer, também servidores da Casa. Os alunos participaram das atividades recitando alguns poemas. 

Consciência negra

PARTICIPAÇÃO – Jovens também se pronunciaram a partir dos temas em debate. Foto: Nando Chiappetta

A deputada Dani Portela (PSOL) compareceu à cerimônia e deixou registrada a importância de celebrar o Dia da Consciência Negra. Professora de formação, a parlamentar fez algumas indagações aos alunos e abriu espaço para eles falarem sobre o tema. 

Uma jovem se pronunciou e relatou uma experiência de racismo que sofreu ainda criança, no ambiente escolar. Segundo ela, uma professora a acusou de roubar o lápis de uma colega, sendo que as duas possuíam o mesmo lápis – e ela era a única menina negra da turma.  

“Eu vi aqui que várias pessoas levantaram a mão se reconhecendo como negra. Quem de vocês já passou pela situação de ter comentários sobre seu cabelo? Quem de vocês já foi abordado pela polícia na rua? Alguém parente de vocês está dentro do sistema prisional? A maioria das pessoas que respondem sim para essas perguntas são negras. Quando a gente fala que no Brasil o racismo é estrutural, a gente fala de uma pirâmide em que ele está na base. Então, quando me perguntam: ‘Dani, você vê racismo em tudo?’, eu digo que ele está presente em tudo por acentuar as desigualdades. É só ver o desemprego. A cara dele é de uma mulher negra de baixa escolaridade”, declarou Portela.

“Esse feriado é pra gente refletir e dizer que o compromisso para enfrentar o racismo deve ser um compromisso de todos nós. Afinal, nós não seremos livres enquanto outros de nós são prisioneiros, mesmo que as correntes deles sejam diferentes das nossas”, concluiu.

Café com Poesia homenageia Joaquim Nabuco no Dia do Nordestino

CULTURA – Atividade da Biblioteca da Alepe reuniu poesia popular e versos em francês. Foto: Jarbas Araújo

No Dia do Nordestino, comemorado em 8 de outubro, o projeto Café com Poesia, promovido pela Biblioteca da Alepe, prestou homenagem nesta terça à obra poética de Joaquim Nabuco (1849-1910). O evento atestou que o patrono do Legislativo Estadual é um dos pernambucanos mais cosmopolitas e multifacetados da história. A ação ocorreu na sede da Aliança Francesa do Recife, no bairro do Derby, em cooperação com a diretoria cultural da instituição de ensino.

De acordo com a gerente da Biblioteca da Alepe, Sirlênia Araújo, a essência do Nordeste está tanto na obra de grandes intelectuais nascidos na região, quanto no trabalho dos poetas populares que cantam a história, as lutas e as alegrias da terra através de suas rimas. “Essa junção, no Café com Poesia, é um convite para refletirmos sobre a trajetória de Joaquim Nabuco que, apesar de ser um diplomata, político, embaixador e poeta, nunca se desvinculou de suas raízes”, lembrou. 

Inéditos

No evento, houve apresentação do Coral Vozes de Pernambuco, formado por servidores e colaboradores da Alepe, e recitação de versos pelo poeta popular Júnior Vieira e pelo cordelista Cícero Lins de Moura. Já as estudantes da turma avançada da Aliança Francesa apresentaram poesias escritas em francês por Nabuco, ainda não traduzidas para o português, extraídas dos livros “Amour et Dieu”, de 1874, e “Pensées detachées et souvenirs”, de 1906 (‘Amor e Deus” e “Pensamentos separados e lembranças”, respectivamente, em livre tradução).

CANTO – Coral Vozes de Pernambuco se apesentou na Aliança Francesa. Foto: Jarbas Araújo

A responsável pela Diretoria Cultural da Aliança Francesa do Recife, Azillis Pierrel, acredita que a França foi um lugar importante para que Nabuco, ainda jovem, construísse a figura pública e política que se tornou. “O idioma francês permitiu a ele fazer trocas com intelectuais de outros países que também estavam em Paris e desenvolver ideias, como, por exemplo, o pensamento abolicionista”, disse. Sobre a utilização pedagógica da obra de Nabuco para o ensino do francês, Azillis ressaltou a importância de as estudantes participantes do evento se darem conta de que têm, sim, a capacidade de recitar poesia em outra língua e de apreciar as palavras e expressões escolhidas pelo autor.

Biografia

Joaquim Aurélio Barreto Nabuco de Araújo (1849-1810) atuou como jurista, político, diplomata, abolicionista, jornalista, memorialista, historiador e poeta. Ele é um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras (ABL). 

Oriundo de famílias ligadas à aristocracia portuguesa e a cristãos novos estabelecidos no Brasil, Nabuco nasceu em Recife no dia 19 de agosto de 1849 e passou parte da infância no Engenho Massangana, localizado no município do Cabo de Santo Agostinho (Litoral Sul). Morou ainda no Rio de Janeiro e passou por alguns países europeus, incluindo a França. 

Foi autor de diversas obras, entre elas, “O abolicionismo” (1883) e “Minha formação: memórias” (1900). Atuou também como um dos mais importantes diplomatas do Brasil imperial, sendo um fervoroso defensor do fim da escravidão no país. Morreu em Washington, no Estados Unidos, em 17 de janeiro de 1910.

Alepe promove Café com Poesia sobre autoestima

SAÚDE MENTAL – O evento trouxe o tema da prevenção ao suicídio. Foto: Nando Chiappetta

Nesta quinta (26), a Alepe promoveu mais uma edição do Café com Poesia, no auditório Ênio Guerra. Com o tema voltado para a campanha Setembro Amarelo, destinada à prevenção do suicídio, cordelistas e poetas compartilharam seus textos e prosas acerca da autoestima. Além disso, o encontro contou com a palestra da psicóloga Ana Cristina Fonseca, assim como a apresentação do Coral Vozes de Pernambuco.

Coordenadora-geral de graduação do Centro Universitário Frassinetti do Recife (Fafire), Ana Cristina Fonseca destacou a necessidade de conscientização acerca da saúde mental. Aproveitando a presença dos alunos da Escola de Referência em Ensino Médio Ginásio Pernambucano na plateia, ela destacou que o Brasil é o país mais ansioso do mundo. “São 38 casos de suicídio registrados por dia. Então é muito importante encontrar tantos adolescentes aqui, porque é especialmente para essa geração que devemos falar”, reforçou a psicóloga.

Em seguida, os participantes declamaram poemas sobre a temática de autoestima. De acordo com Jorge Bernardo, servidor da Casa e escritor, as palavras têm um papel importante dentro da vida das pessoas, sendo importante divulgar trabalhos como os apresentados no evento. “A poesia é uma emoção transmitida pelo poeta, através de seus sentimentos. Todos tem um pouco desse lado poético dentro de si”, afirmou.

CORAL – O evento teve a participação do Vozes de Pernambuco. Foto: Nando Chiappetta

Por sua vez, a estudante Maria Júlia reforçou a importância da ação, especialmente para alunos da sua idade. “É muito interessante estar aqui e conhecer a cultura de Pernambuco e de outros lugares pelos poemas e cordeis”, destacou.

Evento

Desde 2009 a biblioteca da Alepe promove o Café com Poesia. As edições têm temas variados, como o Dia da Mulher ou o Dia Mundial da Conscientização do Autismo, com objetivo de aproximar a comunidade Alepe das pautas.

Em caso de necessidade, procure o Centro de Valorização da Vida (CVV) pelo telefone 188 ou pelo site www.cvv.org.br.

Com 1º FestCoros Alepe, Coral Vozes de Pernambuco comemora 21 anos

AUDITÓRIO LOTADO – Mais de 100 coristas de seis diferentes coros do Estado participaram do festival, realizado no Auditório Sérgio Guerra. Fotos: Giovanni Costa

Patrimônio do Poder Legislativo Estadual, o Coral Vozes de Pernambuco completou 21 anos de atividades ininterruptas na Alepe, em 2023. Composto por funcionários, servidores e demais colaboradores da Assembleia Legislativa, o grupo tem como missão levar música, arte e cultura ao povo pernambucano, seja nas sessões solenes da Casa ou nas apresentações que realiza em todo o Estado.

Para marcar a data, aconteceu, nesta quinta-feira (23), a primeira edição do FestCoros Alepe. O evento, organizado pelo Departamento de Projetos Sociais Institucionais da Assembleia Legislativa, contou com a participação de 115 coristas, que compõem seis corais recifenses, incluindo o Vozes de Pernambuco (maestrina Míriam Cecília Gomes): Grupo Athos Vocal (maestrina Ozani Malheiros), Coro Dom da Alegria (maestrina Mônica Muniz), Associação Coral Nossa Música (maestrina Míriam Cecília Gomes), Coro Via Voz (maestro João Coimbra) e Coro de Câmara do Conservatório Pernambucano de Música (maestrina Mônica Muniz).

INTEGRAÇÃO – “O FestCoros é a possibilidade do Poder Legislativo dialogar com outros grupos de canto e coral do Estado”, ressaltou o superintendente-geral da Alepe, Isaltino Nascimento

“O Coral Vozes de Pernambuco é a ação social e cultural mais longeva da Alepe. O objetivo é aproximar a Casa Legislativa da população pernambucana, por meio da música. O FestCoros é a coroação dos 21 anos do grupo, que conta com total apoio da Mesa Diretora. A ideia do evento é incentivar o canto coral aqui no Estado e criar um espaço onde os coros possam se apresentar”, disse Cristiane Alves, chefe Departamento de Projetos Sociais Institucionais.

Membro fundador e atual coordenador do Vozes de Pernambuco, o consultor legislativo José Carlos Santana destacou as conquistas que o coral teve nas duas últimas décadas. “Já tivemos grandes maestros, como José Beltrão da Cunha, Josias Gouveia e Mônica Muniz. Hoje, Miriam Cecília tem conduzido o grupo para apresentações mais acentuadas e um repertório mais regionalizado”, afirmou o coordenador.

“Ao longo desses últimos anos, tivemos um crescimento bem positivo. Espero que essa edição do FestCoros seja a primeira de muitas outras”, disse Luiz Tavares, integrante há sete anos do grupo da Alepe.

“O FestCoros é mais um espaço para promover o canto coral aqui no Estado. A Alepe está de parabéns por essa iniciativa. Espero que mais portas sejam abertas para nossos grupos”, ressaltou Maria Suely Farias, presidente da Associação Brasileira de Canto Coral em Pernambuco (AbCantoCoral).

Já o superintendente-geral da Alepe, Isaltino Nascimento, falou do orgulho de realizar o evento na Alepe. “O FestCoros é a possibilidade do Poder Legislativo dialogar com outros grupos de canto e coral do Estado. É  um momento significativo para mostrar, celebrar e parabenizar todos aqueles que compuseram e que atualmente compõem o Coral Voz de Pernambuco”, finalizou o gestor.

VOZES – Formado por colaboradores da Alepe, o Coral Vozes de Pernambuco foi fundado em 2002 e defende a valorização da música popular brasileira e dos ritmos do Estado

Histórico 

Criado em setembro de 2002, por iniciativa do então deputado João Negromonte, o Coral Vozes já se apresentou em várias cidades pernambucanas. Desde o início, o grupo tem como característica principal a  valorização da música popular brasileira, em especial dos múltiplos ritmos do Estado, como o maracatu, frevo, caboclinho, forró e cavalo marinho. A intenção é contribuir com a promoção, valorização e divulgação da cultura nordestina.

Com o apoio da Mesa Diretora, os membros do grupo já participaram de Encontros de Corais Nacionais e Internacionais tanto em Pernambuco quanto em outros estados do Nordeste. Em 2003, gravou seu primeiro álbum, cujo repertório é formado por canções regionais. Desde então, o Coral Vozes de Pernambuco está consolidado na estrutura administrativa da Alepe e representa um importante vetor na política de valorização dos elementos culturais do Estado.