Alepe firma parcerias voltadas ao aperfeiçoamento de dados pessoais no Legislativo

VISITA TÉCNICA – Representantes da Alepe participaram de reuniões na Assembleia Legislativa de Goiás (foto), Congresso Nacional e Conselho Nacional de Justiça. Foto: Maykon Cardoso/Alego

A proteção de dados pessoais deverá ser reforçada na Assembleia Legislativa de Pernambuco graças a parcerias e troca de experiências com outras casas legislativas. Entre os últimos dias 25 e 27 de março, uma comitiva da Alepe foi a Brasília (DF) e Goiânia (GO) e participou de uma série encontros no Senado Federal, na Câmara dos Deputados e na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) para discutir o cumprimento das exigências da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) no Poder Legislativo.

O principal objetivo da LGPD (Lei 13.709/2018) é garantir a proteção de direitos fundamentais como a privacidade e a intimidade das pessoas, que estão cada vez mais em risco pela grande quantidade de informações coletadas e compartilhadas por empresas privadas e órgãos da administração pública. “Os cidadãos fornecem dados pessoais cotidianamente quando navegam na internet ou preenchem um cadastro para ter acesso a um prédio, por exemplo. Então, a legislação exige que as instituições adaptem seus sistemas e rotinas para proteger essas informações”, explicou o encarregado de proteção de dados pessoais da Alepe, João Victor Rocha Leandro.

De acordo com o servidor, as parcerias com outras casas parlamentares são fundamentais para desenvolver soluções específicas para a proteção de dados no Legislativo: “Algumas medidas de proteção são comuns entre instituições públicas e até privadas. Mas o parlamento também enfrenta questões muito peculiares como a proteção de dados pessoais no processo legislativo ou no funcionamento de uma CPI. Portanto, é fundamental que as próprias casas legislativas firmem parcerias para encontrar soluções conjuntas para esses desafios”, concluiu.

Além de João Victor, também integraram a comitiva da Alepe o ouvidor-executivo da Casa, Douglas Moreno, e o chefe do Departamento de Desenvolvimento e Administração de Sistemas, Clayton Aguiar. As equipes de proteção de dados pessoais da Alego, Senado e Câmara Federal se comprometeram a integrar uma rede, com a Alepe e outras casas legislativas, para facilitar o intercâmbio de experiências e soluções.

CNJ – A comitiva da Alepe também aproveitou a passagem por Brasília para conhecer mais sobre as iniciativas de proteção de dados pessoais no Poder Judiciário. No Conselho Nacional de Justiça (CNJ), os representantes da Casa de Joaquim Nabuco foram recebidos pelo conselheiro e encarregado do CNJ, Luiz Fernando Bandeira, e discutiram dilemas em comum enfrentados por tribunais e casas legislativas no processo de adequação à LGPD.

Biblioteca da Alepe celebra Dia Internacional do Livro Infantil e promove conscientização sobre Autismo

ALEPINHA LITERÁRIA – Crianças receberam exemplares dos livros Quem Mora no Palácio Azul?, lançado em 2023 pelo selo Alepinha Literária. Foto: Jarbas Araújo

A Assembleia Legislativa realizou uma atividade especial, nesta quinta (4), pela passagem do Dia Internacional do Livro Infantil e do Dia Mundial de Conscientização do Autismo, ambos comemorados em 2 de abril. Organizada pela Biblioteca da Alepe, a ação aconteceu na Creche Escola Municipal Ana Rosa Falcão de Carvalho, no bairro de Santo Amaro. A unidade educacional recebeu exemplares do livro Quem Mora no Palácio Azul?, primeira obra do selo Alepinha Literária, e da cartilha Transtorno do Espectro do Autismo, lançada pela Alepe em 2015.

Sirlênia Araújo, gerente da Biblioteca da Alepe, destacou o diferencial desta edição do encontro, alcançando também um público externo: “Pensamos em trazer essa iniciativa para a creche devido a importância da conscientização sobre assuntos, como o espectro autista, desde muito cedo na rotina das crianças. E mesclar essa atividade com a leitura é um prazer, estamos muito felizes com o resultado”, afirmou.

INCLUSÃO – Gerente da Biblioteca, Sirlênia Araújo também fez a entrega da cartilha Transtorno do Espectro do Autismo, também publicada pela Alepe. Foto: Jarbas Araújo

Recheado de atividades lúdicas, o evento acolheu alunos de 4 a 5 anos, abordando com sensibilidade o tema escolhido. A obra Meu dia de sorte, de Keiko Kasza, foi interpretada por um teatro de fantoches. Também houve a exibição do curta Olá, eu sou João – Um Mundo só Meu – Autismo. A atividade ainda contou com a presença da personagem Narizinho, boneca de pano conhecida pela obra de Monteiro Lobato, Sítio do Pica-pau Amarelo, entretendo os alunos no momento de entrega de pirulitos e pulseiras alusivas ao símbolo do autismo, estampadas com o quebra-cabeça colorido.

Coordenadora da Escola Ana Rosa Falcão de Carvalho, Flávia Coutinho ressaltou a importância de ações como essa nas instituições de ensino. “Tudo que vier para somar, que chegue como conhecimento para as crianças, recebemos de braços abertos. Trabalhamos esses temas durante todo o ano, eles participam de tudo que está ao seu alcance”, concluiu.

Poder Legislativo promove lançamento da Comunidade Alepe

ROLETA – O lançamento contou com um sorteio de brindes para servidores e colaboradores da Alepe. Foto: Nando Chiappetta

Visando uma maior integração entre os colaboradores do Poder Legislativo estadual, a Alepe lançou, nesta quarta (3), duas importantes ferramentas voltadas à comunicação interna: um canal de Whatsapp e blog de notícias – ambos inseridos na marca denominada Comunidade Alepe, também inaugurada hoje. Por meio da iniciativa, a Casa pretende garantir mais eficiência na divulgação de eventos, cursos de capacitação, campanhas e demais atividades voltadas aos servidores, conferindo, desta forma, uma melhor prestação de serviço à sociedade.

O superintendente-geral da Alepe, Isaltino Nascimento, ressaltou a importância da disseminação das informações da Casa entre os departamentos. “Queremos que o conjunto que atua aqui na Assembleia Legislativa se sinta parte de uma comunidade. Desde os parlamentares, até os terceirizados. Então, por meio de dinâmicas mais lúdicas, estamos divulgando esses canais de comunicação interna”, afirmou.

Chefe do Departamento de Relações Públicas da Alepe, o jornalista Raero Monteiro salientou o valor positivo do conceito de comunidade, que influencia diretamente nas ações da Assembleia. “A Comunidade Alepe já existe com o corpo funcional da Casa, que trabalha muito para a instituição cumprir suas funções sociais da melhor forma. Agora, temos uma marca voltada ao público interno e criamos canais de comunicação específicos para impulsionar as ações de integração, capacitação e mobilização entre os colegas da Assembleia”, reforçou.

A ação de lançamento do Whatsapp e do Blog Comunidade Alepe (comunidade.alepe.pe.gov.br) também contou com uma dinâmica de lazer para os colaboradores, que concorreram a brindes durante atividades coordenadas por arte-educadores. “Uma ação como essa é muito importante, principalmente por promover uma integração coletiva”, comentou Cristiane Alves, servidora da Assembleia.

Alepe celebra 189 anos

TRIBUNA DE HONRA – A solenidade reuniu autoridades e representantes de diversos poderes e instituições do Estado. Foto: Jarbas Araújo

Símbolo da democracia pernambucana, a Alepe completou 189 anos no último dia 1º de abril. Para marcar a passagem da data, uma sessão solene especial foi realizada no auditório Sérgio Guerra, nesta terça (2).

Comandada pelo presidente do Poder Legislativo Estadual, deputado Álvaro Porto (PSDB), a cerimônia teve apresentação do instrumentista Beto Hortis, do maestro Cláudio Almeida e do Coral Vozes de Pernambuco, formado por servidores e colaboradores da Assembleia Legislativa, além do lançamento do selo ‘Alepe 189 anos’.

“Estamos comemorando, entre outros avanços, o fortalecimento da independência desta Casa. Uma independência que resulta do trabalho coletivo dos parlamentares que buscam se pautar pelo diálogo e a prevalência do entendimento. É imprescindível reafirmar também que a Alepe permanece em constante diálogo com os demais poderes, sem abrir mão de sua autonomia.”, disse o presidente Álvaro Porto na abertura da solenidade.

Líder da oposição, a deputada Dani Portela (PSOL) reforçou o caráter de independência conquistado pela Casa e a importância do Legislativo para o fortalecimento da democracia. “O parlamento é o órgão que tem essa tarefa de conciliação com os demais poderes que, como bem sabemos, são harmônicos entre si, mas que devem atuar de maneira independente. Parabenizo o presidente da Alepe pela manutenção da independência desse Poder. Isso faz valer, para nossa população, que não estamos aqui só para nos curvarmos e simplesmente carimbarmos os projetos que vêm do Executivo, pois precisamos debater, aprofundar, discutir e votar todas as demandas que nos chegam”, afirmou Portela.

O parlamentar Joãozinho Tenório (PRD), que é vice-líder do governo, destacou como as instituições podem atuar juntas em prol da população. “É necessário afirmarmos o compromisso com um diálogo aberto e em conjunto, não apenas entre nós, parlamentares, mas com todos os poderes e entes federativos. Nesse sentido, é essencial que essa Casa da Legislativa mantenha relações harmoniosas e republicanas, especialmente com o Poder Executivo, pois é através dessa sinergia que podemos alcançar os melhores resultados para a sociedade pernambucana”, ressaltou.

Representando os funcionários da Alepe, o presidente do Sindilegis-PE, Ítalo Lopes, reiterou como “o espírito democrático deve nortear” o diálogo entre o parlamento e as categorias representadas pela entidade sindical. “A cada ano, tentamos construir o que é melhor para o servidor. Para isso, é preciso garantir um Poder Legislativo transparente, autônomo e ativo, que não só nos possibilite as conquistas, como um espaço saudável para a democracia do nosso Estado”.

Compareceram ao evento, os deputados Rodrigo Farias (PSB), Edson Vieira (União), Simone Santana (PSB), Henrique Queiroz Filho (PP), Mário Ricardo (Republicanos), Rosa Amorim (PT) e Cléber Chaparral (União); o vice-presidente do TJPE, desembargador Fausto Campos; o procurador-geral de Justiça do MPPE, Marcos Antônio Matos de Carvalho; o coronel do Exército Carlos Frederico de Azevedo Pires; e a major da Aeronáutica Fernanda Carvalho de Oliveira.

Obliteração

Em parceria com os Correios, o Poder Legislativo Estadual lançou o selo alusivo aos 189 anos da Alepe. Com arte confeccionada pelo designer e artista visual pernambucano Terciano Torres, o postal marca a instalação da Assembleia Legislativa de Pernambuco, no dia 1º de abril de 1835.

A cerimônia de obliteração, que consiste em marcar o selo com o carimbo personalizado, teve a participação da superintendente dos Correios em Pernambuco, Dayse Ferraz. “Parabéns, Alepe, por seu legado e contribuição para o desenvolvimento de Pernambuco. Que esse selo comemorativo não seja um simples símbolo de uma rica trajetória, mas também de um compromisso contínuo com o serviço público e a representação democrática”, disse Ferraz.

POSTAL – O selo comemorativo vai ser distribuído na correspondência oficial da Alepe. Foto: Nando Chiappeta

Parlamentares e convidados da sessão solene marcaram o selo com o carimbo personalizado dos Correios e foram presenteados com a unidade comemorativa. Ao longo de 2024, toda a correspondência oficial da Alepe receberá o selo personalizado dos 189 anos da Casa Legislativa.

Vídeo institucional

Houve ainda a exibição do novo vídeo institucional da Alepe, produzido pela Superintendência de Comunicação Social (SCOM). O filme mostra a história da Casa, o dia a dia dos parlamentares e as principais funções desempenhadas pelo Poder Legislativo.

CANTO – Coral Vozes de Pernambuco realizou apresentação durante o evento. Foto: Jarbas Araújo

189 anos

história da Alepe acompanha as transformações experimentadas pela sociedade ao longo dos últimos 189 anos. Criada 12 anos após a Proclamação da Independência do Brasil, a Assembleia Legislativa da Província de Pernambuco foi inaugurada no dia 1º de abril de 1835, com sede no Forte do Matos (Bairro do Recife).

O prédio que viria a se tornar o Palácio Joaquim Nabuco, na Rua da Aurora, teve a pedra fundamental assentada em 2 de dezembro de 1870. A edificação foi inaugurada em 1° de março de 1875, mesmo sem estar concluída. Em 20 de janeiro de 1876, ocorre a entrega definitiva da obra.
A Proclamação da República, em 15 de novembro de 1889, transformou o Poder Legislativo em um sistema bicameral. Nos Estados, a Câmara de Deputados passou a dividir as tarefas legislativas com o Senado Estadual.

A Revolução de 1930 derrubou o sistema bicameral nos estados e as Câmaras de Deputados se transformaram em Assembleias Legislativas. Com a queda do Estado Novo, em 1947, ocorreram as eleições para as assembleias constituintes nacional e estaduais. A Carta Magna de Pernambuco foi publicada em 25 de julho de 1947 e, três dias depois, a Assembleia Constituinte local passou à condição de Assembleia Legislativa.

O golpe de 1964 deu início ao regime militar e, em 7 de fevereiro de 1969, o Ato Complementar nº 47 decretou novo recesso às Assembleias Legislativas dos Estados. Só em 1º de junho de 1970, a Alepe foi reaberta.

O ano de 1985 marcou a redemocratização e o início da construção do Anexo I da Alepe. Em 1989, a Lei Maior de Pernambuco foi reescrita para se adaptar à ordem constitucional brasileira.

A Alepe vem promovendo várias inovações. Em 2009, foram lançados o portal da instituição e o projeto do Museu Virtual, com galeria de fotos e documentos históricos do Poder Legislativo.

Já em 2017, houve a inauguração do Edifício Governador Miguel Arraes. Atual sede do Plenário da Alepe, o prédio conta com acessibilidade e 294 lugares disponíveis ao público.

Clube de Leitura da Alepe debate “Tudo é Rio”, escrito por Carla Madeira

 

BEST SELLER – Fenômeno nas redes sociais pelas suas frases poéticas, “Tudo é rio” é um dos livros mais célebres da autora Carla Madeira. Fotos: Rebeca Alves

A edição de março do Clube de Leitura da Alepe teve como escolhido o livro Tudo é Rio, da escritora mineira Carla Madeira. O encontro aconteceu na manhã desta quarta (27), na Biblioteca da Assembleia. Servidores e demais colaboradores da Casa Legislativa reuniram-se numa roda de impressões e perspectivas sobre a obra, compartilhando suas experiências de leitura.

A publicação foi lançada em 2017, mas foi com o seu relançamento, em 2021, que alcançou um grande público leitor. Marcando a estreia da autora, a obra entrega uma narrativa madura e precisa, porém desenvolvida de maneira poética e humana. Acompanhamos a trama que envolve o casal Dalva e Venâncio, que tem a vida transformada após uma perda trágica, escancarando as consequências do ciúme dentro de uma relação; e Lucy, a prostituta cobiçada da cidade, mergulha na dinâmica disfuncional do casal, formando um triângulo amoroso complexo e repleto de reviravoltas.

Escolhido diante da temática do Mês da Mulher, o livro levanta diversos questionamentos sobre as dinâmicas sociais presentes na modernidade. Sirlênia Araújo, gerente da Biblioteca da Alepe, destaca essas temáticas abordadas na obra, pontuando sua importância: “Tudo é rio, tudo passa. O livro nos faz refletir sobre quem somos, sobre as influências da nossa infância, e criação, nos nossos comportamentos atuais. Fala sobre a inveja, o ciúme e principalmente, o perdão”, disse a gerente.

Servidora da casa, Monique Melo participou pela primeira vez do encontro, que despertou sua curiosidade: “Sempre que pego um livro na biblioteca, ou quando compro algo novo, leio sozinha em casa. Não conseguia debater com ninguém, e aqui trocamos experiências, aflorando nossos pensamentos com os debates”, compartilhou.

Projeto

O Clube de Leitura da Alepe foi fundado em 2018 e, desde então, abre suas portas, todas as últimas quintas-feiras de cada mês, para os interessados em literatura. Colaboradores do Legislativo Estadual e o público em geral podem participar da atividade, que acontece na Biblioteca da Alepe, localizada na Rua da União, 397, no hall do Anexo I.

Ao final da conversa, o grupo sempre sorteia uma nova obra para ser lida e discutida no mês seguinte. Em comemoração ao Dia Nacional do Livro Infantil (18/4), os participantes escolheram um livro específico para ser debatido em abril: A Teia de Charlotte, publicação do escritor norte-americano E. B. White.

Para participar das próximas edições do Clube de Leitura, basta entrar em contato com a Biblioteca da Alepe pelo telefone: (81) 3183-2252.

Alepe promove oficina sobre captação de recursos em editais

FORMAÇÃO – Gratuita, a atividade foi oferecida pela Escola do Legislativo no Auditório Ênio Guerra. Foto: Nando Chiappeta

A Alepe ofereceu, nesta terça (26), uma oficina gratuita de captação de recursos em editais. Com facilitação do professor Frederico Machado (doutor em Letras e professor da Unifafire), a atividade, capitaneada pela Escola do Legislativo, teve como foco pessoas físicas e entidades interessadas em pleitear financiamento para projetos, por meio de recursos públicos ou privados.

“A ideia aqui é construir um projeto esqueleto e apresentar alguns editais atrativos voltados para a mulher, por conta do mês de março, e para demais interessados. Traremos algumas coisas específicas, mas o conteúdo geral pode ser aproveitado por qualquer pessoa, seja no âmbito público ou privado”, disse Machado.

Segundo o professor, a oficina teve um caráter mais prático. “Nossa ideia é oferecer aos participantes as principais etapas de diversos editais. Evidentemente que cada edital tem suas especificidades, mas nossa ideia é fazer um quadro geral para que a pessoa possa adaptar ao edital de seu interesse”, afirmou.

Pernambuco oferece grandes oportunidades em captação de recursos, principalmente em editais para seleção de projetos pelo Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura (Funcultura) e pela Lei Aldir Blanc. Outras áreas que atraem financiamento via editais são educação (com recortes étnico e de gênero), direitos humanos e, principalmente, inovação em tecnologia.

Alepe celebra culto ecumênico de Páscoa

FÉ E COMUNHÃO – O encontro ecumênico reuniu diversos segmentos religiosos para celebrar a Páscoa. Fotos: Amaro Lima

Diversos colaboradores da Alepe se reuniram em um momento de celebração e fraternidade para acompanhar, nesta terça (26), o culto ecumênico da Páscoa. Realizado no Auditório Sérgio Guerra, o evento trouxe representantes de diferentes segmentos religiosos: frei Damião Silva, padre da Igreja Católica Madre de Deus;  a missionária e pedagoga Juliana Beltrão, representante da Igreja Evangélica Comunidade das Nações; e Washington Pereira, presidente da Federação Espírita Pernambucana (FEP). A cerimônia contou ainda com a apresentação do Coral Vozes de Pernambuco, formado por servidores da Casa de Joaquim Nabuco.

Representante da Igreja Católica, o frei Damião Silva ressaltou o sentimento ligado à iniciativa da Alepe, relembrando as reflexões que acompanham a Páscoa. “Celebramos a redenção, o Cristo que, por amor, vem dar a sua vida. E aqui, na Casa de Joaquim Nabuco, experimentamos essa atmosfera de paixão e, acima de tudo, de ressurreição”, disse o religioso.

“Que nesse período, possamos refletir sobre as possibilidades que Deus nos confere por aqui estarmos, lembrando que a Páscoa acontece todo dia, é um processo de renovação e transformação. Sair de dentro de você mesmo e lembrar que nossa fé nos permite amar quem pensa diferente de cada um aqui, exercendo a bondade, simplicidade, humildade e o amor”, colocou o presidente da FEP e servidor da Alepe, Washington Pereira.

CONFRATERNIZAÇÃO – Servidores e colaboradores da Alepe se uniram para celebrar a Páscoa no Auditório Sérgio Guerra

A missionária Juliana Beltrão agradeceu pela oportunidade de se fazer presente no encontro e trouxe indagações sobre a relação de cada cidadão com a Páscoa, sob a perspectiva da fé cristã. “Temos deixado passar despercebido algumas coisas, devemos observar o quão precioso é o significado da Páscoa. A ressurreição não deve ficar apenas naquele dia, na cruz. Ela é diária nos nossos corações”, reforçou.

Superintendente da Alepe, Isaltino Nascimento celebrou o momento proporcionado pelo encontro, reforçando o significado da união entre as pessoas: “A Páscoa representa a celebração do que acreditamos, e, respeitando todas as formas de pensamento religioso, organizamos esse momento ecumênico para celebrar o sentimento de passagem e transformação”.

MOMENTO DE FÉ – O deputado João de Nadegi representou os membros do parlamento pernambucano no culto

“Agradeço ao superintendente Isaltino e ao presidente da Alepe, deputado Álvaro Porto (PSDB), por proporcionar um momento importante como esse. Também saúdo os representantes de cada religião aqui presentes, todos sempre bem-vindos. É muito bom vivenciar essa celebração da fé, ter essa pausa na rotina acelerada e poder passar a Semana Santa com um conforto espiritual”, destacou o deputado João de Nadegi (PV), que representou os demais parlamentares da Casa no evento.

Confira abaixo o culto na íntegra:

Assembleia inicia curso de formação antirracista

OBJETIVO – Capacitação visa fomento da reflexão crítica sobre questões raciais e construção de cultura organizacional antirracista. Foto: Rebeca Alves

Teve início, nesta sexta (22), a Formação Alepe Antirracista – curso presencial voltado para colaboradores do Legislativo estadual, que tem como objetivo fomentar a reflexão crítica sobre as questões raciais, estimulando a construção de uma cultura organizacional antirracista e inclusiva dentro do ambiente de trabalho. A iniciativa faz parte do projeto Jornada Antirracista da Alepe, iniciado em 2023. Com encontros quinzenais, a capacitação será formada por cinco módulos. O primeiro deles, lançado hoje, teve como tema os ‘Fundamentos do letramento racial e do antirracismo’.

Uma das coordenadoras do módulo inicial, a professora Juliana Keila reforçou a função social que a ação carrega: “O letramento racial é fundamental para o combate ao racismo. Ter um projeto como esse, que discute o aprofundamento da temática antirracista, mesmo fora do mês da Consciência Negra, é fundamental para os colaboradores da Alepe. E isso gera um impacto em toda a sociedade”, delineou.

PROCESSO DE MUDANÇA – “O letramento racial é fundamental para o combate ao racismo”, destacou a professora Juliana Keila. Foto: Rebeca Alves

O módulo de abertura do curso também teve aulas do professor e pesquisador da UFPE, Lepê Correia, que também fez parte da coordenação pedagógica da Jornada Alepe Antirracista. “Isaltino Nascimento (superintendente-geral da Alepe) me convidou em maio do ano passado, trazendo essa ideia de um projeto antirracista. Em parceria com os mestres formadores da coordenação, fundimos nossos trabalhos e nos juntamos à Alepe para colocar essas pautas em prática.” relembrou.

“Estamos dando continuidade a esse projeto e já definimos uma série de iniciativas. Uma delas foi o Caderno da 1ª Jornada Antirracista, um compilado de todas as palestras já ministradas desde 2023 dentro deste projeto. E agora colocamos em prática esta formação interna dos servidores, desde a parte administrativa até os gabinetes, preparando a Assembleia Legislativa para atender à expectativa dessa luta contra a desigualdade racial”, salientou Isaltino.

EQUIPE PEDAGÓGICA – Professor e pesquisador da UFPE, Lepê Correia também coordenará aulas iniciais do curso. Foto: Rebeca Alves

Compartilhando do reconhecimento da importância do projeto, o superintendente da Escola do Legislativo (Elepe), José Humberto Cavalcanti, frisou os comportamentos de uma sociedade que construiu-se com base na desigualdade, celebrando assim o papel da Jornada: “Há uma discriminação geral, o racismo que vem perdurando há mais de 500 anos. E o projeto tem papel fundamental em trazer uma conscientização, evitando comportamentos prejudiciais para nossa sociedade”, destacou.

Servidora da Alepe, Maria da Guia parabenizou o perfil abrangente do curso. “As instituições precisam ter esse compromisso de trazer à tona a luta antirracista. Acho muito bom que não é algo pontual, e sim um real processo de formação”.

Capacitação

O curso de Formação Alepe Antirracista segue até o dia 23 de agosto, com encontros quinzenais. Além do tema inicial, os demais assuntos serão destacados nos próximos módulos: Racismo estrutural e suas manifestações, Desconstruindo o racismo e construindo uma identidade antirracista, Construindo uma cultura organizacional antirracista e inclusiva, e Monitoramento e avaliação.

Alepe promove primeira edição da Kizomba Antirracista

AUDITÓRIO CHEIO – O evento reuniu servidores da Alepe, estudantes e professores da rede estadual de ensino. Fotos: Giovanni Costa

O Dia Internacional contra a Discriminação Racial, comemorado nesta quinta (21), foi marcado na Assembleia Legislativa pela primeira edição da Kizomba Antirracista. Batizado com um termo de origem angolana que significa encontro/confraternização, o evento, gratuito e aberto ao público, contou com o lançamento do Caderno Alepe Antirracista, uma compilação de textos transcritos das palestras proferidas na jornada que ocorreu em novembro de 2023. A intenção do encontro foi promover uma discussão aprofundada sobre o racismo e pensar em ações que ajudem a construir pautas afirmativas dentro e fora do espaço institucional.

Na plateia, servidores da Casa, alunos e professores da Escola Técnica Maximiano Accioly Campos (Jaboatão dos Guararapes) e da Escola de Referência em Ensino Médio Ginásio Pernambucano (Recife) puderam acompanhar palestras, debates e apresentações musicais. A atriz Naná Sodré mostrou um trecho do seu espetáculo Ombela, escrito pelo autor angolano Manuel Rui. Já o professor, cantor e compositor Lepê Correia lançou o álbum Canto do Reencanto.

APRESENTAÇÃO CULTURAL – Músico e professor, Lepê Correia lançou as canções do seu novo disco durante o evento

OMBELA – Naná Sodré falou um trecho da peça que está em cartaz há 10 anos nos palcos pernambucanos

O encontro contou com a participação dos deputados Gilmar Júnior (PV), João Paulo (PT) e João de Nadegi (PV); dos superintendentes da Alepe Isaltino Nascimento (Geral), José Humberto Cavalcanti (Elepe) e Helena Alencar (Comunicação Social); e dos professores Adriano Martins (Ginásio Pernambucano), Ednario de Oliveira e Antônio Rufino (ETE Maximiliano Aciolly Campos).

AGENDA PRIORITÁRIA – O deputado Gilmar Júnior destacou que as ações antirracistas devem estar inseridas nas discussões de todas as esferas do Poder

“A luta antirracista deve ser uma prioridade de qualquer Poder, seja Judiciário, Executivo ou Legislativo. Todos nós devemos trabalhar harmonicamente essa pauta para que consigamos diminuir a violência, o preconceito e a discriminação envolvendo as pessoas negras. Nesse sentido, a Assembleia vem fazendo um trabalho bem relevante em diversas frentes. Uma delas são as audiências públicas organizadas pela Comissão de Direitos Humanos e, agora, todos os eventos abrigados no selo Alepe Antirracista”, disse o deputado Gilmar.

INICIATIVA LOUVÁVEL – O parlamentar João Paulo parabenizou a Assembleia Legislativa pela iniciativa de trazer luz à pauta antirracista

Já o parlamentar João Paulo, que presidiu os trabalhos da primeira edição da Kizomba Antirracista, destacou que “a Alepe cumpre um papel fundamental no combate ao racismo”. “Estou no meu quinto mandato. E essa é a primeira vez que vejo a Casa se posicionar assim com tanta firmeza com a causa antirracista. Parabenizo a Mesa-Diretora pela iniciativa e, de verdade, espero que a Assembleia seja uma luz de esperança no combate à discriminação racial”, ressaltou.

FORMAÇÃO – O deputado João de Nadegi ressaltou a importância das ações antirracista para os alunos que compareceram ao evento

Dirigindo-se aos estudantes presentes no evento, o deputado João de Nadegi reafirmou o caráter formativo da Kizomba Antirracista. “Que essa tarde enriqueça o currículo de vocês. Desejo que vocês possam, amanhã ou depois, trilharem sempre o caminho de um mundo mais harmônico, respeitando cor, raça e gênero”, pontuou.

Reflexão 

DEBATE – Docente da Unicap, Valdenice Raimundo foi a primeira palestrante da Kizomba Antirracista

Na palestra “21 de Março: Reflexões sobre o Caminho para a Igualdade Racial”, a professora Valdenice Raimundo (Unicap) fez um debate sobre as grandes desigualdades sociais que assolam a população negra do país e de que maneira o racismo encurta as oportunidades. “O diferente é tratado como desigual, a partir da discriminação racial, mas precisamos continuar resistindo. Nós temos os movimentos e coletivos negros que pautam a luta contra o racismo. Devemos conhecer essa história e se colocar do lado da vida, pois o racismo é um projeto de morte”, discursou.

CONHECIMENTO APROFUNDADO – Direto de Alagoas, o professor Clébio Correia mostrou que é preciso conhecer a fundo a história e a contribuição da comunidade negra à formação do país

Já o docente alagoano Clébio Correia de Araújo (Neab-Ueal), em sua palestra “A Contribuição da Cultura Afro-Brasileira para a Formação da Identidade Nacional”, falou da contribuição da comunidade negra aos diversos elementos culturais do Brasil e de que é preciso reconhecer esses traços para valorizá-los. “Enquanto essa história não for ensinada em todas as escolas, nós, afrodescendentes, não nos conheceremos, não saberemos qual é a nossa identidade e, por consequência, não saberemos qual é o nosso lugar na formação deste país”, pontuou.

CADERNO ANTIRRACISTA – A publicação tem como objetivo sensibilizar as pessoas sobre a importância de combater o racismo e a promoção da igualdade racial

Na segunda parte do evento,  foi lançado o Caderno da 1ª Jornada Alepe Antirracista. A mesa foi presidida pelo professor Ari Cruz, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), e a apresentação do documento ficou por conta do professor Edilson Souza, um dos autores da publicação, e de Rodrigo Marinho, coordenador pedagógico do curso Alepe Antirracista.

Pioneirismo

A proposta de formação Alepe Antirracista teve início em 2023 com a realização da jornada de mesmo tema. A capacitação, voltada inicialmente para funcionários da Assembleia, começa no próximo dia 22 e segue até agosto. Será realizada presencialmente com duas turmas. Uma edição on-line para o público em geral será oferecida no segundo semestre.

Na avaliação do presidente da Assembleia, deputado Álvaro Porto (PSDB), a pauta antirracista precisa estar no cotidiano do Legislativo. “É um curso oportuno e necessário porque abre uma ampla discussão sobre o tema e contribui para difundir a cultura de combate às práticas racistas tão presentes na estrutura da sociedade”, destacou o chefe do Legislativo.

Para o primeiro-secretário da Alepe, deputado Gustavo Gouveia (Solidariedade), o curso é uma oportunidade de aprendizado e de reflexão sobre a discriminação racial e suas consequências. “Precisamos respeitar todas as pessoas, sobretudo porque vivemos em um país tão plural. Queremos estabelecer uma agenda antirracista na Alepe e lutar por liberdade para todos independentes de cor, raça e condição social”, afirmou.

Alepe leva música e arte à Colônia Penal Feminina do Recife

ITINERANTE – A ação aconteceu dentro das dependências da Colônia Penal Feminina do Recife, localizada no bairro do Engenho do Meio. Fotos: Roberta Guimarães

A edição itinerante do ‘Café com Poesia’, projeto promovido pela Biblioteca da Alepe, trouxe um combinado de alegria, poesia, música, literatura e esperança para as mulheres da Colônia Penal Feminina do Recife, no Engenho do Meio. Enquadradas pelo sistema prisional como pessoas privadas de liberdade (PPL), algumas delas participaram, nesta quarta (20), não apenas como ouvintes do projeto. Atuaram também como protagonistas de suas histórias.

Com o tema “A Alma Feminina Inspira Poesia”, o evento faz parte da programação da Alepe em homenagem ao Dia Internacional das Mulheres, comemorado em 8 de março. A versão itinerante do ‘Café com Poesia’ teve apresentação musical, recital de poesia e literatura de cordel.

As apresentações ficaram a cargo do músico e sanfoneiro Júnior Vieira, da escritora e poetisa Lúcia Costa, do cordelista Cícero Lins e do poeta Jorge Bernardo. O coral Vozes de Pernambuco, formado por funcionários da Alepe, alegrou o ambiente com músicas regionais.

Para a gestora da Colônia Feminina do Recife, Maria Andrea Ferraz, ações como a do ‘Café com Poesia’ são importantes para o processo de ressocialização. “É interessante trazer essa promoção da cultura e do lazer para dentro da unidade prisional. Esse tipo de ação auxilia no processo de ressocialização e faz com que elas se aproximem da nossa realidade e do que acontece fora da unidade prisional”, afirmou.

De acordo com a gerente da Biblioteca da Alepe, Sirlênia Araújo, a ideia de tornar o projeto itinerante visa ampliar o acesso à cultura e à arte de forma gratuita, além de incentivar a população a conhecer o trabalho da Alepe.

“É um momento de alegria, lazer, cultura e troca de conhecimento A arte, a cultura e a poesia transformam a vida das pessoas para melhor”, enfatizou Sirlênia.

MÚSICA – Apresentação do Coral Vozes de Pernambuco durante o Café com Poesia

Depoimentos

Mãe de sete filhos e aguardando julgamento por tráfico de drogas, Andrelane Faustina Ferreira, 39 anos, fez um paralelo entre o momento atual, vivenciado por ela e suas companheiras da unidade prisional, com a história de Dandara, guerreira negra do período colonial do Brasil que viveu no Quilombo dos Palmares lutando por seus ideias e liberdade do seu povo.

“Dandara foi uma figura que lutou por seus ideais, assim como nós que estamos aqui e lutamos pela tão sonhada liberdade”, enfatizou. Para Andrelane, o universo da arte e o da música trazem esperança de um recomeço, principalmente para os encarcerados.

“Estamos presas, mas nossos sonhos não pararam. Estudar e fazer poesia é uma nova forma de ressocializar. Mesmo que aqui seja um lugar difícil, esse projeto abre novos horizontes e nos dá visibilidade. A maioria das pessoas na colônia não é alfabetizada e a escola aqui dentro está dando essa oportunidade”, destacou.

Franciele Raiane dos Santos, 22 anos, encontrou no universo da poesia e dos livros uma forma de tornar seus dias mais leves enquanto aguarda o julgamento por homicídio. “Aprendi com a literatura que a mente da gente fica solta. Só o corpo está preso por atos que acontecem e que estamos respondendo por eles. Toda ação tem uma reação. A literatura influencia em outras coisas, numa conversa melhor, num novo conhecimento. São coisas que não tiram da gente”, enfatizou.

SARAU – As mulheres que se encontram na Colônia Penal Feminina também se apresentaram no Café com Poesia

Café com Poesia

O projeto existe há 18 anos. Foi lançado em 2006 com a proposta de abrir espaço, mensalmente, para recitais, lançamentos de livros, exposições e bate-papo sobre arte e cultura. Ao longo desse período, o projeto já reuniu jovens talentos e veteranos da arte e da literatura.