Debate sobre legislação e direitos encerra o 1º Fórum Alepe Mulher

ENCERRAMENTO – Debate abordou algumas das barreiras enfrentadas por mulheres no campo jurídico. Foto: Giovanni Costa

Nesta sexta (15), aconteceu o último dia do 1º Fórum Alepe Mulher. Mediadas pela deputada Débora Almeida (PSDB), as palestras de encerramento tiveram como enfoque o tema “Legislação e Direitos”, e foram ministradas por Daniela Mello, advogada e integrante da Comissão de Direito do Trabalho da OAB/PE; Daisy Pereira, desembargadora do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE); e pela delegada Bruna Falcão.

A mesa de trabalhos ainda foi composta pela superintendente de Comunicação Social da Alepe, Helena Alencar, pela chefe de gabinete Fernanda Iara, e pela servidora mais antiga da Casa, Maria do Socorro, que trabalha há 43 anos na Alepe.

Estudantes da Unibra, Faculdade de Ciências Humanas de Olinda (Facho) e da Faculdade de Escada (Faesc) acompanharam o debate no auditório Sérgio Guerra.

Debate

Iniciando o encontro, Daniella Melo abordou os empecilhos colocados nas trajetórias de mulheres, dentro e fora da área do Direito: “A sociedade sempre nos negou o direito de pertencimento, nossas conquistas são muito recentes. São as dores da exclusão estrutural.”

Ela ainda reforçou a importância da presença feminina em locais políticos: “A conquista afetiva do pertencimento não se faz possível sem a representatividade. Devemos olhar para a história, para o local onde a mulher foi colocada constantemente.”

O fórum teve sequência com a participação da desembargadora Daisy Pereira. À frente da Coordenadoria da Mulher do TJPE desde 2016, ela explicou que o grupo funciona como um braço gestor do Poder Judiciário na elaboração de políticas públicas de prevenção e enfrentamento à violência doméstica e familiar.

“Nossos projetos auxiliam as pessoas a conhecerem a Lei Maria da Penha, assim como a se aprimorarem do seu conteúdo e se encorajarem a utilizá-la”, destacou.

Ela citou algumas das iniciativas lançadas pela coordenadoria, como o projeto ‘Mãos Empenhadas Contra a Violência’, realizado junto a profissionais que atuam em salões de beleza, e o projeto ‘Recomeçar’, que promove ações voltadas à reinserção social de mulheres em privação de liberdade e é feito em parceria com o Sebrae.

O último encontro do fórum também contou com as apresentações do Coral Vozes de Pernambuco, formado por servidores da Alepe, e da cantora Cristina Amaral.

Avaliação

Superintendente-geral da Alepe, Isaltino Nascimento celebrou a 1º edição do fórum, destacando o cronograma diverso do evento: “Foi muito positivo ter místicas de abertura e encerramento, feito por mulheres, ter duas palestrantes a cada dia, a presença das universidades e uma divisão de temáticas.”

Ele ainda pontuou o sucesso de divulgação, levando em conta a Casa cheia, todos os dias: “Tivemos também a divulgação externa, o que era a nossa intenção. Fazer com que a Assembleia possa ter esse diálogo com a população e sociedade como um todo é muito importante.”

Por fim, o superintendente compartilhou os planos para o futuro, salientando os aprendizados oriundos da ação: “Certamente ganharemos experiência para o fórum seguinte”, concluiu.

Penúltimo dia do Fórum Alepe Mulher discute o enfrentamento à violência

DIÁLOGO COM AS UNIVERSIDADES – Alunos da Unicap, Faculdade de Ciências Humanas Esuda e Unibra formaram a plateia do penúltimo dia do evento. Fotos: Roberta Guimarães

O penúltimo dia do 1º Fórum Alepe Mulher teve como foco, nesta quinta (14), o debate sobre o ‘Enfrentamento à violência’. Mediadas pelas deputadas Delegada Gleide Ângelo (PSB) e Dani Portela (PSOL), as palestras contaram com a presença de Andréa Rodrigues e Paula Limongi, representando o projeto ‘Banco Vermelho’; além de Cileide Silva, primeira mulher beneficiada com a Lei Maria da Penha, e Lucidalva Nascimento, primeira advogada do Brasil a requerer a lei.

A plateia foi formada por alunos da Unicap, Faculdade de Ciências Humanas Esuda e Unibra, essa última representada na mesa pela professora Taciana Brum. O encontro contou ainda com a apresentação artística da cantora Rafa Magalhães.

FACILITADORAS – As deputadas Gleide Ângelo e Dani Portela comandaram o debate desta quinta

Abrindo o debate, a deputada Gleide Ângelo salientou a importância do evento: “Se não trouxermos pessoas que entendam o problema da violência doméstica, não vamos conseguir resolvê-lo. A nossa luta é por uma sociedade justa e igualitária tanto para mulheres quanto para homens. E precisamos de pessoas que queiram solucionar essas barreiras, e não tenho dúvida de que quem está aqui, quer exatamente isso.”

PALESTRANTES – Andrea Rodrigues e Paula Limongi vieram à Alepe para falar da iniciativa do Banco Vermelho

A primeira palestra do dia foi realizada por Andrea Rodrigues e Paula Limongi, presidente e diretora-executiva do Instituto Banco Vermelho no Brasil, respectivamente. Andrea conheceu a iniciativa na Espanha, logo após o feminicídio da engenheira Patrícia Santos, amiga próxima da ativista. Inspirada pelo movimento, trouxe a ação para o Brasil e segue expandindo suas atividades: “Eles parecem ser um banco como qualquer outro, mas vão muito além. Eles cumprem a função de ser um lugar para sentar, mas mandam você levantar e agir. Temos que fazer barulho, é o nosso levantar que move o poder público.”

DEFENSORA DO DIREITO DAS MULHERES – Lucidalva Nascimento relatou sua experiência pioneira com a Lei Maria da Penha

Ativista do enfrentamento ao racismo e pós-graduada em direitos humanos, Lucidalva Nascimento foi a primeira advogada a requerer a aplicação da Lei Maria da Penha no Brasil, 40 dias após a norma ter sido sancionada, em 2006. “A Lei Maria da Penha salva vidas, previne a violência, protege as mulheres e pune os agressores. Precisamos fortalecer as políticas públicas de prevenção à violência contra as mulheres: nas escolas, na universidade, em todos os lugares”.

DIREITOS GARANTIDOS – Pernambucana, Cileide Silva foi a primeira mulher a ser amparada pela nova legislação da Lei Maria da Penha, em 2006

Primeira vítima a utilizar a Lei Maria da Penha no Brasil, Cileide Silva utilizou a tribuna para fazer um relato pessoal. “Sofri violência doméstica por 20 anos. O agressor tem um perfil: ele o afasta da família e dos amigos, que são as pessoas que podem acolhê-la, controla seu jeito de se vestir, diz que você não precisa arrumar emprego e você termina dependendo dele pra tudo. Ele me batia, e batia nos meus filhos, e eu achava que a culpa era minha. Com a ajuda da minha filha, procurei o Centro das Mulheres do Cabo, que me acolheu e me salvou. Precisamos mostrar aos nossos filhos o que é certo e o que errado para que eles não sejam consumidos por essa doença terrível que é o machismo”.

MOMENTO CULTURAL – A cantora Rafa Magalhães encerrou as atividades do dia com sua apresentação cultural

Realizado no auditório Sérgio Guerra, o fórum continua com extensa programação de palestras e apresentações artísticas até esta sexta (15). Veja aqui as atividades.

Poder Legislativo lança Formação Alepe Antirracista

No contexto de combate ao racismo e promoção da igualdade racial, a Assembleia Legislativa de Pernambuco realiza a Formação Alepe Antirracista, voltada para a Comunidade Alepe. O curso começa em 22 de março e segue até 23 de agosto, com encontros quinzenais, e as inscrições podem ser realizadas com a Elepe, através do ramal 2469, das 8h às 13h, ou pelo link bit.ly/inscricaoantirracista.

A iniciativa visa capacitar e sensibilizar funcionários da instituição sobre questões raciais. Serão abordados desde os fundamentos do antirracismo até a construção de práticas inclusivas no ambiente de trabalho. Confira os módulos:

Módulo 1: Fundamentos do letramento racial e do antirracismo
Módulo 2: Racismo estrutural e suas manifestações
Módulo 3: Desconstruindo o racismo e construindo uma identidade antirracista
Módulo 4: Construindo uma cultura organizacional antirracista e inclusiva
Módulo 5: Monitoramento e Avaliação

Kizomba Antirracista

O lançamento da Formação Alepe Antirracista acontecerá no Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial, 21 de março, quando será realizada uma Kizomba Antirracista. Kizomba significa festa ou encontro em Kimbundu, uma língua falada em Angola, simbolizando a união e a força coletiva na luta contra o racismo.

O evento contará com palestras, debates, apresentações musicais e o lançamento do Caderno da 1ª Jornada Antirracista. A Kizomba Antirracista acontece no Auditório Sérgio Guerra, a partir das 14h, e as inscrições podem ser realizadas neste link: www.even3.com.br/kizomba-antirracista.

Programação da Kizomba Antirracista

– Abertura com Nana Sodré e apresentação cultural da Banda Café Preto, às 14h;
– Palestra: “21 de março: reflexões sobre o caminho para a igualdade racial”, com a professora Valdenice José Raimundo (UNICAP);
– Palestra: “A contribuição da cultura afro-brasileira para a formação da identidade nacional”, com o professor Clébio Correia de Araújo (Universidade Estadual de Alagoas);
– Lançamento do Caderno da 1ª Jornada Antirracista, mesa presidida pelo professor Ari Cruz (UFPE);
– Discussão “Caderno Alepe Antirracista, reflexões e significados”, com o professor Edilson Souza (UFPE);
– Apresentação da Formação Alepe Antirracista por Rodrigo Marinho, coordenador pedagógico;
– Apresentação cultural de encerramento com Lepê Correia.

Alepe Antirracista

Tanto a Formação Alepe Antirracista quanto o evento de lançamento Kizomba Antirracista fazem parte da série de ações Alepe Antirracista, projeto iniciado em novembro de 2023 na Assembleia Legislativa de Pernambuco, que tem como objetivo de sensibilizar e capacitar as pessoas que trabalham na casa legislativa sobre a importância de enfrentar o racismo e valorizar a diversidade étnica.

Serviço

Formação Alepe Antirracista
Inscrições: Elepe (ramal 2469), 8h às 13h, ou pelo link bit.ly/inscricaoantirracista
Quando? 22 de março a 23 agosto de 2024, com encontros quinzenais

Kizomba Antirracista
Quando? 21 de março, às 14h
Onde? Alepe | Auditório Sérgio Guerra
Inscrições: www.even3.com.br/kizomba-antirracista

Saúde mental em debate no Fórum Alepe Mulher

AUDITÓRIO CHEIO – No seu terceiro dia, o evento contou com a participação de alunos e professores da Unifafire e FPS. Fotos: Rebeca Alves

Dando sequência às atividades da semana, o 1º Fórum Alepe Mulher trouxe, nesta quarta (13), palestras que destacaram o tema ‘Saúde mental da mulher’. O debate foi mediado pela deputada Simone Santana (PSB) e teve como palestrantes a médica psiquiatra Kátia Petribu, a professora da Unifafire Ana Cristina Fonseca, e a criadora de conteúdo organizacional Gisely Melo. A plateia foi formada por alunos da Unifafire e da Faculdade Pernambucana de Saúde (FPS), representada na mesa pela coordenadora do curso de Educação Física da instituição, Cristianne Tomasi.

SAÚDE NA PAUTA – A deputada Simone Santana mediou as palestras do evento

A primeira palestra do dia foi da docente Ana Cristina Fonseca, que abordou dois dos principais temas relacionados à saúde mental: a síndrome do Burnout e o gaslighting – tipo de manipulação psicológica na qual o abusador distorce a realidade no intuito de fazer com que a vítima duvide da própria sanidade mental. Segundo a professora, existem três principais pontos causadores e influenciadores desses fenômenos: a sobrecarga, a insegurança financeira e o esgotamento.

TEMAS QUE MERECEM ATENÇÃO – Ana Cristina destacou a síndrome do Burnout e o gaslighting são uns dos principais problemas relacionados à saúde mental da mulher

Ela ainda apontou as consequências da chamada economia do cuidado como um fator estressante das desigualdades vivenciadas pela mulher: “Existe a exigência social de que a mulher, exclusivamente, cuide das crianças e dos idosos da sua família. Cria-se uma sobrecarga, um acúmulo de tarefas, e as mulheres se encontram na posição de vencer mais etapas do que os homens”.

De acordo com a psiquiatra Kátia Petribu, que também é mestre em Neuropsiquiatria e Ciências do Comportamento (UFPE), a cobrança social e as alterações hormonais fazem com que a mulher fique mais suscetível a alterações de humor, ansiedade e à depressão.

“As mulheres podem ter vários tipos de depressão, alguns, inclusive, exclusivos delas, como a depressão pós-parto. Os principais sintomas da doença são o humor deprimido, a perda de interesse ou de prazer pela maioria das coisas, a redução da capacidade de concentração, os sentimentos de culpa ou inutilidade e os pensamentos recorrentes de morte. Quando esses sintomas se apresentam de forma frequente, por no mínimo 15 dias seguidos, identifica-se um quadro de depressão”, disse Petribu.

DE OLHO – Psiquiatra, Kátria Petribu ressaltou que as mulheres devem ficar atentas aos sintomas e aos sinais que os corpos dão

A médica ainda reforçou a importância de hábitos que contribuam para a manutenção da saúde mental, como a realização de exames médicos, o acompanhamento psicológico, a prática de exercícios físicos e o relacionamento com as pessoas.

Criadora de conteúdo voltado à organização, com foco na saúde mental, e autora do livro Procrastina não e do manual Corpo, Mente e Espírito, Gisely Melo relatou experiências de recomeço emocional. “Na pandemia da Covid-19, enfrentei um processo de divórcio e passei a morar só. Entrei na terapia e comecei a organizar uma agenda semanal de atividades, assim como um diário, onde anotava diariamente o que julgava importante ser levado para a terapia. Foi uma evolução lenta, porém consistente”.

DICAS DE ORGANIZAÇÃO – A palestrante Gisely Melo falou da importância de se manter atividades bem definidas para uma rotina mais saudável

Gisely listou algumas das ações que adotou para combater sentimentos de ansiedade. “Passei a reduzir o uso do celular e das redes sociais, a aprender a viver bem sozinha, a praticar exercícios físicos e a me desobrigar de ter que tomar tantas decisões.”

O terceiro dia do Fórum Alepe Mulher ainda contou com a participação da professora Adriana Albuquerque do Ó, que apresentou técnicas de respiração contra a ansiedade, e do grupo de teatro Cenede, da Unifafire, que fez uma esquete sobre o gaslighting.

PERFOMANCE – Apresentação do grupo de teatro da Unifafire no Auditório Sérgio Guerra

Realizado no auditório Sérgio Guerra, o fórum continua com extensa programação de palestras e apresentações artísticas até a próxima sexta (14). Acesse aqui para conferir todas as informações e fazer sua inscrição.

‘Alepe Mulher Saúde’ realiza três mil atendimentos

CASA ABERTA À POPULAÇÃO – A ação movimentou várias áreas e setores da Alepe na última semana. Foto: Nando Chiappetta

O Dia Internacional da Mulher, na última sexta (8), marcou o encerramento de mais uma edição do programa ‘Alepe Mulher Saúde’. A iniciativa, capitaneada pela Assembleia Legislativa, ofereceu ao longo da semana uma série de atendimentos gratuitos para os servidores da Casa e a população em geral.

Com serviços de saúde e cidadania, foram oferecidos centenas de atendimentos exclusivos às mulheres, tendo como ênfase a prevenção, autocuidado e bem-estar. Ao todo, foram totalizados procedimentos entre exames de mamografia e clínicos de mama, tireoide, consultas oftalmológicas e odontológicas.

Na área de cidadania, direitos humanos e do consumidor, as pessoas puderam ser atendidas nos postos montados pelo Detran-PE, Defensoria Pública, Neoenergia, Secretaria de Defesa Social (SDS), Secretaria Estadual da Mulher e o Procon-PE, parceiros da ação.

DESCENTRALIZAÇÃO – Os serviços de atendimento à população integram o ‘Alepe Cuida’, programa itinerante de saúde e bem-estar do Poder Legislativo. Foto: Roberta Guimarães

“O objetivo da Alepe é cuidar da mulher como um todo, não só da parte da saúde, mas também do seu bem-estar. Por isso, tivemos uma série de serviços durante a programação dessa semana”, disse o superintendente de Saúde e Medicina Ocupacional da Alepe, Wildy Ferreira.

Durante a ação, as pessoas tiveram ainda a oportunidade de fazer testagem rápida para o HIV, sífilis e hepatites, vacinação, aferição de pressão arterial e glicemia e ainda usar os serviços ambulatoriais do pé diabético, serviço extra voltado para pacientes com complicações provocadas pelo diabetes.

Presente pela primeira vez no ‘Alepe Mulher Saúde’, a aposentada Shelley Ramos, de 64 anos, falou da necessidade de ter mais espaços de atendimento voltados ao bem-estar da população: “São exames muito importantes, que precisam ser feitos, e são normalmente muito caros. Para pessoas desempregadas, ou aposentadas, é difícil pagar por planos de saúde e consultas isoladas. Então, é uma prestação de serviço importante”, afirmou.

CICLO DE ATIVIDADES – Inteiramente gratuita, a iniciativa marca as comemorações do Mês da Mulher na Alepe. Foto: Roberta Guimarães

Fórum

Com o encerramento do ‘Alepe Mulher Saúde’, a Casa Legislativa vai promover o 1º Fórum Mulher. Agendado para acontecer entre os dias 11 e 15 de março, o evento conta com a realização de palestras e debates sobre as vivências, lutas e os direitos das mulheres. Inscreva-se aqui gratuitamente.

Abertura de fórum destaca importância da mulher na política

PRIMEIRO DIA – A deputada Socorro Pimentel representou a Mesa Diretora da Alepe no evento. Fotos: Nando Chiappetta

A Assembleia Legislativa de Pernambuco deu início, nesta segunda (11), à série de palestras e debates do 1º Fórum Alepe Mulher, mais uma ação inserida na programação de atividades organizadas pela Casa para marcar a passagem do Dia Internacional da Mulher, comemorado mundialmente em 8 de março. As palestras têm como temáticas as vivências, lutas e os direitos das mulheres.

O primeiro dia do fórum, que teve como destaque o tema ‘Mulheres na Política’, foi aberto pela deputada Socorro Pimentel (União), representando a Mesa Diretora da Alepe. A parlamentar falou da importância de debater o tema dentro do âmbito do Legislativo. “É muito importante partilhar informações pertinentes, assuntos que fazem parte do nosso dia a dia, como a desigualdade de gênero, a questão salarial e tudo mais que permeia a realidade da mulher”, afirmou.

HOMENAGEM – As participantes foram agraciadas com uma placa comemorativa do 1º Fórum Mulher Alepe

Prefeita de Canhotinho e esposa do presidente da Alepe, deputado Álvaro Porto (PSDB), Sandra Paes parabenizou a ação do Poder Legislativo. “Ainda somos minoria na política e estamos sempre lutando para que nossos direitos e espaços sejam respeitados. Então, ações como essa são sempre muito bem-vindas. Parabéns à Alepe por essa iniciativa”.

Representando o Poder Executivo do Estado, a secretária executiva da mulher, Juliana Gouveia, relatou algumas das ações programadas pelo Governo para o mês de março. “Estamos com uma vasta programação, como cursos, seminários e ações em parceira com as Polícias Civil e Militar para fortalecer o enfrentamento à violência contra as mulheres”, disse a gestora.

Deputadas na tribuna

ORDEM DO DIA – Dani Portela destacou a necessidade de debater a desigualdade de gênero na política

Também presente ao encontro, a deputada Dani Portela (PSOL) delineou a presença da mulher no campo político: “Temos que abandonar o que se pensa como papéis delimitados para a mulher e o homem. Infelizmente, a política não foi pensada para ser ocupada por nós, as mulheres incomodam. A luta é árdua, mas iniciativas como este fórum de debate são muito importantes no processo de combate à desigualdade de gênero na política”, ressaltou a parlamentar.

TODAS JUNTAS – Simone Santana destacou a união das deputadas para avançar e vencer as adversidades

A deputada Simone Santana (PSB) realçou a relevância da união das parlamentares diante das adversidades encontradas no meio político: “Somos de diferentes partidos e segmentos, mas nos unimos como mulheres, acima de tudo. Queremos direitos iguais, e não é fácil. O combate à cultura desses preconceitos é constante e diário”.

LUTA – Débora Almeida lembrou que a violência política ainda afasta muitas mulheres dos espaços de poder

A parlamentar Débora Almeida (PSDB) descreveu suas experiências como deputada e mulher, denunciando a realidade não só dela, mas de muitas outras dentro deste cenário: “A gente precisa falar sobre o que é a violência política. Envolve a pressão psicológica, a descrença de suas capacidades, a ridicularização de suas palavras. Devemos dar nome à essa violência, é importante nos posicionarmos”, destacou.

Debate

A primeira palestra do dia foi conduzida pela assistente social, psicanalista e integrante da Rede de Mulheres Negras, Itanacy Oliveira. Ela ressaltou que a mulher tem o direito de estar no lugar que ela quiser, inclusive nos espaços de poder.

REPRESENTATIVIDADE – A primeira palestrante do dia destacou a atuação de entidades da sociedade civil para ampliar a presença de mulheres negras na política

Itanacy relatou o trabalho de organizações da sociedade civil em defesa de uma maior participação das mulheres negras no cenário político. “A pauta da mulher negra é a que mais garante o avanço de direitos sociais: direito à vida, direitos das crianças, dos idosos e também projetos voltados à segurança. Precisamos dar visibilidade às mulheres negras periféricas e esse é o trabalho que é feito pela Rede de Mulheres Negras e pelo projeto ‘Eu Voto em Negra’. Fazemos um trabalho de preparação desse público para o ingresso no processo eleitoral, também oferecendo conhecimento sobre a identidade racial e sobre técnicas de fala. A visibilidade delas dentro dos partidos eleitorais, porém, ainda é um grande desafio”, disse a palestrante.

Segunda conferencista do dia, a cientista política Priscila Lapa apresentou exemplos de países onde há uma maior participação feminina na política e os resultados positivos dessa realidade. “A Islândia é o país com o menor índice de desigualdade na política de acordo com a questão de gênero. Lá, eles investiram em quatro pilares: grande representação política, uma vez que as islandesas ocupam 47,6% dos assentos políticos; lei de igualdade salarial; licença maternidade e paternidade igualitária; e forte subsídio a creches. O país destina 1,7% do seu PIB à educação infantil. Isso significa que as famílias islandesas destinam apenas 5% de sua renda para essa fase da vida dos filhos, enquanto que países como os EUA, por exemplo, investem 19%.”

ENTREGA DE RESULTADOS – Priscila Lapa falou dos ganhos que a política ganha com a atuação das mulheres

A cientista política ainda destacou dados do Instituto Alziras – ONG criada para apoiar as executivas municipais -, informando que as cidades comandadas por mulheres desenvolvem melhores políticas sociais como a construção de mais creches, escolas e postos de saúde. “Os processos de organização, como o da Rede de Mulheres Negras, são muito importantes para o avanço dessas pautas em defesa da mulher”, concluiu Priscila Lapa.

Cultura e arte

APRESENTAÇÃO CULTURAL – O Afoxé Oyá Alaxé fez uma participação especial no primeiro dia do Fórum Alepe Mulher

O dia de abertura do 1º Fórum Alepe Mulher ainda contou com a apresentação do Coral Vozes de Pernambuco, formado por colaboradores do Legislativo estadual, e do Afoxé Oyá Alaxé, grupo de representação da cultura afro-brasileira, fundamentado nos princípios do candomblé nagô, fundado há 20 anos e integrado por mulheres.

Serviço

Ao longo da semana, o fórum terá continuidade com novas palestras e apresentações artísticas. Confira a programação completa e inscreva-se gratuitamente aqui.

No Mês da Mulher, Alepe oferece atendimentos de saúde e cidadania à população feminina

GRATUITO – O atendimento segue até a próxima sexta (8). Fotos: Rebeca Alves

Para abrir as comemorações em torno do Mês da Mulher, a Alepe deu início, nesta terça (5), a uma série de atendimentos gratuitos para os servidores da Casa e a população. Com serviços de saúde e cidadania, o programa ‘Alepe Mulher Saúde’ terá continuidade nos dias 7 e 8 de março (quinta e sexta), como parte da programação em homenagem ao Dia Internacional da Mulher. Toda a programação será feita em frente à sede da Assembleia Legislativa (Rua da União, 397 – Boa Vista, Recife – PE).

Até sexta (8), serão oferecidos centenas de atendimentos exclusivos para as mulheres, com ênfase na prevenção, autocuidado e bem-estar. Ao todo, serão disponibilizados 760 atendimentos entre exames de mamografia e clínicos de mama (a partir dos 40 anos), tireoide, consultas oftalmológicas e odontológicas.

Também há serviços de cidadania, direitos humanos e do consumidor. Os agendamentos para os atendimentos de saúde foram realizados por meio de uma central telefônica da Alepe, no período de 26 a 28 de fevereiro.

AUTOCUIDADO – Ações de bem-estar também estão sendo oferecidas

“O objetivo da Alepe é cuidar da mulher como um todo, não só da parte da saúde, mas também do seu bem-estar. Por isso, oferecemos uma série de serviços”, disse o superintendente de Saúde e Medicina Ocupacional da Alepe, Wildy Ferreira.

Durante a ação, as pessoas poderão fazer testagem rápida para o HIV, sífilis e hepatites, vacinação, aferição de pressão arterial e glicemia e ainda usar os serviços ambulatoriais do pé diabético, serviço extra voltado para pacientes com complicações provocadas pelo diabetes.

Servidora da Casa, Jaqueline França vai participar dos atendimentos mais uma vez. Em 2023, durante o mutirão de ações, Jaqueline descobriu a fase inicial de um câncer de tireoide, e agora retorna para a revisão com profissionais. “Essas ações incentivam as pessoas a se cuidarem. Elas acabam vindo e realizando exames, podendo até chegar em um diagnóstico, como foi o meu caso”, disse ela.

A aposentada Shelley Ramos, de 64 anos, visita a ação pela primeira vez e destaca a necessidade de mais espaços de atendimento voltados à população: “São exames muito importantes, que precisam ser feitos, e são normalmente muito caros. Para pessoas desempregadas, ou aposentadas, é difícil pagar por planos de saúde e consultas isoladas. Então, é uma prestação de serviço importante”, afirmou.

COLABORAÇÃO – A iniciativa conta com a participação de diversos parceiros

Parceiros – O ‘Alepe Mulher Saúde’ é coordenado pela Superintendência de Saúde e Medicina Ocupacional da Alepe (SSMO). Além dos serviços médicos, o programa contará com a parceria de outras instituições que colocarão seus serviços à disposição da população. Parceiros como o Detran-PE, Defensoria Pública, Neoenergia, Secretaria de Defesa Social (SDS), Secretaria Estadual da Mulher e o Procon-PE integram a ação.

Fórum – Logo após a programação ‘Alepe Mulher Saúde’, a Casa promoverá o I Fórum Mulher, que acontecerá de 11 a 15 de março, com a realização de palestras e debates com especialistas sobre temas ligados ao universo feminino. Inscreva-se aqui gratuitamente.

Serviço
Alepe Mulher Saúde
(Rua da União, 397 – Boa Vista, Recife – PE)
– 5/3 (terça), das 9h às 16h
– 7/3 (quinta), das 9h às 16h
– 8/3 – (sexta), das 9h às 13h

Assembleia Legislativa abre inscrições para o 1° Fórum Alepe Mulher

A Assembleia Legislativa promoverá, ao longo de março, uma série de atividades em torno do Mês da Mulher.  O Alepe Mulher Saúde segue até o dia 8/3 (veja a programação abaixo), e, em seguida, será realizado o 1º Fórum Alepe Mulher. Com inscrições gratuitas, o evento acontecerá entre os dias 11 e 15/3 (segunda a sexta), no Auditório Sérgio Guerra (Edifício Governador Miguel Arraes de Alencar). Inscreva-se gratuitamente aqui.

A programação busca contribuir para o debate sobre as vivências, as lutas e os direitos das mulheres. Veja as atividades abaixo:

*11/3 (segunda), 9h: MULHERES NA POLÍTICA
Mística de abertura: Coral Vozes de Pernambuco
Palestrante 1: Priscila Lapa
Palestrante 2: Itanacy Oliveira
Mediação: Deputadas Dani Portela, Débora Almeida e Rosa Amorim
Mística de encerramento: Afoxé Oyá Alaxé

*12/3 (terça), 9h: EDUCAÇÃO E TRABALHO
Mística de abertura: Isadora Melo
Palestrante 1: Andrea Butto
Palestrante 2: Rayane Paris
Mediação: Deputadas Simone Santana e Rosa Amorim
Mística de encerramento: Larissa Lisboa

*13/3 (quarta), 9h: SAÚDE MENTAL E BEM ESTAR
Mística de abertura : Adriana Albuquerque do Ó
Palestrante 1: Kátia Petribu
Palestrante 2: Gisely Melo
Palestrante 3: Ana Cristina Fonseca
Mediação: Deputadas Socorro Pimentel e Simone Santana
Mística de encerramento: Grupo de Teatro CENEDE da Unifafire

*14/3 (quinta), 9h: ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA
Mística de abertura: Nena Queiroga
Palestrante 1: Cileide Silva e Dra. Lucidalva Nascimento
Palestrante 2: Andréa Rodrigues Pereira e Paula Limongi
Mediação: Deputadas Dani Portela, Gleide Ângelo e Socorro Pimentel
Mística de encerramento: Rafa Magalhães

*15/3 (sexta), 9h: LEGISLAÇÃO E DIREITOS
Mística de abertura : Coral Vozes de Pernambuco
Palestrante 1: Representante da OAB, Dra. Daniella Melo
Palestrante 2: Desembargadora Daisy Pereira
Palestrante 3: Delegada Bruna Falcão
Mediação: Deputadas Gleide Ângelo e Débora Almeida
Mística de encerramento: Cristina Amaral

Alepe Mulher Saúde

Com oferta de diversos serviços de saúde gratuitos, como exames médicos, vacinação e atendimento odontológico, a programação do Alepe Mulher Saúde acontecerá nos dias 5, 7 e 8/3 (terça, quinta e sexta).

O período de agendamento de exames e consultas já foi encerrado, mas a ação também conta com uma série de serviços de saúde e cidadania que poderão ser acessados pela população no local.

Confira abaixo as ações que serão oferecidas nos próximos dias:

– PÚBLICO EXTERNO

Demanda espontânea

– Neoenergia (negociação de dívida e elaboração de cadastro social)
– Defensoria Pública (exame de DNA e orientação para registro nascimento)
– Detran (orientações para motoristas e solicitação de CNH)
– Procon (orientação de direitos de consumidor)
– SDS (emissão de RG)
– Vacinação
– Testagem rápida para HIV, sífilis e hepatites
– Aferição de pressão arterial e glicemia capilar
– Ambulatório do pé-diabético

– PÚBLICO INTERNO

Demanda espontânea

– Neoenergia (negociação de dívida e elaboração de cadastro social)
– Defensoria Pública (exame de DNA e orientação para registro nascimento)
– Detran (orientações para motoristas e solicitação de CNH)
– Procon (orientação de direitos de consumidor)
– SDS (emissão de RG)
– Vacinação
– Testagem rápida para HIV, sífilis e hepatites
– Aferição de pressão arterial e glicemia capilar
– Ambulatório do pé-diabético

Oficina de Fotografia é oferecida aos servidores da Alepe

AÇÃO FORMATIVA – A oficina é gratuita e, além dos servidores da Alepe, aberta ao público externo. Foto: Bruno Souza

A Assembleia Legislativa deu início, nesta quarta (21), à primeira edição da Oficina de Fotografia com Smartphone. Facilitada por Roberto Soares, fotógrafo que integra a equipe da Superintendência de Comunicação da Alepe (SCOM), a atividade tem como objetivo capacitar os participantes a utilizarem a câmera do celular para produção fotográfica. A ação é uma iniciativa capitaneada pela Escola do Legislativo de Pernambuco (Elepe) e conta com 80 inscritos.

Com 12 horas-aula, o curso prevê abordagem dos princípios básicos do manuseio da câmera e os conceitos fundamentais para produção de imagens no celular, como captura, composição, enquadramento, luz, sombra, edição e compartilhamento. A intenção é sensibilizar e desenvolver o olhar fotográfico.

“O propósito da oficina é oferecer às pessoas uma ideia mais globalizada do que é fotografia. A partir do uso de um smartphone, utilizar a câmera do celular como instrumento de produção de informação e conhecimento”, disse Roberto Soares, responsável pela ação formativa.

Superintendente-geral da Alepe, Isaltino Nascimento destacou a importância da atividade para toda a Comunidade Alepe. “À medida que dominamos essas ferramentas tecnológicas, podemos nos comunicar mais e melhor. Parabéns à Elepe por essa iniciativa e, de antemão, convidamos todos vocês para as demais atividades que serão desenvolvidas em 2024”, afirmou o gestor.

“Como trabalho com rede social e gerenciamento de imagem, é sempre bom manter-me atualizado com tudo o que está em voga na comunicação atualmente. O intuito é sempre melhorar e aperfeiçoar o nosso trabalho no dia a dia”, declarou o jornalista Paulo Victor Moura, assessor de imprensa do deputado federal André Ferreira (PL-PE).

Realizadas no Auditório Ênio Guerra (4º andar, Anexo I), as aulas seguem até o dia 28 de fevereiro, sempre das 14h às 17h. Para mais informações, acesse o perfil da Elepe no Instagram: @escoladolegislativope.

Alepe promove ação de sustentabilidade no Galo da Madrugada

INICIATIVA – A ação beneficiará catadores ligados a cooperativas e moradores de rua. Foto: Diego Nigro/PCR

A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) fechou uma parceria inédita com o Galo da Madrugada para a realização de coleta seletiva, transporte e destinação de produtos recicláveis (plásticos, metais, papéis e vidros) no desfile da agremiação neste sábado (10) de Carnaval. A apresentação oficial do bloco contará com uma ala de cerca de quarenta integrantes que participarão da campanha de incentivo à reciclagem, denominada “Galo 100% Reciclado”. A iniciativa faz parte do Projeto “Carnaval Sustentável Galo da Madrugada, Alepe 2024”.

A ação, que visa promover conscientização ambiental e cidadania, contará com o trabalho de 142 pessoas contratadas para execução da coleta e proporcionará renda aos envolvidos. Entre eles estão associados a cooperativas, catadores de recicláveis individuais e pessoas em situação de rua.

De acordo com a Alepe, a parceria institucional com o Galo da Madrugada é uma ótima oportunidade para mostrar ao público, estimado em 2,5 milhões de pessoas, a importância do consumo e produção responsável de materiais. Ou seja, é momento ideal para se promover educação ambiental, conscientização sobre consumo e incentivo à reciclagem.

Ao longo de 2023, a Alepe realizou diversas ações voltadas para conscientização ambiental, desenvolvimento sustentável e o despertar da cidadania. Dentre elas, destaca-se a exposição ‘Heróis invisíveis’, que teve como objetivo dar voz aos catadores de materiais recicláveis e torná-los ‘visíveis’ diante do poder público e da sociedade.

Também houve a exibição de minidocumentário sobre a trajetória da categoria, distribuição de material educativo em escolas públicas sobre o descarte correto do lixo e o impacto da atuação destes profissionais na natureza e na vida socioeconômica das pessoas e das cidades. Em paralelo a Casa realizou debates e instalou a Frente Parlamentar em Defesa do Cooperativismo.

Para o presidente da Alepe, Álvaro Porto (PSDB), e o primeiro secretário, Gustavo Gouveia (Solidariedade), o convênio reforça o compromisso da Casa com ações sociais e com a preservação do meio ambiente. “Além de conscientizar para a importância da reciclagem, contribuindo para minimizar os efeitos nocivos do excesso de lixo, a iniciativa joga luz sobre o quanto os catadores são fundamentais para esse processo que só traz bons resultados para as cidades e seus habitantes”, afirmam.

De acordo com os parlamentares, os catadores são trabalhadores que prestam um serviço essencial à sociedade. “Não poderíamos deixar de firmar parceria com o Galo da Madrugada nesta ação, cuja mensagem chegará a milhões de pessoas que acompanharão o desfile do bloco, seja presencialmente, seja pela TV ou internet”, destacam.